RESPOSTA DO PR. DEMÓSTENES AO QUE JAIRO CARVALHO APRESENTOU COMO SENDO ADULTERAÇÕES FEITAS NOS ESCRITOS DE ELLEN WHITE POR PARTE DA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA:
ANÁLISE DO MATERIAL “TEXTOS ADULTERADOS
- ELLEN WHITE”
Este
texto é uma resposta a uma consulta sobre material que pretende demonstrar que
alguns textos de Ellen White sobre a Trindade teriam sido modificados.
Pessoas
honestas têm sido influenciadas por escritos que se propõem a desmascarar o que
chamam “os erros doutrinários” da igreja, entre eles, a doutrina da Trindade. A
pedido de irmãos, várias respostas têm sido dadas a tais “pesquisas” que são
muito repetitivas mudando-se apenas a autoria e a ordem das teses, mas
reprisando os mesmos argumentos e idéias. Esta resposta ao material sobre os
incorretamente chamados “textos adulterados - Ellen White” (daqui em diante
“TEXTOS ADULTERADOS”) acerca da Trindade somente veio a público devido a uma
solicitação específica de um membro de igreja. Esperamos que ajude a clarear a
compreensão de outros que tenham sido de alguma forma iludidos pelo erro.
Confiamos no Espírito Santo, substituto de Jesus, a Terceira Pessoa da
Trindade, ou do Trio celestial, se alguns preferirem assim, que almas sinceras
serão ajudadas.
Passemos
à resposta aos textos considerados por nós como adulterados, sim, mas pelo
próprio autor do “TEXTOS ADULTERADOS”. Os textos em questão foram torcidos pelo
autor para dar a impressão que lhe convinha e assim acusar a igreja. O material
está repleto de frases de juízos e condenações contra a Igreja Adventista do
Sétimo Dia (IASD), as quais iremos deixar de lado, pois, embora proibidas pela
Bíblia, ele as repete cerca de vinte vezes no seu material. Que sua consciência
lide com essa questão. Que a paz que parece não desfrutar, no seu ímpeto contra
a igreja, possa ser alcançada algum dia.
Passaremos imediatamente aos textos por ele
apresentados:
TEXTO I
O texto do livro Evangelismo,
página 616, conforme o próprio material:
"The Lord
instructed us that this was the place in which we should locate, and we have
had every reason to think that we are in the right place. We have been brought
together as a school, and we need to
realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God is a person, is
walking through these grounds, that the Lord God is our keeper, and helper.
He hears every word we utter and knows every thought of the mind." Manuscript
Releases, Vol. 7, page 299 /
Manuscript 66, 1899 (grifos nossos)
Em negrito
encontra-se o texto conforme selecionado para a compilação. Três aspectos devem
ser colocados:
- Houve
alteração do sentido com a publicação do destaque?
- A tradução do
trecho em questão no livro Evangelismo está errada?
- Problemas de
contextualização encontrados no “TEXTOS ADULTERADOS”.
Considerações:
Respondendo à
questão “a”: Houve alteração do sentido
com a publicação do destaque?
- É óbvio que o destaque não alterou em nada o
sentido do texto original, tanto no inglês como no português. Independente
do contexto mencionado pelo autor estar ou não inserida em seu parágrafo
original trata-se de uma referência direta e cristalina: “precisamos
reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como o próprio
Deus, está andando por esses terrenos”.
- Este trecho em português, ao contrário do que o
“TEXTOS ADULTERADOS” sugere, está dizendo a mesma coisa do inglês, mesmo
considerando todo o parágrafo. O destaque não diminui e nem acresce
sentido ao texto. A mensagem foi preservada. Não houve alteração como
pretende e se esforça, sem sucesso o autor alegando que “We” (“nós” em
inglês) em maiúsculas altere o sentido da declaração. Segundo ele, “we”
deveria ser em minúscula, pois essa mudança levaria à alteração
substancial da idéia no trecho. Isso até pode ocorrer em outros casos,
mas não acontece aqui.
- Infelizmente, no desejo de combater a Trindade (um
só Deus - três pessoas, como se percebe na Bíblia), o autor, sim, é que
cai no biteísmo, adoração de uma criatura junto com o Deus verdadeiro
(coisa proibida pela Palavra de Deus). Triste é que ele não se aperceba
de que acusa a igreja de crer o que ele defende: há mais de um Deus. Ele,
sim, sai do mistério bíblico de um só Deus na Trindade e cai na heresia
humana de dois deuses.
·
O
próprio autor, lamentavelmente, cita vários textos de Ellen White nos quais a
intenção clara é de demonstrar a personalidade divina do Espírito Santo como
uma terceira pessoa e os cita tentando provar, exatamente o contrário do que
está escrito.
·
Pior,
ele insere uma conclusão que não está em lugar algum (pura invenção, portanto)
de que o Espírito Santo em Evangelismo (616)
seja Jesus.
·
Ele
também esquece E TORCE as menções em seu próprio texto, nas quais, fica claro
que Jesus e o Pai estão presentes na Terra pelo
Espírito Santo e, sendo este uma pessoa divina, o Espírito é a presença do
Pai e do Filho na qualidade de Sucessor e Representante Dele, ASSIM COMO a
presença de Jesus na Terra era a
presença do Pai. “Quem vê a mim, vê o
Pai...” embora Jesus e o Pai sejam pessoas diferentes como ocorre com
o Espírito Santo.
·
O
“TEXTOS ADULTERADOS” toma a expressão “ninguém a não ser Cristo”, referindo-se
a Jesus e esquece do contexto no qual está sendo usada e que o mesmo é dito do
Espírito Santo no mesmo livro e na Bíblia tratando não de Jesus, mas de outro
ser: o Espírito Santo. Destaco do próprio material: “[1] O Espírito Santo tem uma personalidade,
do contrário não poderia testificar ao nosso espírito e com nosso espírito que
somos filhos de Deus. [2] Deve também ser uma pessoa divina, do contrário não poderia perscrutar os segredos que
jazem ocultos na mente de Deus”. Por que, qual dos homens sabe as coisas do
homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.” MS 20, 1906.
Evangelismo págs. 616, 617. (grifos
nossos).
·
Uma
terceira razão é que se examinarmos o texto bíblico citado (I Cor. 2:8-13) aí é
que fica mais claro ainda (conforme o texto acima já deixa bem compreensível)
de que se está tratando de seres pessoais e diferentes, pois Deus revela-se ‘através do’ ou ‘pelo’ Espírito (v.10)
o qual ‘procede’ ou ‘vem’ de Deus
(v. 12). Graças a Deus, pela clareza da Sua palavra!
- Quanto à questão “b”: A tradução do trecho em questão no livro Evangelismo estaria
errada?
Aqui a causa
do defensor do biteísmo se perde mais ainda. Vejamos:
- Trecho
inglês : “…we need to realize that
the Holy Spirit, who is as much a person as God is a person, is walking
through these grounds…”
- Trecho
traduzido pelo livro Evangelismo,
616: “Precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma
pessoa como o próprio Deus, está andando por esses terrenos”.
- A idéia
clara é: TUDO O QUE DEUS É COMO PESSOA, ISSO O ESPÍRITO SANTO TAMBÉM É. A
tradução, portanto, está correta.
Talvez o autor
dos “TEXTOS ADULTERADOS” desconheça que, ao contrário do português, o idioma
inglês é pródigo no uso de pleonasmos. Tais repetições não são consideradas
como corretas no bom português, daí a tradução não repetir a frase ao pé da
letra. É preciso saber ler...
A conclusão primária, em Evangelismo, 616, e que desagrada alguns, é a personalidade do
Espírito e em segundo lugar sua divindade, pois é comparado com Deus. Isso
também é confirmado pelo texto que destaco do próprio autor, citando Ellen
White:
“Há três pessoas vivas pertencentes à
trindade celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e
o Espírito Santo – os que recebem a Cristo por fé viva são batizados”. No
original inglês o texto usa “trio”, uma palavra mais forte do que trindade.
O texto (Evangelismo, 616) está dizendo que o Espírito Santo é uma pessoa da
mesma forma que Deus é uma pessoa. A personalidade do Espírito é tão extensa,
completa e real como a de Deus. Aqui o Espírito não é o Pai. Não se discute a
questão se Ele é ou não é Jesus. A Bíblia já declara muito claramente que o
Espírito Santo não é Jesus.
É bom lembrar que você blasfema contra o Filho e é perdoado, e, ao
mesmo tempo, você blasfema contra o Espírito e não há perdão (Mat. 12:32).
Aliás, a Bíblia diz “toda blasfêmia” (o que inclui também o próprio Pai) será
perdoada, mas não a blasfêmia contra o Espírito Santo. Não podem ser a mesma
pessoa, portanto. Também não se refere ao ministério dos anjos. Seriam os anjos
em ação (seu ministério) mais santos do que o próprio Pai e Jesus?
- Quanto à
questão “c”: Problemas de
contextualização encontrados no texto.
- O autor dos “TEXTOS ADULTERADOS” , como ele mesmo demonstrou, não consegue
ler adequadamente, pois desconhece a gramática básica tanto do português
como do inglês. Pior, ele não consegue lidar com contextos amplos, o que
revela deficiência de compreensão. Para ele, quando uma citação usa
palavras como “apenas” ou “único” está negando todas as outras
possibilidades. Dessa forma ele não compreende que “ninguém a não ser”,
“somente”, “apenas” e “único” ou similares podem estar sendo “apenas” e
“único” naquele contexto sem excluir outras situações complementares ou
mais amplas.
- Ele toma, por exemplo, a declaração (ele cita Patriarcas e profetas, 36) de um
determinado contexto em que se declara que “ninguém a não ser Cristo”
podia penetrar nos conselhos do Pai, e daí deduz que, se a expressão acima
foi usada nesse texto, isso significaria, na visão dele, que o Espírito
Santo não poderia ter participado do mesmo conselho divino por causa da
expressão “ninguém a não ser”. Não percebeu que a proclamação se dá por
causa de Lúcifer versus Cristo. A ênfase é cristológica. O tema não é a
trindade. É criatura versus Criador.
- O autor do “TEXTOS ADULTERADOS” procura defender a idéia
de que o Espírito Santo seja, ora Jesus, ora o Pai e às vezes ambos que
estariam atuando através do ministério dos anjos. Se assim fosse, para que
o esforço do autor em tentar provar que o Espírito não pode participar dos
conselhos de Deus, mas “apenas” o Filho? Se o Espírito fosse, como na
invenção do autor “o próprio Jesus” e não uma Terceira Pessoa à parte do
Filho e do Pai, não haveria necessidade de provar que o Espírito Santo não
pode, mas “apenas” Jesus pode saber os segredos de Deus.
- Sem se aperceber a (i)lógica do autor é: Somente
Jesus pode saber, mas o Espírito Santo (que ele diz ser também o próprio
Jesus) não pode saber! Quando a passagem fala do Espírito Santo, então,
para ele, não poderia ser uma terceira pessoa da divindade simplesmente
pelo fato de Ellen White ter escrito que apenas o Filho sabe os segredos
de Deus. Assim, ele pensa ser “impossível” haver a terceira pessoa junto
ao Pai e o Filho, pois isso não seria permitido pela expressão “ninguém a
não ser Cristo”. Argumento infantil, no mínimo.
- Para desaprovar a (i)lógica das declarações do autor
veremos citações que parecem declarar a exclusividade universal de um
determinado ser, na Bíblia e em Ellen White, e que são usadas TAMBÉM para
outros em OUTRO CONTEXTO, demonstrando uma exclusividade contextual
apenas. Exemplos:
Exemplos bíblicos
1) Isaque era o único
filho de Abraão, mas Ismael era filho também.
- Então disse Deus: “Tome seu filho, seu único
filho, Isaque, a quem você ama, e vá para a região de Moriá.
Sacrifique-o ali como holocausto num dos montes que lhe indicarei”. Gên. 22:2
- “Não toque no rapaz”, disse o Anjo. “Não lhe faça
nada. Agora sei que você teme a Deus, porque não me negou seu filho, o seu
único filho”.Gen. 22:12
Abraão teve outros filhos além de
Ismael e Isaque (Gên 25:1-6).
2) Deus é o único que faz
maravilhas:
- Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, o único
que realiza feitos maravilhosos. Salm. 72:18; 136:4.
Falsos profetas e Satanás também
fazem maravilhas:
- Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas
que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os
eleitos. Mt 24:24
- A vinda desse perverso é segundo a ação de Satanás,
com todo o poder, com sinais e com maravilhas enganadoras. II Tess. 2:9
3) O Pai é o único Deus verdadeiro.
- Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único
Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Jo 17:3
Jesus também é o Verdadeiro Deus:
- Sabemos também que o Filho de Deus veio e nos deu
entendimento, para que conheçamos aquele que é o Verdadeiro. E nós estamos
naquele que é o Verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o
verdadeiro Deus e a vida eterna. I João 5:20
4) O Pai é o único soberano e Rei
dos reis:
- Guarde este mandamento imaculado e irrepreensível,
até a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, a qual Deus fará se
cumprir no seu devido tempo. Ele é o bendito e único Soberano, o Rei
dos reis e Senhor dos senhores, o único que é imortal e habita
em luz inacessível, a quem ninguém viu nem pode ver. A ele sejam honra e
poder para sempre. Amém. I Tim 6:14-16
Jesus também é o único soberano e
Senhor:
- Pois certos homens, cuja condenação já estava
sentenciada há muito tempo, infiltraram-se dissimuladamente no meio de
vocês. Estes são ímpios, e transformam a graça de nosso Deus em libertinagem
e negam Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor. Judas 1:4
- Guerrearão contra o Cordeiro, mas o Cordeiro
os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; e
vencerão com ele os seus chamados, escolhidos e fiéis”. Apoc. 17:14
5) Ninguém deve ser chamado
mestre, pois só Jesus é mestre.
- “Mas vocês não devem ser chamados ‘rabis’; um só
é o Mestre de vocês, e todos vocês são irmãos. Mt. 23:8
Jesus mesmo chamou outras pessoas
para serem mestres:
- Para isso fui designado pregador e apóstolo (digo-lhes
a verdade, não minto.), mestre da verdadeira fé aos gentios. I Tim.
2:7
- Deste evangelho fui constituído pregador, apóstolo
e mestre. IITim. 2:11
- Por isso, eu lhes estou enviando profetas,
sábios e mestres. A uns vocês matarão e
crucificarão; a outros açoitarão nas
sinagogas de vocês e perseguirão de cidade em
cidade. Mt. 23:34
- Na igreja de Antioquia havia profetas e
mestres: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, que
fora criado com Herodes, o tetrarcaa, e Saulo.Atos 13:1
- Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente
apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres;
depois os que realizam milagres, os que têm dons de curar, os que têm dom
de prestar ajuda, os que têm dons de administração e os que falam diversas
línguas. I Cor. 12:28
- E ele designou alguns para apóstolos, outros
para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e
mestres. Ef. 4:11
Exemplos em Ellen White
1) Jesus é o único representante
da Divindade.
- Cristo, unicamente, era capaz de representar
a Divindade. Mensagens escolhidas,
I, 264.
Os cristãos e o Espírito Santo também são representante de Deus:
- Os cristãos, que devem representar a Deus
neste mundo, não devem procurar doutrinas que são novas e estranhas. Meditações matinais, 1992, 292.
- Devem mostrar liberalidade cristã, compreendendo
que representam a Deus, e que tudo quanto possuem é dádiva Sua.
Carta 25, 1902. Conselhos sobre
regime alimentar, 268.
- Devemos ser representantes de Cristo, como
Cristo foi representante do Pai. Meditações
matinais, 1995, 336.
2) O Espírito Santo é o único
mestre da verdade:
- O Espírito Santo exalta e glorifica o Salvador. É
sua missão apresentar a Cristo, a pureza de Sua justiça e a grande
salvação que por Ele nos pertence. Jesus disse: "Ele... há de receber
do que é Meu e vo-lo há de anunciar." João 16:14. O Espírito de
verdade é o único mestre eficaz da verdade divina. Caminho para Cristo, 91.
- A pregação da palavra não é de nenhuma utilidade
sem o auxílio do Espírito Santo; pois esse Espírito é o único mestre
eficaz da verdade divina. Obreiros
evangélicos, 284.
Pastores são mestres da verdade também:
- Os que se põem diante do povo como mestres da
verdade, têm que se haver com grandes temas. Evangelismo, 151.
- Os pastores não têm de modo algum permissão de se
conduzir no púlpito como os atores, assumindo atitudes e expressões com
fins de mero efeito. Eles não são atores, mas mestres da verdade. Obreiros evangélicos, 172.
Jesus e o Espírito Santo são igualmente mestres da verdade:
Escrevendo
sobre as verdades de Deus nas coisas criadas destacamos o seguinte parágrafo:
"Quando
vier aquele Espírito da verdade, Ele vos guiará em toda a verdade." João
16:13. Exclusivamente pelo auxílio daquele Espírito que no princípio
"Se movia sobre a face das águas" (Gên. 1:2), pelo auxílio daquela
Palavra pela qual "todas as coisas foram feitas" (João 1:3), e
daquela "luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo"
(João 1:9), pode o testemunho da ciência ser corretamente interpretado. Apenas
sob sua* orientação se podem
discernir suas mais profundas verdades. Educação, 134.
*“Sua” no original em inglês = “their” = deles, dois
personagens; O Espírito Santo e Jesus.
Poderíamos
multiplicar os exemplos, mas os mencionados acima são suficientes. A própria
Bíblia declara que somente o Espírito Santo que “procede de Deus” e “através do” qual Deus opera pode penetrar os
segredos de Deus e revelar suas verdades (I Cor. 2:10 e 12)). Neste texto o
Espírito não é o Pai (pois de Deus ‘procede’ e ‘através’ Dele Deus Se revela).
Nem é Jesus, pois o Espírito Santo é o ‘outro Consolador’ contra quem a
blasfêmia não é tolerada.
“Toda
blasfêmia” (inclui aqui o Pai) será perdoada, também contra o Filho será
perdoada, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada. (Mat.
12:30-32). Desse modo, a passagem, no contexto bíblico admite que SOMENTE o
Espírito Santo pode conhecer os segredos de Deus. Excluiria essa declaração a
Jesus? Claro que não. Basta considerar o contexto e outras passagens como, por
exemplo, Colossenses 2:1-3, onde se declara que “nele [Jesus] estão escondidos
todos os tesouros da sabedoria e do entendimento”.
Como
demonstramos pela Bíblia e nos livros de Ellen White, Isaque é único filho. Isso nega que Ismael
nasceu primeiro e que Abraão teve outros filhos com Quetura (Gên. 25:1-3)?
Claro que não. Respeite-se o contexto. Deus somente faz maravilhas; somente
o Espírito Santo é mestre da verdade; somente
Jesus deve ser chamado mestre; somente
Deus faz maravilhas; apenas o Pai é
Deus verdadeiro; somente o Pai é
soberano e Rei dos reis e Senhor dos senhores. São declarações, entre outras,
que, se lidas sem considerar o contexto imediato e o contexto mais amplo, podem
ser usadas para apoiar as piores aberrações doutrinárias. Todas essas palavras
são sinônimas, conferem exclusividade, mas não devem servir de desculpa para
“enterrar a cabeça na areia” e não enxergar ou jogar anátema em quem mostrar o
“outro lado” da questão. Mas, para quem não tem medo da verdade é desnecessário
ameaçar com anátemas. Não precisa argumentar torcendo, acusando e nem mentindo,
e pior, com ares de santidade. Dando a impressão que foi “iluminado” e
“descobriu” uma “nova luz” que “os pastores estão escondendo”. A verdade está
clara, mas para quem quiser ver.
Finalmente, O
Espírito é um dom de Cristo. O autor
do “TEXTOS ADULTERADOS” alega que ser um dom é ser uma coisa, não ser um
pessoa. Puro engano. Assim como Cristo é
um dom do Pai e não é o Pai, o
Espírito Santo é um dom de Cristo e
não é Cristo. Ambos, porém, são pessoas. “Cristo enviou Seu representante, a terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo.
Nada podia superar esse Dom.” Meditações matinais, 2002, 300.
(Trindade aqui é uma correta tradução de Godhead = Divindade; Deus em três
pessoas conforme veremos pelo Dicionário
Webster adiante).
O fato de a
Terceira Pessoa ser um dom (inglês gift)
não a iguala a uma energia ou poder impessoal. Jesus é um dom e isso não faz dele uma força impessoal. A palavra
dom apenas significa doação, dádiva, presente. Jesus é o maior dom de Deus ao
mundo. João 3:16. DTN, 565 (538,
edição antiga); Mente, Caráter e
Personalidade, 401; Meditações
Matinais, 1983, 195. Jesus – o maior dom voltou ao céu e o Espírito Santo o
dom “que nada podia superar” veio ficar no
lugar dele.
Se usássemos o
raciocínio do “TEXTOS ADULTERADOS” certamente deixaríamos de crer no que a
Bíblia diz imaginando contradição a cada verso. Mas, se considerarmos o
contexto (que ele alega considerar mas falha em faze-lo!), entenderemos a
mensagem bíblica sem problemas. Basta saber ler.
Assim, o
Espírito Santo é uma PESSOA COMO DEUS É UMA PESSOA E, ESTE ESPÍRITO, CONHECE
TODOS OS SEGREDOS DE DEUS, DO MESMO MODO QUE JESUS É UMA PESSOA IGUAL A DEUS E
CONHECE TODOS OS SEGREDOS DE DEUS.
Passemos ao
segundo texto “interpretado” pelo “TEXTOS ADULTERADOS”:
TEXTO II
“There are three living persons of the
heavenly trio; in the name of these three great powers – the Father, the Son,
and the Holy Spirit...” Evangelism,
615.
Tradução no livro Evangelismo,
615, em português: “Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em
nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que
recebem a Cristo por fé viva são batizados...”
1.
O autor alega que a palavra aqui é
trio e não trindade como se isso ajudasse seu argumento. A palavra trindade, no
entanto, é um termo teológico mais técnico do que trio. Trindade refere-se a
três pessoas na unidade de uma só divindade. Trio, por outro lado, dá ênfase
específica ao fato de serem três pessoas distintas. Não há trio de dois como o
adversário da Trindade tenta provar!
2.
Outro argumento ingênuo é se
iludir com a idéia de que trocando a palavra “persons” por “personalities”
indicaria que a terceira pessoa não é uma pessoa. Atestado de total
desinformação. “Pessoa” é, aqui, sinônimo de “personalidade”. Dizer: “Há três
pessoas vivas” ou dizer que “há três personalidades vivas” dá no mesmo. Leia-se
o dicionário: Pessoa = personalidade, que tem personalidade; personalidade =
qualidade de uma pessoa; pessoa. Por outro lado, insistir que a palavra
personalidade quer dizer que apenas o Pai e Filho mencionados no texto são
pessoas menos o Espírito Santo revela que o autor é incapaz de entender o texto.
Essa deficiência escolar do autor se demonstra repetidamente como vimos e,
lamentavelmente, veremos mais adiante.
3.
Outro argumento simplório é alegar
a falta do artigo “the” antes de “three living persons” para querer dizer,
suponho, que assim as três pessoas se tornariam duas! Na realidade ele nem
disse, explicitamente, para que mencionou tal detalhe. Talvez nem saiba que
isso não influencia em nada a questão. Dizer: “vi três pessoas” e dizer: “vi as três pessoas” não interfere com o
número e nem a qualidade das pessoas enquanto pessoas. Por outro lado, Ellen
White diz muitas vezes DE FORMA DIRETA que o Espírito Santo é uma pessoa DIVINA
distinta do Pai e do Filho E IGUAL a ambos.
4. O texto não diz que são três deuses, como supõe o autor, mas
três pessoas em um nome. Três
pessoas – uma só divindade. Godhead, segundo o Dicionários Webster é “Divindade, qualidade de Deus e Deus especialmente como três pessoas”. Não
há erro. O Espírito Santo é tão divino quanto o Pai e o Filho no TRIO
celestial.
5. Verdadeira aberração é a “paráfrase” feita
pelo autor do confuso trabalho “TEXTOS ADULTERADOS”. Pelo menos ele imagina que
esteja fazendo uma paráfrase honesta, assim demonstrando não entender o
significado dos termos que usa. Comparem e pasmem:
a)
O texto: “Há três pessoas vivas pertencentes à trindade
celeste; em nome destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito
Santo – os que recebem a Cristo por fé viva são batizados...”
b)
Uma das tais “paráfrases” do texto acima: “O Espírito Santo de Deus e de Cristo, agindo em e
através dos anjos ministradores, representa a plenitude do caráter e poder do
Pai e do Filho (natureza divina), após o Filho ter ascendido ao Céu.”
Seria isso uma paráfrase do texto?
·
O
Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa Caldas Aulete, vol. 4, 3713, Delta, 1958, dá-nos dois sentidos
básicos para o termo “paráfrase”; o primeiro sentido é: “explicação
desenvolvida do texto de um livro ou documento, mantendo as idéias do original.” (grifo nosso). O segundo sentido
é: “Interpretação maligna.” Como a tal paráfrase não mantém a idéia original, distorce a verdadeira doutrina e foge
da verdade do texto, resta o sentido pertinente para aquilo que o autor do
“TEXTOS ADULTERADOS” chama de paráfrase.
É uma paráfrase, porém, no sentido de uma “interpretação maligna” do texto,
como diz o dicionário.
Muitos aspectos ainda poderiam ser abordados. Creio
serem estes suficientes para demonstrar a fragilidade da interpretação.
Portanto, se o texto está correto independente das “observações” do opositor da
verdade, então devemos aceitar sua clara mensagem de que são TRÊS AS PESSOAS
VIVAS NO TRIO CELESTIAL: O PAI, O FILHO E O ESPÍRITO SANTO.
TEXTO
III
Texto: "The Godhead was stirred with pity for the
race, and the Father, the Son, and the Holy Spirit gave themselves to the
working out of the plan of redemption... Counsels on Health, pág. 222
Tradução: “A Divindade se encheu de compaixão pela raça, e o
Pai, o Filho, e o Espírito Santo deram a Si mesmos para o trabalho do plano da
redenção.”
1.
O
texto é claro: a Divindade é (no
singular, um só Deus) composta do Pai, Filho e Espírito Santo que deram a si
mesmos para executar o plano da salvação.
2.
Este
texto já refuta a pretensão de excluir o Espírito Santo de participar dos
“propósitos do Pai”. Os Três participaram e executaram o plano da salvação.
3.
Infelizmente
o autor nos constrange a destacar sua limitação. Ele insiste (é vergonhoso
apresentar esse argumento) por várias páginas da sua “pesquisa” que o fato de a
publicação em inglês trazer o termo “Themselves” com letra “T” maiúscula e a
tradução portuguesa “Si mesmos” com “S” maiúsculo estaria, por esta razão,
querendo dizer que são “três deuses”. Não seriam três, segundo ele, mas dois,
se as iniciais fossem minúsculas! As iniciais operam (na imaginação fértil do
autor) uma aberração matemática: letra maiúscula seria igual a três. Letra
minúscula e os três se transformariam em dois! Como qualquer estudante do nível
fundamental sabe, isso não influencia em nada. Repetindo: segundo o argumento,
se o “t” de “themselves” for minúsculo e
o “s” de “si mesmo” for também minúsculo, isso indicaria que a divindade (trio)
seria composta de apenas dois deuses
(Pai e o Filho). Absurdo ao quadrado:
a)
O
texto com ou sem maiúsculas não fala, nem de longe, de três deuses. Fala que “a
Divindade” (singular) “se encheu” (singular) de compaixão (portanto um só Deus)
e, deram-se o Pai, o Filho e o Espírito Santo para a obra da salvação. Um só
Deus e três pessoas. Esta é a doutrina do texto em questão e também da Bíblia.
b)
Combatendo
o que ele imagina serem três deuses (o que não existe no texto) ele opta por
uma versão econômica de politeísmo: dois deuses (O Pai e Jesus = biteísmo) e o
confessa no seu próprio texto.
4.
Alertamos
o autor do “TEXTOS ADULTERADOS” que o uso de letras maiúsculas em referências a
Deus é feito simplesmente como demonstração de reverência. No caso em questão
em nada altera o sentido, como só ocorre na fantasia do autor.
5.
Se
este texto, como os demais (ele admite), é confiável (retirando-se as
observações improcedentes do autor), resta apenas aceitar o que está dito: a
Divindade é composta de três personalidades (a mesma coisa que “pessoas”). Elas
são: O Pai, o Filho e o Espírito Santo.
TEXTO IV
As considerações sobre a palavra “Godhead” feitas pelo
“TEXTOS ADULTERADOS”.
1.
Ele
declara que a palavra “Godhead”, usada por Ellen White, é traduzida do grego
“divindade”. Se o autor não sabe ler português direito e assassina o inglês,
imagine se metendo com grego! Na verdade Ellen White ao falar de divindade não
vincula o seu significado ao grego.
2.
O
correto é buscar o significado de “Godhead” em inglês e no contexto de Ellen
White para entender a mensagem dela. Grego se usa quando se analisa textos que
no original foram produzidos em grego. Estuda-se um autor, dentro do seu idioma
original e não de outro. A não ser que Ellen White estivesse analisando a
palavra dentro do seu sentido em grego. MAS ESTE NÃO É O CASO. Assim, Godhead
em inglês, neste texto, nada tem a ver com a língua grega. Godhead significa
“divindade”, “qualidade de Deus e Deus especialmente em três pessoas”.
(Webster)
- Será que a palavra inglesa Godhead pode ser
traduzida como trindade? Dois exemplos:
a) “Godhead. 1. divine nature and
essence:DIVINITY; 2. a: GOD; b: The
nature of God esp. as existing in three persons.” Webster’s
New Ninth Collegiate Dictionary. Massachussetts ,
USA ,
Merrian-Webster, 1987. 525. (grifo nosso).
Tradução: Godhead. 1. natureza divina e
essência:DIVINDADE. 2. a: DEUS; b: A
natureza de Deus especialmente como existindo em três pessoas.”
b) “Godhead. 1. The quality or state of being devine:
DEITY (…). 2. a: GOD, DEITY. (…); b: The
nature of God esp. when regarded as triune: TRINITY (The external relations
within the Godhead itself) (…).” (grifo nosso). Webster’s Third New International Dictionary of the Englhish Language
Unabridged. Vol. I, USA, Encyclopaedia Britannica Inc., 1986. 973.
Tradução: 1.
A qualidade ou condição de ser divino: DEIDADE (...) 2. a: DEUS, DEIDADE.
(...); b: A natureza de Deus
especialmente quando considerado como triuno: TRINDADE (As relações externas
dentro da própria Godhead)
3.
Mas,
verifiquemos ao menos se todas as citações para “divindade” mencionadas pelo
“TEXTOS ADULTERADOS” se referem “primariamente à pessoa do Pai”, como declara
seu autor.
a)
Atos
17:29 – Ao ler todo o texto percebe-se que ele trata de Deus (Theos) sem
nenhuma referência ao Pai, ao Filho ou ao Espírito Santo. É uma referência a
Deus sem especificar que pessoa está em foco. No verso 31 estaria a salvação do
argumento do “TEXTOS ADULTERADOS”, mas lá, conclui o autor de Atos, dizendo que
Deus (subtendido a divindade como traduz o próprio “TEXTOS ADULTERADOS”) enviou
um varão. É uma referência a Deus na divindade e não a uma pessoa em especial
(o Pai). Deus, no dizer de Ellen White, deu-se na pessoa do Pai, Filho e
Espírito Santo. No texto de Atos 17:29 está destacado que Deus (a Divindade)
“enviou um varão” que pode ser uma referência à própria Trindade (Divindade).
b)
Rom.
1:7, 8, 19 e 20 – Verso 7 – refere-se à divindade (theion) de forma genérica. Verso 8 – Não é o termo divindade mas (theos)
Deus. Verso 19 – também não é o termo “divindade” mas theou (Deus). Verso 20 – aparece theiotes (divindade) mas não se refere ao Pai e nem ao menos tem um
verso que pudesse sugerir isso como em Atos 17:29.
c)
Col.
2:9 – a palavra no verso é theotetos (divindade),
mas está tratando da qualidade de Deus e não do Pai em si. A referência
primária neste verso é a Jesus “no qual habita, corporalmente, toda plenitude
da divindade”. Jesus possui a natureza divina plena. Ele é o centro do
texto. O texto não fala de derivação de divindade do Pai. Errou mais uma vez o “TEXTOS
ADULTERADOS”.
d)
Mas,
suponhamos que se referissem tais textos ao Pai. Provaria isso algo contra a
Trindade ou contra a personalidade do Espírito Santo? Não. Estariam, por acaso,
esses textos sendo analisados sob a ótica do grego por Ellen White? Também
não.Tudo o que se fez ao citar o grego foi barulho sem conteúdo e indicar
textos que não leu ou não entendeu direito.
3.
Mais interpretações erradas:
a) Será que quando a Bíblia diz que Deus é a cabeça de
Cristo significa que Jesus recebe divindade derivada do Pai, pois “herdou”,
segundo o texto, divindade do Pai? Não.
O texto bíblico nada trata de transmissão de divindade. O seu sentido é outro:
estabelecer o plano de Deus na ordem da igreja e no plano da salvação, no qual
Cristo se tornou a cabeça da humanidade, e, assim, o seu segundo Adão. Ele é,
ao mesmo tempo, Deus supremo e homem submisso. Nada com transferência de
divindade do Pai para o Filho.
b) O autor tomou textos que falam de ações dos anjos
ao cooperarem com o plano da salvação para inferir que, por fazerem obra
compartilhada com o Espírito Santo, os anjos seriam veículos do poder de Deus,
e isso seria o Espírito Santo, o ministério dos anjos. Aí, ele constrói essa
idéia de um malabarismo nos textos do livro A
Verdade Sobre os Anjos (tratando da obra dos anjos) e emenda (pela semelhança dessa obra angelical) com a descrição do Desejado de Todas as Nações (que trata
da obra do Espírito Santo), então adiciona Hebreus 1:14 (que fala da obra dos
anjos como espíritos ministradores) e torna a costurar com João 14:26 e 15:26, 17 (que trata do outro Consolador
que viria substituir Jesus convencendo do pecado, etc.) e daí constrói seu Frankstein doutrinário. Conclui (ele),
com ares de gênio, que se as obras se parecem e se os anjos são chamados de
“espírito”, então o Espírito seria o ministério dos anjos. Mas, e quando a
Bíblia e Ellen White dizem que os homens também levam luz, convencem pecadores,
convencem da verdade, levam a salvação, resistem às trevas e aos anjos maus, seriam
os homens também o próprio Espírito Santo?
c) E, o que fazer com todas dezenas de textos (Bíblia
e Espírito de Profecia) que diretamente dizem que o Espírito Santo é a terceira
pessoa da Divindade? Se for uma pessoa, a terceira,
já não é o Pai e nem o filho e nem é uma força, e também não é o Pai ou Filho
agindo sob outra forma. Se for uma
pessoa não pode ser atuação de anjos ainda que usados por Deus. O crente e
nem anjo algum “vira” o Espírito
Santo quando Deus os usa.
d) Mais, NÃO HÁ UMA ÚNICA PASSAGEM DIZENDO QUE OS
ANJOS SEJAM O ESPÍRITO SANTO, NEM NA BÍBLIA NEM NO ESPÍRITO DE PROFECIA. Apenas
as “costuras” de textos fora do contexto, ajuntados pelo artifício primário da
semelhança. Por outro lado, há muitos textos declarando a personalidade e divindade
do Espírito Santo como uma pessoa à parte do Pai e do Filho.
e) Pior, dizer que em João 14:16 o Consolador
significa o trabalho dos anjos (seu ministério seria a terceira pessoa) como
portadores de uma força que vem de Cristo e de Deus é simplesmente torcer o que
Jesus está dizendo.
Portanto, o Espírito Santo é a TERCEIRA PESSOA NA
PLENITUDE DA DIVINDADE (Godhead = qualidade de Deus, Divindade, Deus em três
pessoas, conforme o dicionário já citado).
TEXTO V
Texto: “Sin could be resisted and overcome only through the
mighty agency of the third person of the Godhead, who would come with no
modified energy, but in the fullness of divine power.” Desire of Ages, 671
Tradução: “O pecado poderia ser resistido e vencido somente através da poderosa operação da Terceira Pessoa da Divindade, a qual viria não como energia modificada, mas na plenitude do divino poder”.
1.
Mais
um texto claro que ensina a doutrina da Trindade: Não são os anjos agindo sob
um poder divino. É uma terceira pessoa
da divindade. Há a primeira, a segunda e, então, a terceira. Depois essa Pessoa tem a plenitude da
divindade (como Jesus em Col. 2:9). Essa terceira pessoa é tudo o que Deus é.
Claríssimo.
2.
Vamos,
agora, aos infantis argumentos para torcer o claro texto:
a) Novamente o “argumento da letra
maiúscula” que, não influencia em nada o sentido do texto. É ridículo, mas vou
repetir o “argumento”: como “Terceira Pessoa” está com as letras iniciais “maiúsculas”,
isso estaria dizendo que os três são pessoas e que o Espírito Santo é uma Terceira
Pessoa formando, assim, uma Trindade. Mas se as letras iniciais fossem
minúsculas somente dois seriam pessoas. Pois bem, saiba que neste caso, como
nos outros, o “argumento da letra maiúscula” é inócuo, inválido. Com letra
maiúscula ou minúscula o sentido é o mesmo: há três pessoas. Assim, por uma
questão de honestidade somos levados a aceitar, que a doutrina exposta na
Bíblia e no Espírito de Profecia é a doutrina da Trindade, pois o mesmo sentido na letra maiúscula é o da
letra minúscula.
b)
Como
os textos aqui citados são usados como corretos com exceção das letras
maiúsculas, e, como as letras maiúsculas não afetam o sentido da Terceira
Pessoa da Divindade como sendo o Espírito Santo, o próprio autor decreta,
assim, a falência de sua doutrina.
Concluímos que o material do autor do “TEXTOS
ADULTERADOS” erra por falta de fundamentos contextuais, gramaticais, seja no
inglês, grego ou português. Sua doutrina se baseia em imaginações. É um
amontoado de textos relacionados sem se considerar o contexto. Sua definição de
quem seja o Espírito Santo é confusa, indefinida, anti-bíblica e contrária aos
ensinos contidos nos livros de Ellen White, muito usados na IASD como
referencial para confirmação doutrinária dos nossos pioneiros.
Percebemos, também, um tom acusatório contra a igreja.
Da mágoa nasce a distorção doutrinária. A indisposição com o ensino floresce na
indisposição com as pessoas. Oramos para que a sanidade volte a reinar nas
mentes dos que acolhem tais ensinos e atitudes. Que o Espírito Santo, a Terceira
Pessoa da Trindade, ilumine o seu povo para não ir após erros tão grosseiros.
Demóstenes Neves da Silva
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