Uma
das mais intensas discussões teológicas entre os adventistas nos
últimos anos está relacionada à Trindade.1 Desde que alguns
“descobriram” que os pioneiros da igreja não acreditavam nessa doutrina,
muitos questionamentos têm sido levantados. A principal tese dos
adventistas que rejeitam a Trindade é que somente após a morte de Ellen
G. White, ocorrida em 1915, essa doutrina teria sido introduzida e
aceita na denominação. Por isso, segundo eles, a igreja teria se
desviado da verdade sustentada pelos pioneiros e se encontra em estado
de apostasia.
Essas sérias acusações levantam algumas
perguntas: Em que os pioneiros adventistas realmente acreditavam?
Eles estavam corretos e nós estamos longe da verdade? Ou eles estavam
errados e nós descobrimos a verdade? O que mostram os fatos históricos?
Este artigo
divide a história da compreensão adventista sobre a Trindade durante a
vida de Ellen G. White nos seguintes períodos: (1) Ênfase na rejeição
da doutrina tradicional da Trindade (1846-1890); (2) Tensões sobre a
personalidade do Espírito Santo (1890-1897); e (3) Ênfase na aceitação
da doutrina bíblica da Trindade (1897- ).
Ênfase na rejeição da doutrina tradicional da Trindade (1846-1890) –
É fato bastante conhecido que os primeiros adventistas não aceitavam a doutrina da Trindade. Mas por que eles pensavam assim? Que motivos tinham para justificar essa posição?
É fato bastante conhecido que os primeiros adventistas não aceitavam a doutrina da Trindade. Mas por que eles pensavam assim? Que motivos tinham para justificar essa posição?
Razões para a rejeição. Os pioneiros apresentavam basicamente duas razões para rejeitar essa doutrina. A primeira é o fato de que muitos credos protestantes definem a Trindade como uma essência “sem corpo ou partes”. Em outras palavras, Deus não era entendido como um ser pessoal, mas abstrato e fantasmagórico. Essa compreensão sobre a Trindade “espiritualiza a existência do Pai e do Filho como duas pessoas distintas, literais e tangíveis”.2 Os pioneiros argumentavam que esse conceito contradiz a Bíblia, pois ela apresenta Deus como um ser pessoal “tangível”, que “possui corpo e partes”.3
A segunda razão é uma consequência lógica
da primeira: os credos não distinguem claramente as pessoas da
Divindade. Na linguagem teológica tradicional, a palavra pessoa não tem o
sentido atual de individualidade, mas indica uma “face” ou
“manifestação”. Portanto, de acordo com essa compreensão da Trindade, o
Pai, o Filho e o Espírito Santo não são três pessoas distintas, mas três
manifestações ou revelações da essência divina.4 “Trinitarianismo” era
definido como a “doutrina de que o Pai, o Filho e o Espírito são
unidos em uma e a mesma pessoa”.5
Os adventistas criam na “personalidade
distinta do Pai e do Filho, rejeitando como absurdo o trinitarianismo,
que insiste que Deus, Cristo e o Espírito Santo são três pessoas e,
mesmo assim, uma só pessoa”.6
A conclusão é evidente: os pioneiros não
rejeitavam o ensino bíblico sobre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, mas
a Trindade como entendida pela teologia cristã em geral. Podemos
entender facilmente esse fato ao nos lembrarmos de que palavras bíblicas
como alma, inferno e predestinação têm um sentido para os adventistas e
outro para a maioria dos cristãos. O mesmo ocorre com a
palavra Trindade. Mas, embora os pioneiros rejeitassem a Trindade dos
credos, eles não consideravam essa posição como “teste de caráter
cristão”, isto é, exigência para ser membro da igreja.7
Ellen G. White e os pioneiros.
Agora podemos entender por que Ellen G. White não reprovou seus
contemporâneos adventistas por rejeitarem a Trindade. Ela concordava
essencialmente com a posição deles e chegou a declarar que o Pai possui
“a mesma forma” que Cristo e é uma “pessoa” como Ele.8 Embora os pioneiros discordassem entre si
quanto a detalhes a respeito da Divindade e não possamos aceitar cada
frase escrita sobre o assunto, cremos que eles estavam essencialmente
corretos sobre a Trindade.9
Após examinar o que os
pioneiros escreveram sobre o tema, Jerry Moon, professor de História da
Igreja na Universidade Andrews, chegou à conclusão de que “o ensino
trinitariano [isto é, a doutrina da Trindade] dos últimos escritos
de Ellen G. White não é a mesma doutrina que os primeiros adventistas
rejeitavam”.10
Natureza do Espírito Santo. É
interessante observar que, na argumentação dos pioneiros contra a
Trindade, eles não negavam a personalidade do Espírito Santo. Ao
contrário do que geralmente se pensa, eles não tinham uma posição
definida sobre o assunto. Os “Princípios Fundamentais dos Adventistas do
Sétimo Dia” (1872) diziam simplesmente que “existe um Deus, um ser
pessoal e espiritual”, que está “presente em toda parte por Seu
representante, o Espírito Santo”. Essa declaração pode ser apoiada por
aqueles que creem que o Espírito Santo é uma pessoa, bem como por
aqueles que negam essa ideia.
Em 1877, ao escrever sobre a
“personalidade do Espírito de Deus”, J. H.Waggoner argumentou que, como
não existia entre os cristãos um consenso sobre o significado exato da
palavra “pessoa”, ele considerava “inútil uma discussão a respeito” da
personalidade do Espírito Santo. Waggoner advertiu que doutrinas devem
ser definidas “somente quando as palavras das Escrituras são tão diretas”
que ponham fim a toda discussão.11 No caso do Espírito Santo, isso não
seria possível, já que a Bíblia não aplica a Ele a palavra
“pessoa”. Entretanto, essa posição indefinida sobre o Espírito Santo
seria modificada na década de 1890, quando Ellen G. White passou a usar o
termo “pessoa” para se referir ao Espírito Santo.
Porém, os pioneiros tinham uma concepção
bastante elevada sobre a posição do Espírito Santo. O hinário
adventista continha diversos cânticos dirigidos a Ele (especialmente
entre os números 136-167). Um deles tem as seguintes palavras: “Vem,
Espírito Santo, vem; […] então conheceremos, e adoraremos, e amaremos ao
Pai, ao Filho e a Ti.”12 Um cântico bastante popular era a chamada
“Doxologia”, que diz: “Louvai ao Pai, ao Filho e ao Espírito
Santo.”13 Ellen G. White aprovava o uso desse hino.14
Encontramos apenas um texto anterior a 1890 que argumenta contra a personalidade do Espírito Santo.15 Mas
ele contradiz em vários aspectos o ensino adventista da época, pois
afirma, por exemplo, que Cristo não é Deus e que o Espírito Santo não é
digno de louvor. Esse texto expressa, obviamente, a opinião pessoal do
autor, e não a compreensão dos adventistas em geral.
Tensões sobre a personalidade do Espírito Santo (1890-1897) – Entre 1890 e 1897, houve alguma discussão entre aqueles que acreditavam na personalidade do Espírito Santo e aqueles que negavam esse conceito.16 Em 1890, os editores da casa publicadora da Austrália já tinham uma compreensão definida sobre a “Trindade” como constituída por “Pai, Filho e Espírito Santo”.17 Um estudo bíblico intitulado “A Trindade” argumentava sobre os “três personagens distintos do Céu”.18 O livreto “A doutrina bíblica da Trindade”, publicado pela Pacific Press e que apresentava “o Deus único subsistindo e atuando em três pessoas”, 19 era recomendado pela Associação Geral 20.
Aparentemente em resposta a
essa compreensão que se popularizava, Uriah Smith, em 1890, passou a
escrever alguns artigos contra a personalidade do Espírito Santo. Quanto
é de nosso conhecimento, essa posição foi expressa claramente apenas
por ele e por T. R. Williamson. Apesar disso, Smith acreditava que
o Pai, o Filho e o Espírito Santo são “os três grandes agentes”21 ou “os
três agentes”22 que realizam a obra da salvação.
Uriah Smith chegou a argumentar que, como
“na fórmula batismal [Mt 28:19], o nome ‘Espírito Santo’ é associado
aos nomes do Pai e do Filho”, pode “apropriadamente ser posto como parte
da mesma trindade no hino de adoração ‘Louvai ao Pai, ao Filho e
ao Espírito Santo’”.23 Embora Smith provavelmente nunca tenha aceitado a
personalidade do Espírito Santo, ele não O considerava apenas um
atributo de Deus.
Ênfase na aceitação da doutrina bíblica da Trindade (1897- ) –
Em 1896, após ouvir sermões de W. W. Prescott e H. C. Lacey sobre a
personalidade do Espírito Santo, Ellen G. White reconheceu como correta
essa compreensão.24 A partir desse ano, ela passou a descrever repetidas
vezes o Espírito Santo como “a terceira pessoa da Divindade”25 e uma
das “três pessoas vivas pertencentes ao trio celestial”.26
Esses e outros textos de Ellen G.
White foram decisivos para levar os adventistas a estudar mais
profundamente a Bíblia e a chegar a uma posição definida a respeito das
três pessoas da Divindade. Essas declarações de Ellen G. White sobre o
assunto foram publicadas durante sua vida27 e eram conhecidas por seus
contemporâneos. Estudos a respeito da Trindade e do Espírito Santo
frequentemente citavam as declarações em que ela fala sobre “a terceira
pessoa da Divindade”28 e as “três pessoas” do “trio celestial”. 29
Em resultado dos textos de Ellen G.White e
principalmente do estudo da Bíblia, publicações sobre a Trindade e a
personalidade do Espírito Santo se tornaram comuns entre os adventistas a
partir de 1897. Desde então, os poucos que haviam argumentado contra a
personalidade do Espírito Santo (inclusive Uriah Smith), nunca mais o
fizeram. A doutrina da Trindade passou a ser defendida em consenso pelos
adventistas.
Em nossa pesquisa foram localizados mais
de 400 textos escritos entre 1897 e 1915 que mencionam explicitamente
a existência das três pessoas da Divindade. A seguir, está uma pequena
amostra do que foi escrito a respeito do tema durante a vida de Ellen G.
White.
Publicações em geral. A. G.
Daniells, então presidente da Associação Geral, acreditava que o
Espírito Santo é “a terceira pessoa da Divindade” e “o sucessor
e representante do Salvador”.30 S. N. Haskell, importante pioneiro e
ministro ordenado em 1870, argumentou que o Espírito Santo não é “o anjo
Gabriel”, porque “o Espírito Santo é uma [pessoa] da Trindade”.31 O
hinário Christ in Song continha uma seção intitulada “Louvor à
Trindade”.32
R. Hare, num artigo intitulado “A
Trindade”, argumentou que a Divindade é formada pelas “três pessoas
vivas do trio celestial”. 33 Em outro artigo com o mesmo título, W. R.
French defendeu que “a Divindade é composta por três seres
pessoais”.34 Entre 1909 e 1910, a Sociedade dos Missionários Voluntários
(antecessora do Clube de Desbravadores) estudou “as grandes doutrinas
da Palavra de Deus”. 35 De acordo com a primeira lição, intitulada “A
Trindade”, existem “três pessoas” que “constituem a Divindade” e “o
Espírito Santo é a terceira pessoa na santa Trindade”.36 F. W. Spies,
então líder-geral da igreja no Brasil, escreveu: “Jesus declarou formal
e categoricamente que o Espírito Santo [é] a terceira pessoa da
Divindade (Mt 28:19).”37
Diversas séries sobre a Trindade foram
desenvolvidas durante o período em consideração. Entre 1897 e 1901,
foram publicados na Review and Herald muitos artigos extraídos do
periódico The King’s Messenger, que enfatizavam a personalidade do
Espírito Santo. M. E. Steward elaborou uma série de artigos intitulados
“A Divindade – Deus, o Pai”; “A segunda pessoa da Divindade – Jesus
Cristo”; e “A terceira pessoa da Divindade – o Espírito Santo”.38 G.B.
Thompson publicou em periódicos algumas séries sobre a personalidade e
obra do Espírito Santo, que depois foram lançadas em formato de livro.39
Ensino teológico e evangelismo.
Em 1906, H. C. Lacey, professor de Teologia no Duncombe Hall Training
College (atual Newbold College, Inglaterra), explicou que “a natureza e o
caráter do Deus triúno” era assunto estudado em suas aulas e se
constituía num dos “principais pontos de fé que compõem o sistema
de crenças dos adventistas”.40 O. A. Johnson, do Walla Walla College
(atual Universidade Walla Walla, EUA), escreveu o livro-texto Bible
Doctrines. No capítulo “A Divindade”, ele argumenta que o Pai, o Filho
e o Espírito Santo são as “três pessoas” que “constituem a Divindade” ou
“Trindade”.41
O contato evangelístico com não cristãos
ilustra a compreensão adventista sobre a Divindade. J. L. Shaw, um dos
mais destacados evangelistas da época, aconselhou que, nos primeiros
contatos com os muçulmanos, deveria ser “evitada a apresentação da
Trindade, especialmente em público”.42 Mas a doutrina era ensinada
durante o processo de evangelização. F. C. Gilbert, judeu
converso, passou a crer na existência das “três pessoas da Divindade:
Pai, Filho e Espírito Santo”, que formam a “Trindade”.43
Declarações de crenças. Vários
textos que apresentam de forma representativa a doutrina da igreja
confirmam que, no início do século 20, os adventistas compreendiam o
ensino bíblico sobre as três pessoas da Divindade. Em 1907, a seção de
consultoria doutrinária da Signs of the Times afirmou que, “sem dúvida,
[os adventistas] creem que o Espírito Santo é a terceira pessoa da
Divindade”.44
F. M. Wilcox, editor da Review
and Herald, escreveu que, entre “os principais pontos de fé mantidos por
esta denominação”, estava a “Trindade divina”, que inclui o “Espírito
Santo, a terceira pessoa da Divindade”.45 O livro Bible Readings, a mais
representativa exposição da doutrina adventista até então publicada,
conclui que o Espírito Santo é uma das “três pessoas da Divindade” e “a
terceira pessoa da Divindade”.46 O órgão geral da igreja no Brasil
explicou que “os adventistas do sétimo dia creem” na “Trindade da
Divindade” e na “personalidade do Espírito Santo”.47
Conclusão –
Os primeiros adventistas rejeitavam corretamente a Trindade dos credos,
que apresenta um Deus “sem corpo ou partes” e não distingue claramente
as pessoas da Divindade. Os pioneiros não tinham uma posição
definida sobre a personalidade do Espírito Santo, mas essa situação mudou
na década de 1890, por influência de Ellen G. White. No início do século
20, o ensino bíblico sobre as três pessoas da Divindade já era
considerado um dos “principais pontos de fé” do “sistema” teológico
adventista, uma das “grandes doutrinas da Palavra de Deus” e um dos
“principais pontos de fé” da igreja.
A partir de 1897, tornou-se abundante a
literatura adventista sobre a Trindade e a personalidade do Espírito
Santo. Não eram declarações incidentais e esporádicas, mas frequentes,
extensas e em consenso sobre o assunto. Documentos históricos mostram
que, nos primeiros anos do século 20, a Igreja Adventista do Sétimo Dia
já tinha uma posição consolidada sobre as três pessoas da Divindade.
Os adventistas não aceitaram a Trindade
por meio de algum líder da igreja há poucas décadas, mas pelo estudo
da Bíblia e por influência de Ellen G. White, há mais de cem anos. Se a
Trindade fosse uma doutrina falsa, por que Ellen G. White não reprovou
seus contemporâneos que escreveram tão extensamente e em consenso sobre
o tema a partir de 1897?
Estamos convictos de que, em vez de ter
ocorrido uma apostasia, o Senhor guiou a igreja na compreensão da
verdade bíblica e cumpriu Suas promessas: “A vereda dos justos é como a
luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv
4:18); “Quando o Espírito da verdade vier, Ele os guiará a toda a
verdade” (Jo 16:13, NVI).
Referências
1. Recursos para o tema deste artigo
podem ser encontrados nas apresentações em PowerPoint “Os adventistas e a
Trindade” e “Mitos e fatos sobre a Trindade na Igreja
Adventista”, disponíveis em http://www.downloads.criacionismo.com.br. A maior parte das fontes históricas citadas pode ser encontrada no site dos arquivos da Associação Geral: http://www.adventistarchives.org/DocArchives.asp.
2. Tiago White, “Letter from Bro. White”, The Day-Star, 24 de janeiro de 1846, p. 25.
3. A. C. Bordeau, “The Hope That is in You”, Review and Herald (daqui em diante, RH), 8 de junho de 1869, p. 185, 186.
4. Veja Roger E. Olson e Christopher A. Hall, The Trinity (Grand Rapids, MI / Cambridge: Eerdmans, 2002); Norman Geisler, Teologia Sistemática, v. 1 (Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2009).
5. William C. Gage, “Popular Errors and Their Fruits. No. 3”, RH, 29 de agosto de 1865, p. 101.
6. W. H. Littlejohn, “Scripture Questions. 96 – Christ Not a Created Being”, RH, 17 de abril de 1883, p. 250.
7. Tiago White, “Christian Unity”, RH, 12 de outubro de 1876, p. 112.
8. Primeiros Escritos, p. 54, 77.
3. A. C. Bordeau, “The Hope That is in You”, Review and Herald (daqui em diante, RH), 8 de junho de 1869, p. 185, 186.
4. Veja Roger E. Olson e Christopher A. Hall, The Trinity (Grand Rapids, MI / Cambridge: Eerdmans, 2002); Norman Geisler, Teologia Sistemática, v. 1 (Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2009).
5. William C. Gage, “Popular Errors and Their Fruits. No. 3”, RH, 29 de agosto de 1865, p. 101.
6. W. H. Littlejohn, “Scripture Questions. 96 – Christ Not a Created Being”, RH, 17 de abril de 1883, p. 250.
7. Tiago White, “Christian Unity”, RH, 12 de outubro de 1876, p. 112.
8. Primeiros Escritos, p. 54, 77.
9. Para uma comparação entre a doutrina
bíblica e a doutrina tradicional da Trindade, veja Woodrow Whidden,
Jerry Moon e John W. Reeve, A Trindade: Como entender os mistérios da
pessoa de Deus na Bíblia e na história do cristianismo (Tatuí, SP:
Casa Publicadora Brasileira, 2003), p. 188-198; Fernando L.
Canale, “Doutrina de Deus”, em Tratado de Teologia Adventista do
Sétimo Dia (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011), p.
105-159; Norman R. Gulley, Systematic Theology: Doctrine of God
(Berrien Springs, MI: Andrews University Press, a ser publicado).
10. Jerry Moon, “The Quest for a Biblical
Trinity: Ellen White’s ‘Heavenly Trio’ Compared to the Traditional
Doctrine”, Journal of the Adventist Theological Society, primavera de
2006, p. 142 (ênfase no original).
11. J. H. Waggoner, “The Gifts and Of ces of the Holy Spirit – No.1”, RH, 23 de setembro de 1875, p. 89 (ênfase acrescentada).
12. General Conference Association of the Seventh-day Adventists, The Seventh-day Adventist Hymn and Tune Book for Use in Divine Worship (Battle Creek, MI: Review and Herald /Oakland, CA: Paci c Press, 1888), p. 55.
12. General Conference Association of the Seventh-day Adventists, The Seventh-day Adventist Hymn and Tune Book for Use in Divine Worship (Battle Creek, MI: Review and Herald /Oakland, CA: Paci c Press, 1888), p. 55.
13. Ibid., p. 86. Esse hino corresponde ao nº 581 do atual Hinário Adventista.
14. RH, 4 de janeiro de 1881; Carta 57, 1897.
15. D. M. Canright, “The Holy Spirit not a Person, but an Influence Proceeding from God”, RH, 25 de julho de 1878, p. 218, 219, 236.
14. RH, 4 de janeiro de 1881; Carta 57, 1897.
15. D. M. Canright, “The Holy Spirit not a Person, but an Influence Proceeding from God”, RH, 25 de julho de 1878, p. 218, 219, 236.
16. Para estudo mais detido desse e do
período seguinte, veja Matheus Cardoso, “A doutrina da Trindade na
Igreja Adventista do Sétimo Dia (1890-1915)”, Kerygma, 2º semestre de
2011, disponível em http://www.unasp-ec.com/kerygma.
17. “Queries”, Bible Echo and Signs of the Times, 15 de dezembro de 1891, p. 376.
18. Charles L. Boyd, “The Trinity”, Bible Echo and Signs of the Times, 15 de outubro de 1890, p. 315.
19. Samuel T. Spear, “The Bible Doctrine of the Trinity”, Bible Student’s Library, nº 90 (março de 1892), p. 14.
20. Seventh-day Adventist Year Book (General Conference Association of Seventh-day Adventists, 1893), p. 95.
18. Charles L. Boyd, “The Trinity”, Bible Echo and Signs of the Times, 15 de outubro de 1890, p. 315.
19. Samuel T. Spear, “The Bible Doctrine of the Trinity”, Bible Student’s Library, nº 90 (março de 1892), p. 14.
20. Seventh-day Adventist Year Book (General Conference Association of Seventh-day Adventists, 1893), p. 95.
21. Uriah Smith, “The Spirit of Prophecy and Our Relation to It” General Conference Daily Bulletin, 14 de março de 1891, p. 147.
22. Ibid., “Begging the Question”, RH, 10 de abril de 1894, p. 232.
23. Idem, “696. Worshiping the Holy Spirit”, RH, 27 de outubro de 1896, p. 685.
24. Gilbert Valentine, W. W. Prescott: Forgotten Giant of Adventism’s Second Generation (Hagerstown, MD: Review and Herald, 2005), p. 121, 122, 129.
22. Ibid., “Begging the Question”, RH, 10 de abril de 1894, p. 232.
23. Idem, “696. Worshiping the Holy Spirit”, RH, 27 de outubro de 1896, p. 685.
24. Gilbert Valentine, W. W. Prescott: Forgotten Giant of Adventism’s Second Generation (Hagerstown, MD: Review and Herald, 2005), p. 121, 122, 129.
25. Carta 8, 1896; Special Testimonies
for Ministers and Workers, n° 10, p. 25 (publicado em 1897); Special
Testimonies, série A, nº 10, p. 37 (publicado em 1897); O Desejado de
Todas as Nações, p. 671 (publicado em 1898); Signs of the Times, 1° de
dezembro de 1898;
RH, 19 de maio de 1904; Southern Watchman, 28 de novembro de 1905; Signs of the Times australiana, 4 de dezembro de 1911.
RH, 19 de maio de 1904; Southern Watchman, 28 de novembro de 1905; Signs of the Times australiana, 4 de dezembro de 1911.
26. Special Testimonies, série B, nº 7, p. 62, 63 (publicado em 1906); Bible Training School, 1° de março de 1906.
27. “Original Sources for Ellen White’s Statements on the Godhead Printed in Evangelism, pp. 613-617” (Ellen G. White Estate, 2003); Tim Poirier, “As declarações trinitarianas de Ellen G. White: o que ela realmente escreveu?”, Parousia, 1º semestre de 2006, p. 27-46.
27. “Original Sources for Ellen White’s Statements on the Godhead Printed in Evangelism, pp. 613-617” (Ellen G. White Estate, 2003); Tim Poirier, “As declarações trinitarianas de Ellen G. White: o que ela realmente escreveu?”, Parousia, 1º semestre de 2006, p. 27-46.
28. R. A. Underwood, “The Holy Spirit a
Person”, RH, 17 de maio de 1898, p. 310, 311; A. T. Robinson, “The Holy
Spirit”, Australian Union Conference Record, 1º de maio de 1900, p. 2.
29. R. Hare, “The Trinity”, Australian
Union Conference Record, 19 de julho de 1909, p. 2; W. R. French, “The
Trinity”, RH, 19 de dezembro de 1912, p. 5, 6.
30. A. G. Daniells, “The Ministry of the Holy Spirit”, RH, 22 de novembro de 1906, p. 6.
31. S. N. Haskell, “Is Gabriel the Holy Spirit?”, Bible Training School, junho de 1907, p. 10.
32. Franklin E. Belden, org., Christ in Song for All Religious Services, 2ª edição (Washington, DC: Review and Herald, 1908), p. vi.
33. R. Hare, “The Trinity”, Australian Union Conference Record, 19 de
julho de 1909, p. 2.
34. W. R. French, “The Trinity”, RH, 19 de dezembro de 1912, p. 5, 6.
35. “Study for the Missionary Volunteer Society”, Youth’s Instructor, 5 de outubro de 1909, p. 11.
31. S. N. Haskell, “Is Gabriel the Holy Spirit?”, Bible Training School, junho de 1907, p. 10.
32. Franklin E. Belden, org., Christ in Song for All Religious Services, 2ª edição (Washington, DC: Review and Herald, 1908), p. vi.
33. R. Hare, “The Trinity”, Australian Union Conference Record, 19 de
julho de 1909, p. 2.
34. W. R. French, “The Trinity”, RH, 19 de dezembro de 1912, p. 5, 6.
35. “Study for the Missionary Volunteer Society”, Youth’s Instructor, 5 de outubro de 1909, p. 11.
36. “Society Studies in Bible Doctrines, Lesson I – The Trinity”, Youth’s Instructor, 19 de outubro de 1909, p. 12, 13.
37. F. W. Spies, “O Espirito [sic] Santo –
Seus dons e manifestações”, Revista Mensal (atual Revista Adventista),
maio de 1913, p. 1 (grafia atualizada).
38. M. E. Steward, “The Divine Godhead – God, the Father”, RH, 15 de dezembro de 1910, p. 8; ibid., “The Second Person of the Godhead – Jesus Christ”, RH, 22 de dezembro de 1910, p. 5; idem, “The Third Person of the Godhead – the Holy Spirit”, RH, 29 de dezembro de 1910, p. 4, 5.
39. G. B. Thompson, The Ministry of the Spirit (Washington, DC: Review and Herald, 1914).
38. M. E. Steward, “The Divine Godhead – God, the Father”, RH, 15 de dezembro de 1910, p. 8; ibid., “The Second Person of the Godhead – Jesus Christ”, RH, 22 de dezembro de 1910, p. 5; idem, “The Third Person of the Godhead – the Holy Spirit”, RH, 29 de dezembro de 1910, p. 4, 5.
39. G. B. Thompson, The Ministry of the Spirit (Washington, DC: Review and Herald, 1914).
40. H. Camden Lacey, “The Bible Classes”, The Missionary Worker, 6
de junho de 1906, p. 91.
41. O. A. Johnson, Bible Doctrines Containing 150 Lessons (College Place, WA: Press of Walla Walla College, 1910), p. 13, 15-17.
42. J. L. Shaw, “Workers for Moslems and Best Methods of Approach”, RH, 18 de maio de 1911, p. 10.
43. F. C. Gilbert, Practical Lessons from the Experience of Israel for the Church of Today (South Lancaster, MA: South Lancaster Printing Company, 1902), p. 242, 246.
44. M. C. Wilcox, “2089. – The Holy Spirit”, Signs of the Times, 22 de maio de 1907, p. 322.
45. F. M. Wilcox, “The Message for Today”, RH, 9 de outubro de 1913, p. 21.
46. Bible Readings for the Home Circle: A Topical Study of the Bible, Systematically Arranged for Home and Private Study (Washington, DC: Review and Herald, 1914), p. 182.
47. “A nossa crença”, Revista Mensal, maio de 1920, p. 11 (grafia atualizada)
de junho de 1906, p. 91.
41. O. A. Johnson, Bible Doctrines Containing 150 Lessons (College Place, WA: Press of Walla Walla College, 1910), p. 13, 15-17.
42. J. L. Shaw, “Workers for Moslems and Best Methods of Approach”, RH, 18 de maio de 1911, p. 10.
43. F. C. Gilbert, Practical Lessons from the Experience of Israel for the Church of Today (South Lancaster, MA: South Lancaster Printing Company, 1902), p. 242, 246.
44. M. C. Wilcox, “2089. – The Holy Spirit”, Signs of the Times, 22 de maio de 1907, p. 322.
45. F. M. Wilcox, “The Message for Today”, RH, 9 de outubro de 1913, p. 21.
46. Bible Readings for the Home Circle: A Topical Study of the Bible, Systematically Arranged for Home and Private Study (Washington, DC: Review and Herald, 1914), p. 182.
47. “A nossa crença”, Revista Mensal, maio de 1920, p. 11 (grafia atualizada)
MATHEUS CARDOSO é
editor-assistente dos livros do Espírito de Profecia na Casa Publicadora
Brasileira. Texto publicado na RA de Ago/2011.
Há um texto, na verdade uma carta, escrita pelo filho de Ellen White, William C White, onde ele tece um comentário que dá a entender que ele não tinha uma visão completamente comprometida com a doutrina da Trindade. Alguns trechos desta carta:
ResponderExcluir"As declarações e os argumentos de alguns dos nossos ministros em seu esforço para provar que o Espírito Santo era um indivíduo como é Deus, o Pai e Cristo, o eterno Filho, têm me deixado perplexo e algumas vezes eles me tem entristecido. Um mestre popular disse: "Podemos considerá-Lo (O Espírito Santo) como o companheiro que está aqui embaixo fazendo as coisas acontecerem."
[...]
Outro trecho:
"Há muitos textos das Escrituras que falam do Pai e do Filho e a falta de textos que fazem referência similar ao trabalho unido do Pai e o Espírito Santo ou Cristo e o Espírito Santo me tem feito acreditar que o espírito sem individualidade era o representante do Pai e do Filho através do universo, e vem sendo através do Espírito Santo que eles habitam em nossos corações e nos fazem um com o Pai e com o Filho."
Não preciso nem dizer que tais textos são usados de sobejo pelos que não creem na Trindade, como argumento plausível para a descrença nesta doutrina. Esquecem, entretanto, de outras partes da carta que apresento abaixo:
"Em sua carta, você me pede para contar o que entendo ser a posição de minha mãe em relação à personalidade do Espírito Santo.
Isso eu não posso fazer porque eu NUNCA ENTENDI CLARAMENTE seus ensinos sobre esse assunto. Sempre houve em minha mente alguma CONFUSÃO a respeito do significado das expressões dela que, para a minha forma de raciocinar, parecem ser um pouco confusas."
E ele continua:
"Frequentemente tenho lamentado não possuir a capacidade mental que poderia resolver esta e outras perplexidades semelhantes, e então, relembrando o que a irmã White escreveu nos "Atos dos Apóstolos", págs. 51 e 52 a 'respeito dos mistérios que são muito profundos para a compreensão humana, o silêncio é ouro'. Tenho achado melhor me refrear desta discussão e me esforçar para dirigir minha mente a assuntos fáceis de serem compreendidos."
Agora vamos analisar algumas expressões e textos da senhora White e ver o pensamento dela a respeito do assunto. É muito comum em seus escritos expressões como:
“terceira pessoa”;
“três pessoas no trio celestial”;
Ela também cita a fórmula trinitária de Mateus 28:19 cerca de 168 vezes.
Citações como estas também dão base a doutrina:
"há três pessoas vivas pertencentes ao trio celeste";
"o Espírito Santo é o Consolador, em nome de Cristo. Ele personifica Cristo, contudo é uma personalidade DISTINTA”;
"ao pecado só se poderia resistir e vencer por meio da poderosa operação da TERCEIRA PESSOA DA DIVINDADE, a qual viria, não com energia modificada, mas na plenitude do divino poder“;
E o texto que mais admiro:
"O Espírito Santo É UMA PESSOA, pois Ele dá testemunho ao nosso espírito”. (Você pode ver a carta original e escrita por ela a punho no artigo publicado neste site intitulado: "Desenvolvimento gradual da doutrina da Trindade na Igreja Adventista do Sétimo Dia: uma análise nos registros iniciais da Review and Herald e da Revista Adventista")
Como podemos perceber e concluir, o filho de Ellen White estava sim confuso, como ele mesmo afirmou, mas os textos de sua mãe são bastante categóricos. O porque de ele não ter compreendido claramente o assunto eu não sei, mas sei que sua mãe não deixou dúvidas nenhuma.
Você pode ler os artigos publicados neste blog: "Trindade em escritos originais de Ellen White" e "Acervo literário de Ellen White e possíveis adulterações para advogar a doutrina da trindade".
É importante também salientar que nós, Adventistas do Sétimo Dia, cremos que a nossa única regra de fé e prática é a Bíblia e cremos também no dom profético revelado a Ellen White e em seus escritos como a voz de Deus a sua igreja. O filho dela, apesar de sua importância para a igreja, não foi inspirado como profeta e não é nossa regra de fé. Veja no artigo publicado neste site: Hinologia Adventista em defesa da Trindade
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