Azenilto Brito
Respondendo às objeções de
“testemunhas de Jeová” e outros quanto à Divindade e personalidade do Espírito
Santo
Primeiramente, temos que definir, o que vem a ser uma “pessoa”? Os atributos da personalidade são a posse de
uma mente, inteligência, a habilidade de exercer pensamento independente e
ação, além de ter emoções, habilidade de manter conversa com pessoas e de
dirigir e comandar outros, além de ter capacidade de influenciar e mudar vidas,
e mesmo possuir um corpo distinto, visto por seres humanos.
Pois bem, todos esses atributos de uma pessoa são
possuídos pelo Espírito Santo . Isso prova além de qualquer dúvida que o
Espírito Santo é uma Pessoa real, tal como Jeová Deus, e mesmo Satanás, são
pessoas reais.
Eis a evidência:
A. O Espírito Santo Tem Todos os Atributos de uma Pessoa Real
1. MENTE – Uma pessoa real tem uma mente. O
Espírito Santo também tem uma mente:
“E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do
Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos” –
Romanos 8:27
A palavra grega traduzida por “mente” é phroneo.
Quando empregada como um substantivo, significa: “o que alguém tem em mente, o
pensamento, ter uma opinião, pensar”. Quando empregada como verbo, a palavra
significa “pensar, ter certa preocupação”, e implica interesse ou reflexão
moral e não mera opinião irrazoável”. –
Vines, p. 409.
Vários textos traduzem esta palavra como “ter mesma
opinião”, “de uma mesma mente”, “de mesma posição”, e “de pensamento diverso”.
Em cada caso, o conceito de uma mente e um processo de pensamento é bastante
evidente.
CONCLUSÃO: Uma pessoa real tem uma mente. O
Espírito Santo tem uma mente. Uma
“influência” ou “força ativa”, semelhante à eletricidade, não tem uma mente.
(Ninguém diria, “a eletricidade tomou sua decisão!”).
2. PENSAMENTO E AÇÕES INTELIGENTES - Uma pessoa
real tem inteligência, é capaz de tomar decisões e levar avante ações
independentes. O Espírito Santo também
tem inteligência, é capaz de tomar decisões e levar avante ações independentes:
“. . . a outro, no mesmo Espírito, fé; dons de curar; a outro,
operações de milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos;
a um variedade de línguas; e a outro, capacidade para interpreta-las, mas um só
e o mesmo Espírito realiza todas estas cousas, distribundo-as, como lhe apraz,
a cada um, individualmente”. – 1 Coríntios 12:9-11
A palavra grega traduzida aqui como “apraz” é boulayma
que significa “decide, determina, deseja, propõe”. Todos estes termos denotam
inteligência e habilidade de tomar decisão independente. Mais do que isto, o
Espírito Santo opera e age
independentemente ao dar dons espirituais à Igreja. Este mesmo termo grego boulayma
é empregado em Tiago 1:18 para descrever a vontade do Senhor: “Pois,
segundo o seu querer (boulayma), ele nos gerou pela palavra da verdade,
para que fôssemos como que primícias das suas criaturas”.
Assim como Deus tem a habilidade de tomar uma decisão
independente, o Espírito Santo tem a
mesma habilidade para decisões independentes.
CONCLUSÃO: Uma pessoa real tem inteligência, é
capaz de tomar decisões inteligentes e levar avante ações independentes. Uma
influência, ou “força ativa”, como a eletricidade, não conta com inteligência,
não pode tomar decisões independentes. (Ninguém diria: “A eletricidade decidiu
vender a casa”!).
3. PESQUISA E ESTUDA - Uma pessoa real tem a
habilidade de pesquisar e estudar. O Espírito Santo também tem a habilidade de pesquisar e
estudar:
“Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a
todas as cousas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus” – 1 Coríntios 2:10
A palavra grega traduzida como “perscruta” é ereunao
e significa “pesquisar, investigar, explorar, estudar”. É a mesma palavra usada
por Jesus em João 5:39, ao dizer aos judeus: “Examinais (ereunao) as
Escrituras porque julgais ter nelas a vida eterna”. Tal como os judeus
utilizavam suas mentes para estudar e pesquisar as Escrituras, assim o Espírito
Santo emprega Sua mente para pesquisar e estudar as coisas de
Deus.
CONCLUSÃO: Uma pessoa real tem a habilidade de
pesquisar e estudar. O Espírito Santo
também tem a habilidade de pesquisar e estudar. Uma influência ou “força
ativa”, tal como a eletricidade, não tem a habilidade de pesquisar e estudar.
(Ninguém diria: “A eletricidade estudou o dicionário ao procurar pela palavra
certa”).
4. EXPERIÊNCIA E EMOÇÕES - Uma
pessoa real tem experiências e emoções.
O Espírito Santo tem experiências e
emoções:
“E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes
selados para o dia da redenção”. – Efésios 4:30
A palavra grega traduzida por “entristecer” é lupay
tendo o sentido de “dor, pesar, angústia, sofrimento”. A dor é uma emoção que
alguém sente. Essa mesma palavra é usada para descrever o sofrimento dos
cristãos coríntios após receberam a severa carta corretiva de Paulo: “Se alguém
causou tristeza não o fez apenas a mim, mas, para que eu não seja
demasiadamente áspero . . .”– 2 Coríntios 2:5. Tal como os cristãos em Corinto
experimentaram dor por seus pecados, assim o Espírito Santo experimenta dor
quando pecamos.
“Mas eles foram rebeldes, e contristaram o seu Espírito Santo
pelo que se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles” - Isaías
63:10
A palavra hebraica traduzida como “contristar” é asab,
com o sentido de “desagradou, contrariou”.
CONCLUSÃO: Dor, desprazer e contrariedade são
emoções que uma pessoa real sente. O Espírito Santo experimenta emoções tais como dor,
contrariedade, tristeza. Uma influência ou “força ativa”, tal como a
eletricidade, não tem a habilidade de sentir emoções. (Ninguém diria: “A
eletricidade ficou contrariada e ficou amuada no canto!”)
5. CONVERSAÇÕES - Uma pessoa real tem a
habilidade de manter uma conversação com outra pessoa. O Espírito Santo também tem a habilidade de manter
conversações com pessoas reais:
“Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da
parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de
Mim; e vós também testemunhareis, porque estais comigo desde o princípio”. -
João 15:26, 27
Assim como os discípulos de Jesus testificaram sobre
Jesus Cristo a outras pessoas, o Espírito Santo testificará sobre Jesus Cristo
a outras pessoas. Uma influência ou “força ativa”, tal como a eletricidade, não
pode testemunhar sobre nada. (Ninguém diria: “A eletricidade testificou sob
juramento na corte”).
“Então disse o Senhor: O meu Espírito não agirá para sempre
no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos” –
Gênesis 6:3
A palavra hebraica traduzida aqui por “agir” é din significando “contender, pleitear, arguir”.
“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossas
fraquezas; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede
por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis”. – Romanos 8:26
“Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou antes,
quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós”. –
Romanos 8:34
Assim como Jesus Cristo, (uma pessoa real) intercede por
nós, o Espírito Santo também intercede
por nós. A mesmo palavra grega entugaxano
é vertida como “intercede” e é empregada em ambos os textos com o sentido
de “ter conversações com, falar com, pleitear a causa de, interceder em favor
de”.
“Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em
Meu nome, esse vos ensinará todas as cousas e vos fará lembrar de tudo o que
vos tenho dito”. – João 14:26
Assim como uma pessoa real pode atuar como professor e
comunicar conhecimento a seus estudantes, o Espírito Santo também ensina e lembra os cristãos do que
Jesus lhes disse.
CONCLUSÃO: Uma pessoa real pode testificar, argumentar, ensinar,
interceder e levar adiante uma conversação. Uma influência ou “força ativa”,
como a eletricidade, não pode testificar, interceder e levar avante uma
conversação. (Ninguém diria: “A eletricidade disse ao juiz exatamento o que
aconteceu aos estudantes na aula que estava ministrando”).
6. REQUER OBEDIÊNCIA - Uma pessoa
real pode emitir ordens e requerer obediência. O Espírito Santo pode também ordenar e requer obediência:
“Então disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro, e
acompanha-o”. – Atos 8:29
“E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito
Santo: Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho
chamado. . . Enviados, pois, pelo
Espírito Santo , desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre” – Atos 13:2,
4
“E percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos
pelo Espírito Santo de pregar a palavra
na Ásia. . .” – Atos 16:6
CONCLUSÃO: Uma pessoa real pode emitir ordens e
requerer obediência. O Espírito Santo
também pode emitir ordens e requerer obediência. Uma influência ou
“força ativa”, tal como a eletricidade, não pode emitir ordens e requerer
obediência. (Ninguém diria: “A eletricidade me mandou ir para outro Estado!”)
7. INFLUENCIA E TRANSFORMA VIDAS – Uma pessoa
real exerce influência sobre o comportamento de outras e é capaz de mudar a
vida de outros. O Espírito Santo também
exerce influência sobre o comportamento de outros e é capaz de mudar-lhes a
vida:
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.
Contra estas coisas não há lei”. – Gálatas 5:22-23
CONCLUSÃO: Uma pessoa real exerce influência
sobre o comportamento de outros e é capaz de mudar suas vidas. O Espírito Santo
também exerce influência sobre o comportamento de outros e é capaz de mudar
suas vidas. Uma mera influência ou “força ativa”, tal como a eletricidade não
pode influenciar o comportamento de outros e é incapaz de mudar suas vidas.
(Ninguém diria: “A eletricidade me tornou mais amorável, alegre, paciente,
bondoso e bom!”).
8. PRONOMES PESSOAIS – Uma pessoa
real é tratada por pronome pessoal, “ele”, “ela”, “seu”, “lhe”, etc. Jesus
referiu-Se ao Espírito Santo usando pronomes pessoais:
“E eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador, a fim
de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode
receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque Ele habita
convosco e estará em vós”. – João 14:16, 17
CONCLUSÃO:
Tal como o Pai é uma pessoa real e é referida neste verso como “Ele”,
também o Espírito Santo é uma pessoa real e referida pelo pronome “ele”. A uma
mera influência ou “força ativa”, tal como a eletricidade nunca se atribui
pronomes pessoais.
9. TRATADA COMO UMA PESSOA – Uma pessoa
real é comumente tratada com respeito como uma pessoa e não como um objeto
inanimado. A Bíblia coerentemente trata o Espírito Santo como uma pessoa real:
“Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do homem
ser-lhe-á isso perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe
será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir”. – Mateus 12:32
CONCLUSÃO: Aqui o Espírito Santo é tratado com o mesmo respeito, ou até maior,
do que o Filho do Homem (Jesus, uma pessoa real). Portanto, o Espírito Santo
deve também ser uma pessoa real. Uma mera influência ou “força ativa”, tal como
a eletricidade, não é tratada como uma pessoa. (Ninguém diria: “Não blasfeme
contra a eletricidade!”)
10. TEM UM CORPO VISTO POR SERES HUMANOS – Uma pessoa
real tem um corpo que pode ser visto por seres humanos. O Espírito Santo também tem um corpo que pode ser visto por
seres humanos:
“No sexto ano, no sexto mês, aos cinco dias do mês, estando
eu sentado em minha casa, e os anciãos de Judá assentados diante de mim,
sucedeu que ali a mão do Senhor Deus caiu sobre mim. Olhei, e eis uma figura
como de fogo; desde os seus lombos, e daí para baixo, era fogo e dos seus
lombos para cima como o resplendor de metal brilhante. Estendeu ele dali uma
semelhança de mão e me tomou pelos cachos da cabeça; e o Espírito me levantou
entre a terra e o céu, e me levou a Jerusalém em visões de Deus, até à entrada
da porta do pátio de dentro, que olha para o norte, onde estava colocada a
imagem dos ciúmes, que provoca o ciúme de Deus”. – Ezequiel 8:1-3
“Porei dentro em vós o meu Espírito, e farei que andeis nos
meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis”. – Ezequiel 36:27
“Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus
dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos,
vivificará também os vossos corpos mortais, por meio do seu Espírito que em vós
habita”. – Romanos 8:11
“Não sabeis que sois santuário de Deus, e que o Espírito de
Deus habita em vós?” – 1 Coríntios 3:16
CONCLUSÃO: Uma pessoa real tem um corpo que pode
ser visto por seres humanos. O Espírito Santo também tem um corpo espiritual
que foi visto por seres humanos. Adicionalmente, o Espírito Santo vive em nosso
corpo, assim nosso corpo torna-se o Seu corpo. Contudo, uma influência ou
“força ativa”, tal como a eletricidade, não tem corpo. (Ninguém diria: “A eletricidade
gritou quando tocamos em suas mãos!”)
SUMÁRIO
Considerem como os atributos seguintes de “personalidade”
são compartilhados por cada um dos seguintes:
A Bíblia nos fala
que os seres humanos, Satanás, os anjos, o Pai, o Filho e o Espírito Santo têm todos:
Uma mente (e, assim, um cérebro)
Inteligência (podem pensar racionalmente e agir
independentemente)
A habilidade de pesquisar e estudar
Emoções
A habilidade de conduzir conversações (testemunhar,
argüir, ensinar, interceder)
A habilidade de requerer nossa obediência
A habilidade de influenciar e modificar vidas
São referidos por pronome pessoal “ele, o”
São tratados pelos autores bíblicos como pessoas reais
Seus corpos foram vistos por seres humanos
RESPOSTA A OBJEÇÕES QUE AS “TESTEMUNHAS DE JEOVÁ” E OUTROS QUE
NEGAM A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO LEVANTAM
1. Se o Espírito Santo
fosse realmente uma pessoa teria um nome como o Pai e o Filho.
RESPOSTA: Os seres espirituais nem sempre
recebem um nome nas Escrituras. Por exemplo, os espíritos imundos (que se
admite serem seres pessoais espirituais) raramente têm nome. A mesma palavra
grega (pneuma) é empregada para eles como para o Espírito Santo. Com
mais freqüência do que não os seres espirituais são identificados por sua
característica particular (mau, imundo, maligno, etc). em vez de receberem um
nome próprio:
“E perguntou-lhe [Jesus]: Qual é o teu nome? Respondeu ele:
Legião é o meu nome, porque somos muitos”. – Marcos 5:9 (“Legião” significa “um
milhar”).
“Jesus o permitiu. Então saindo os espíritos imundos,
entraram nos porcos; e a manada, que era cerca de dois mil, precipitou-se
despenhadeiro abaixo, para dentro do mar, onde se afogaram “. – Marcos 5:13
(Aqui os espíritos são simplesmente chamados “imundos”).
Do mesmo modo, os nomes “Jesus,” “Cristo,” “Filho de
Deus,” são tidos por nomes próprios, mas na verdade representam Suas
características, com os sentidos de: Salvador, Messias, Deus Encarnado:
“Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque
ele salvará o seu povo dos pecados deles”. – Mateus 1:21 (“Jesus” significa
“Salvador”)
“Eu sei, respondeu a mulher, que há de vir o Messias, chamado
Cristo; quando ele vier nos anunciará todas as cousas”. – João 4:25 (“Cristo”
significa “Messias”).
“Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua
sombra; por isso também o ente santo que há de nascer, será chamado Filho de
Deus”. – Lucas 1:35 (“Filho de Deus” significa “Deus Encarnado”).
O mesmo é verdade quanto a Jeová Deus. Seus nomes são de
fato características. Por exemplo, “Yahweh” significa “O Auto-Existente;”
“Elohim” quer dizer “O Poderoso;” “El Olam” tem o sentido de “Deus Eterno”.
Portanto, vemos a mesma coisa quanto ao Espírito Santo – Seus nomes são
descrições de Seu caráter e atributos:
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim
de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode
receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita
convosco e está em vós”. – João 14:16, 17
Aqui Jesus especificamente chama o Espírito Santo pelo
nome de “Espírito da Verdade”.
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. – Mateus 28:19
(Aqui “Espírito Santo” é um dos nomes do Espírito, indicando ser Ele “santo”).
CONCLUSÃO: O argumento de que o Espírito Santo
não pode ser uma pessoa real porque não possui um nome é falho em três pontos:
primeiro, os espíritos maus (que evidentemente são seres espirituais pessoais)
raramente recebem um nome. Em segundo lugar, os nomes do Pai, Filho e Espírito
Santo são todos descritivos de suas características especiais. Em terceiro
lugar, Jesus declarou que o “Espírito da Verdade” é o nome do Espírito Santo,
portanto Ele de fato tem um nome específico. A gente pode referir-se a uma
pessoa dizendo, “aquele sujeito ali”, sem lhe atribuir um nome, mas isso não
indica que não se trata de uma pessoa real!
2. As “testemunhas de Jeová” e outros contestadores da
doutrina trinitariana alegam que muitos eminentes eruditos em grego dão apoio a
sua interpretação de que o Espírito Santo não é uma pessoa real.
A literatura da Torre de Vigia, por exemplo, cita os
seguintes eruditos em grego para apoiar suas interpretações particulares e
negar que o Espírito Santo seja uma pessoa real: F. F. Bruce, A. T. Robertson,
John N. Darby, R. C. Trench, J. H. Thayer, Marvin R. Vincent, W. E. Vine, e R.
Young.
RESPOSTA: Cada um desses
especialistas crê e ensina que o Espírito Santo seja uma pessoa real. A Torre
de Vigia age de modo inteiramente enganoso ao alegar que esses
especialistas em língua grega apóiam suas crenças!
3. Ninguém pode ser batizado com uma pessoa! Portanto, se
somos batizados com o Espírito Santo, o Espírito não pode ser uma pessoa real
(Mateus 3:11; Marcos 1:8)
As “testemunhas de Jeová”desenvolvem esta falsa idéia
apelando aos seguintes textos :
“Eu vos batizo com água para arrependimento; mas aquele que
vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de
levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”. – Mateus 3:11.
“Eu vos tenho batizado com água; ele, porém vos batizará com
o Espírito Santo “. – Marcos 1:8
As “testemunhas de Jeová” alegam que “água” e “Espírito”
são paralelos diretos, portanto o “Espírito” deve ser uma entidade impessoal
tal como o é a “água”. Uma vez que o
Espírito Santo está intimamente associado com coisas impessoais na Escritura
(tal como “fogo” e “água”) então, alegam, o próprio Espírito deve ser impessoal
(a força ativa de Deus).
RESPOSTA: É uma lógica falha dizer que porque
“água” não é uma pessoa, então o Espírito Santo não é uma pessoa. Não só isso
vai contra o montante enorme de evidência bíblica que demonstra a personalidade
do Espírito Santo, mas não existe qualquer justificativa para traçar tal
paralelo. O mesmo argumento pode ser apresentado para provar que Jesus não é
uma pessoa:
“Ou, porventura, ignorais que todos os que fomos batizados em
Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte?” – Romanos 6:3
Nesses “batismos paralelos” devemos presumir que uma vez
que a “morte” não é uma pessoa, Jesus também não seria uma pessoa? Logicamente
que não. O argumento das “testemunhas de Jeová” é ilógico e antibíblico.
4. Não podemos ser cheios com uma pessoa. Uma vez que
podemos ser cheios com o Espírito Santo (Atos 2:4), o Espírito Santo não pode
ser uma pessoa.
Primeiro deve-se perguntar a alguém que assim argumente
se uma mulher grávida pode ser “cheia” com uma criança que vai lhe nascer.
Obviamente a resposta será que sim. Portanto, mesmo um ser humano pode ser
“cheio” com outra pessoa. Agora, convidem este indivíduo a ler Atos 2:4.
“Todos ficaram cheios do Espírito Santo, e passaram a falar
em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem”. – Atos 2:4
As “testemunhas de Jeová” alegarão que o Espírito Santo
não pode ser uma pessoa porque encheu os 120 discípulos ao mesmo tempo. Indicam
Juízes 14:6 como exemplo de alguém (Sansão) sendo cheio do Espírito Santo. Perguntam então: “Acaso uma pessoa divina entrou em Sansão e
manipulou o seu corpo para fazer o que ele fez?” “Não”, responderão, “foi
realmente a força ativa de Deus que tornou Sansão forte”. Também assinalam que
em Efésios 5:18 a instrução é que as pessoas se encham com o Espírito, não com
vinho. Uma vez que vinho não é uma pessoa, o Espírito não pode ser uma pessoa.
RESPOSTA: Efésios 3:19 fala dos cristãos serem
cheios com o próprio Deus: “. . . para que sejais tomados [cheios—Tradução Novo
Mundo] de toda a plenitude de Deus”. Deus pode encher todas as coisas, e as TTJ
concordarão que Ele seja uma Pessoa. Do mesmo modo, o Espírito Santo pode
encher muitas pessoas ao mesmo tempo e ainda ser uma Pessoa. Efésios 4:10 nos
diz que Cristo preenche todas as coisas: “Aquele que desceu é também o mesmo
que subiu acima de todos os céus, para encher todas as cousas”. Cristo pode
encher todas as coisas, e as TTJ concordarão que Ele é uma Pessoa. Do mesmo
modo, o Espírito Santo pode encher muitas pessoas a um só tempo e ainda ser uma
Pessoa. As TTJ precisam compreender que os Seres Divinos têm capacidades muito
além das dos seres humanos! (Ver também a Pergunta 9).
5. Três Testemunhas (1 João 5:6-8)
“Este é Aquele que veio por meio de água e sangue, Jesus
Cristo; não somente com água, mas com a água e com o sangue. E o Espírito é o
que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. Pois há três que dão
testemunho: o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só
propósito”. – 1 João 5:6-8.
As TTJ argumentam que uma vez que “água” e “sangue” não
são pessoas, então o Espírito Santo também não é uma pessoa. Todos os três
(água, sangue, Espírito) são vistos como personificações e não pessoas.
RESPOSTA: O mesmo argumento pode ser levantado
contra a personalidade de Jesus Cristo! Neste texto Jesus Cristo é ligado à
“água” e “sangue”. Portanto, uma vez que água e sangue não são pessoas, então
Jesus Cristo deve também ser impessoal! Ver pergunta no. 3 para os erros dessa
lógica. Simplesmente porque uma pessoa é associada com itens impessoais não
remove a personalidade de um indivíduo! Por exemplo, Jesus é chamado de “pão”
(João 6:35); uma “porta”(João 10:7); uma “luz” (João 8:12); uma “rocha” (1
Coríntios 10:4; 1 Pedro 2:4-8) a “verdade” (João 14:6); a “vinha” (João 15:1);
o “caminho” (João 14:6), e a Palavra (João 1:1). Mas ninguém alegaria que Jesus
não é uma Pessoa simplesmente porque está associado com esses termos. Os
argumentos das TTJ e outros que negam a personalidade do Espírito Santo são
simplesmente ilógicos e antibíblicos. Por exemplo, consideremos a seguinte
ilustração:
Se eu enviar uma carta registrada para alguém, o carteiro
precisa entregá-la pessoalmente ao destinatário. Quando o carteiro caminha até
a porta desse destinatário, todos concordam que a carta não é a pessoa que escreveu–é
um objeto impessoal. Mas só porque o carteiro está carregando essa carta
impessoal–e ele está associado com esse objeto impessoal–isso de modo algum
significa que o próprio carteiro não seja uma pessoa!
6. A Personificação do Espírito Santo como o “Outro”
Consolador; e o tratamento que recebe por pronome pessoal “Ele” (João capítulos
14 até 16).
As “testemunhas de Jeová” alegam que simplesmente porque
o Espírito Santo é chamado de “Consolador” e “ensina”, “guia”, “dá testemunho”,
“fala” e “ouve” (João 14:16, 17, 26; 15:26; 16:13), isso não significa que seja
uma pessoa. Em vez disso, o Espírito Santo está apenas sendo personificado, e é
por isso que Jesus empregou o pronome pessoal “Ele” para referir-se ao
Espírito.
As TTJ também fazem notar que a palavra “Consolador”
(João capítulos 14 a 16) é de gênero masculino no grego, portanto requer o uso
de pronomes masculinos (João 16:7, 8). Também destacam que a palavra grega
usada para o Espírito Santo é neutra em outros textos e ali o pronome neutro
(que em inglês seria “it”) é que vem a ser usado. Assim, concluem: “Quando a
Bíblia utiliza pronomes masculinos pessoais em conexão com “Consolador” em João
16: 7 e 8, está se conformando com as regras de gramática, não expressando
doutrina (da personalidade)”.
RESPOSTA: As TTJ são muito claras de que
Satanás é uma pessoa real. O argumento que empregam para provar a personalidade
de Satanás também prova a personalidade do Espírito Santo: “Toda qualidade,
toda ação que podem indicar personalidade, é atribuída a ele (Satanás) em
linguagem que não pode ser explicada doutro modo. – “Awake! [Despertai!], 8 de dezembro
de 1973, p. 27. Destarte, tal como Satanás, o Espírito Santo tem todas as
qualidades de personalidade como assinalado no início deste estudo.
Simplesmente porque o grego de modo infreqüente emprega
um pronome neutro com referência ao Espírito Santo não é razão para crer que o
Espírito Santo não seja uma Pessoa mais do que quando o grego utiliza um
pronome neutro com referência a Jeová Deus ou Jesus Cristo. Em cada caso, mesmo
quando pronomes neutros são usados, Jeová e Cristo são obviamente pessoas. A
Bíblia às vezes utiliza termos neutros referindo-se a bebês (Lucas 1:41, 44;
2:16; 18:15), a crianças (Marcos 5:39-41; a meninas (Mateus 9:24, 25; Marcos 5:41,
42); a espíritos imundos (Mateus 12:24, 27, 28; Marcos 7:26, 29, 30); e a anjos
(Hebreus 1:14). Em cada caso não há dúvida de que o termo neutro refira-se a
uma pessoa real. Portanto, o fato de que a Bíblia ocasionalmente dirige-se ao
Espírito Santo por um termo neutro de modo algum sugere que o Espírito Santo
não seja uma pessoa. O emprego pelas TTJ desses falsos argumentos gramaticais
ocorre para enganar as pessoas que desconhecem esses fatos.
Adicionalmente, a Bíblia especificamente registra o
Espírito Santo empregando pronomes pessoais quando falando de Si mesmo: “E,
servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: ‘Separai-me agora
a Barnabé e a Saulo para a obra a que [Eu] os tenho chamado’“ (Atos
13:2). Logo, o Espírito Santo pensa de Si mesmo como uma pessoa real. Iremos
contradizer ao Espírito Santo e dizer que Ele está mentindo?
7. Uma vez que o Espírito Santo é chamado de “Espírito de
Deus” pode somente ser a força ativa de Deus (Gênesis 1:2).
As “testemunhas de Jeová”advogam que o Espírito Santo não
é uma pessoa real por ser chamado o “Espírito de Deus”. Assim, o Espírito Santo
deve ser a força ativa de Deus e somente emana de Deus.
RESPOSTA: Jesus Cristo é chamado de “Filho de
Deus” (Marcos 1:1), mas isso não significa que Ele é a “força ativa” de Deus.
Assim como a expressão “Filho de Deus” reconhece a divindade de Cristo, a
expressão “Espírito de Deus” reconhece a divindade do Espírito Santo. Ademais,
o Espírito Santo é também chamado de “o Espírito de Cristo” (Romanos 8:9; 1
Pedro 1:11). Como poderia o Espírito Santo emanar do Pai como Sua “força
ativa”, mas depois emanar de Cristo como Sua “força ativa”?
8. O termo “nome” em Mateus 28:19 prova que o Espírito
Santo não é uma Pessoa.
As “testemunhas de Jeová” alegam que “nome” nem sempre
indica um ser pessoal. Por exemplo, quando dizemos “em nome da lei”, não
estamos nos referindo a uma pessoa, mas à autoridade da lei. Daí, Mateus 28:19
não pode ser usado para apoiar a personalidade do Espírito Santo .
RESPOSTA: Contrariamente ao que as “testemunhas”
reivindicam, quando as Escrituras utilizam a palavra “nome” sempre trata de
pessoas reais. A palavra grega para “nome” (onoma) é empregada 228 vezes
no Novo Testamento. Somente quatro destas ocasiões está tratando de uma cidade
ou local. Todas as demais tratam de pessoas reais. Na Bíblia, quando a palavra
“nome” representa o poder e autoridade de alguém (ou seja, “em nome do Senhor),
sempre está se referindo a pessoas reais atuando no poder e autoridade de Jesus
Cristo (uma pessoa real, não uma “força ativa)! Considerem os seguintes textos:
Col 3:17: “E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em
ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus Pai”.
Efé. 5:19-20: “Falando entre vós com salmos, entoando e
louvando de coração ao Senhor, com hinos e cânticos espirituais, dando sempre
graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Em ambos esses textos pessoas reais estão atuando no
poder e autoridade de uma pessoa real, Jesus Cristo. Assim, a evidência bíblica
contradiz as alegações das “testemunhas de Jeová” e outros negadores da
personalidade do Espírito Santo que empreguem idênticos argumentos!
9. As TTJ alegam que o Espírito Santo não pode ser uma
pessoa real porque é capaz de viver dentro de nós (João 14:17).
RESPOSTA: Essa alegação é contrária tanto ao que
a Bíblia diz, quanto ao que vemos demonstrado no mundo físico ao nosso redor:
A. As “testemunhas” argumentam que Jesus é uma pessoa
real. Contudo, a Bíblia claramente diz somente três versos depois que Jesus
vive dentro em nós (Seus seguidores humanos) e também dentro de Seu Pai
celestial, e que nós (Seus seguidores humanos) vivemos dentro Dele:
João 14:20: “Naquele dia vós conhecereis que Eu estou em meu
Pai e vós em mim e eu em vós”.
Deste modo, as “testemunhas de Jeová” alegam que o
Espírito Santo não pode ser uma pessoa real porque uma pessoa real não pode
viver dentro de alguém, o que contradiz a Bíblia.
B. Em nosso mundo físico observamos uma senhora grávida
trazendo dentro de si uma criança ainda não nascida. Essa criança é um ser
humano–uma pessoa real–vivendo dentro de outra pessoa real.
Conclui-se que a alegação das “testemunhas de Jeová” de
que o Espírito Santo não pode ser uma
pessoa real porque uma pessoa real não pode viver dentro de outra contradiz o
que observamos no mundo físico ao nosso redor.
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