Essa
e outras declarações que falam da subordinação de Cristo ao Pai
referem-se à condição de Cristo durante a encarnação, e não à Sua
natureza divina como contrastando com a do Pai. Em Filipenses 2:5-11,
Paulo declara (1) que antes da encarnação Cristo possuía a mesma “forma
de Deus” e era “igual a Deus” (verso 6); (2) que durante a encarnação
Ele “Se esvaziou” e “Se humilhou”, “assumindo a forma de servo” (versos
7-8); e (3) que após a encarnação Ele reassumiu todo o Seu status
original de igualdade com o Pai (versos 9-11).
Cristo
destacou várias vezes, durante Seu ministério terrestre, Sua posição de
igualdade com o Pai. De acordo com a compreensão oriental, ao Cristo
afirmar que “Deus era seu Próprio Pai”, Ele estava fazendo-Se “igual
a Deus” (Jo 5:18). Cristo também disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo
10:30). Em outra ocasião Ele chegou mesmo a reivindicar para Si o título
sagrado “EU SOU” (Jo 8:58), usado no Antigo Testamento para designar a
Deus (ver Êx 3:14).
Durante Sua encarnação, Cristo viveu como
homem entre os homens, deixando-nos um exemplo de perfeita dependência
do Pai (I Pe 2:21). Nessa condição Ele não apenas declarou que “o Pai é
maior do que Eu” (Jo 14:28) e que “o Filho nada pode fazer de Si mesmo”
(Jo 5:19), mas também pôs-Se de joelhos e orou ao Pai (Lc 22:41-42). Não
podemos, no entanto, usar essas declarações para tentar justificar a
falsa teoria de que Cristo é de alguma forma inferior ao Pai.
O Novo Testamento é claro em afirmar que
Cristo é verdadeiramente Deus (Jo 1:1; 20:28; Tt 2:13; Hb 1:8; II
Pe 1:1) e que nEle “habita corporalmente toda a plenitude da Divindade”
(Cl 2:9). Paulo jamais poderia ter falado de Cristo como possuindo “toda
a plenitude da Divindade” se Ele não fosse coeterno com o Pai e da
mesma essência que Ele.
Texto de autoria do Dr. Alberto Timm publicado na Revista Sinais dos Tempos, abril de 1998, p. 29.
Veja o site: https://setimodia.wordpress.com/2012/01/17/por-que-jesus-disse-o-pai-e-maior-do-que-eu-jo-1428/
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