Críticos textuais denunciam o texto de Mateus 28:19
como sendo resultado de uma falsificação dos originais. E o fazem com
base nas obras de Eusébio, em uma nota de rodapé na Bíblia de Jerusalém,
bem como na quantidade superior de textos em Atos falando do batismo em
nome de Jesus. Mateus 28:19 está no original?
Respondendo, não necessariamente na ordem, podemos iniciar afirmando
que não é prudente formular uma doutrina ou a aceitação de um texto com
base na quantidade de textos. Não podemos simplesmente colocar numa
balança uma quantidade x de textos falando sobre o batismo em nome de
Jesus, mencionado em Atos, versus a quantidade y de textos
falando para batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e a
partir de então definir: como há mais textos x do que y, ficamos com a
visão x em detrimento de y.
Só para que o leitor entenda o perigo dessa forma equivocada de se
fazer hermenêutica, darei o seguinte exemplo: alguém se levanta na
igreja dizendo que não há necessidade de se fazer o lava-pés no momento
da Ceia. Outro contra-argumenta que assim o fazemos com base em João 13,
onde Cristo lava os pés dos discípulos e não somente isso: Ele nos
incentiva a fazer o mesmo em memória dEle. O questionador então conclui:
“Mas se você ler os textos da Ceia do Senhor em Mateus, Marcos e Lucas,
verá que não há nenhuma menção ao tal lava-pés. Portanto, com base na
quantidade, levando em conta que há mais textos nos quais não se fala do
lava-pés e apenas um que menciona a necessidade de praticar o
lava-pés, podemos dizer que o texto de João 13 não é fidedigno, foi
alongado e por isso não devemos praticar o lava-pés.” Esdrúxula essa
interpretação, não é mesmo?
Mas é exatamente isso que fazem os que negam Mateus 28:19
como autêntico. Eles comparam com Atos, veem que só fala do batismo em
nome de Jesus e, ao invés de conciliar os textos, de ajustá-los, eles
colocam um contra o outro, somam as quantidades de um lado e do outro e o
melhor resultado numérico ganha. Já pensou se usássemos essa regra com
as 2.300 tardes e manhãs de Daniel 8:14 ou com as três mensagens
angélicas de Apocalipse 14? Esses textos só aparecem uma única vez na
Bíblia. Definitivamente, essa hermenêutica não é correta.
Outro argumento comumente utilizado é a forma como Eusébio usa Mateus
28:19. Citam Eusébio como autoridade máxima no assunto, como se não
houvesse nada anterior a Eusébio que mencionasse a Trindade em Mateus
28:19. Podemos citar a Didaquê, Clemente, o Pastor de Hermas,
Irineu, Tertuliano de Cartago, Hipólito de Roma e Orígenes de Alexandria
(nenhum desses é nossa regra de fé ou parâmetro doutrinário; estão
sendo citados apenas para mostrar que antes de Eusébio outros pais da
igreja citaram Mateus 28:19 conforme está em nossa Bíblia). Todos esses
escreveram antes de Eusébio e sabemos que quanto mais antiga a
referência, i.e, quanto mais próxima do original, tanto mais confiável
ela é. O pior de tudo é tentar fazer com que Eusébio seja contrário a
Mateus 28:19. Por que não citam este texto de Eusébio?:
“Cremos que cada um deles é e existe, o Pai verdadeiramente Pai, e o
Filho verdadeiramente Filho, e o Espírito Santo verdadeiramente Espírito
Santo; como nosso Senhor, ao enviar Seus discípulos a pregar disse:
‘Ide, portanto, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.”[1]
Diante desse texto fica a indagação: Por que aqui Eusébio cita a
Trindade em Mateus 28:19 e em sua outra obra não cita? Simples: segundo
Benjamim J. Hubbard, “Eusébio tinha o hábito de citar as Escrituras de
forma inexata”.[2] Isso os antitrinitarianos desconsideram
completamente.
Talvez uma pergunta importante seja esta: “Quem foi Eusébio de Cesareia?” Em seu artigo “Resenha crítica do livro Eu e o Pai Somos Um”,[3] o Dr. Alberto Timm trata bem dessa questão. Você pode conferir aqui.
Eusébio, tão aclamado pelos antitrinitarianos como alguém digno de
confiança para opinar sobre Mateus 28:19, é descrito por Ellen G. White
como o “amigo íntimo e adulador de Constantino”, que “propôs a alegação
de que Cristo transferira o sábado para o domingo”. Esse argumento,
“infundado como era, serviu para incentivar os homens a desprezarem o
sábado do Senhor”.[4] Eusébio chegou a escrever um livro no qual diz que
“honrou a Constantino” e que ele era “um poderoso luzeiro e o mais
eloquente arauto da genuína piedade”.[5] Essa é a fonte fidedigna dos antitrinitarianos.
Não bastasse isso, valem-se também de uma nota de rodapé, isso mesmo, uma nota de rodapé acrescentada
pelos editores da Bíblia de Jerusalém para dizer que o texto não merece
confiança. É, no mínimo intrigante que os antitrinitarianos vivam a
falar mal da Igreja Católica e digam que a Trindade é um dogma pagão
instituído por essa igreja, entretanto, não se constrangem nem um pouco
com o fato de que a visão particular dos editores católicos (que via de
regra seguem o método histórico-crítico) inserida em uma nota de rodapé
lhes sirva de sustentáculo para a crença. Assim diz a nota:
“É possível que em sua forma precisa, essa fórmula reflita influência
do uso litúrgico posteriormente fixado na comunidade primitiva. Sabe-se
que o livro dos Atos fala em batizar ‘no nome de Jesus’ (cf. At 1,5+,
2,38+). Mais tarde deve ter-se estabelecido a associação do batizado às
três pessoas da Trindade.”[6] A própria nota de rodapé se mostra não
confiável quando começa dizendo “é possível que”. Trata-se de uma
possibilidade. Em nenhum momento é dito que é, de fato, assim. Os
editores, por conta própria, disseram que havia a possibilidade. Os antitrinitarianos já fizeram da possibilidade uma certeza, e tudo com base em uma nota de rodapé.
A seguir, serão apresentadas fotos de manuscritos unciais nos quais a fórmula de Mateus 28:19 está presente:
CÓDICE SINAÍTICUS
CÓDICE WHASHINGTONIANO
CÓDICE ALEXANDRINUS DO 5o SÉCULO E SEGUE O BIZANTINO DO SÉCULO 3.
CÓDICE VATICANUS DO 4o SÉCULO E SEGUE O TEXTO ALEXANDRINO DO SÉCULO 2
CÓDICE BEZAE DO 5o SÉCULO
Dizer que Mateus 28:19 é fruto de adulterações da Igreja Católica é,
no mínimo, falta de conhecimento histórico, teológico e de manuscritos
antigos. Aproveito para deixar um desafio: algum antitrinitariano
mostrar um, apenas um manuscrito anterior a esses que mostramos
acima, e que não contenha a fórmula de Mateus 28:19. Vou aguardar esse
manuscrito. Não podemos ser ingênuos para ficar presos a uma nota de
rodapé da Bíblia de Jerusalém.
Por fim, acerca de Mateus 28:19, trago o que considero mais
importante nesse assunto: a visão profética, que geralmente é
completamente ignorada pelos antitrinitarianos. Creio que o que
apresentarei a seguir seja mais importante que a nota de rodapé da
Bíblia de Jerusalém.
Ellen White apresenta muitos textos em que cita Mateus 28:19 como
também textos que mostram o Pai, o Filho e o Espírito Santo como seres
distintos. Ela chega a citar Mateus 28:19, apenas nos livros em
português, 168 vezes. Por que Deus permitiria que Sua serva cometesse
tamanho erro? A seguir, apresentaremos esses textos:
“O sacrifício de Cristo em favor do homem foi amplo e completo. A
condição da expiação tinha sido preenchida. A obra para que viera a este
mundo tinha sido realizada. Ele conquistara o reino. Arrebatara-o de
Satanás, e Se tornara herdeiro de todas as coisas. Estava a caminho do
trono de Deus, para ser honrado pela hoste celestial. Revestido de
autoridade ilimitada, deu a Seus discípulos sua comissão: ‘Ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis
que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos’” (Mt
28:19, 20; Atos dos Apóstolos, p. 29, 30).
“Então o apóstolo expôs perante eles as grandes verdades que são o
fundamento da esperança do cristão. Falou-lhes da vida de Cristo na
Terra, e de Sua cruel morte de vergonha. Contou-lhes como o Senhor da
vida quebrara os grilhões da tumba e ressurgira triunfante da morte.
Repetiu as palavras da comissão do Salvador aos discípulos: ‘É-Me dado
todo o poder no Céu e na Terra. Portanto ide, e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo’ (Mt
28:18, 19). Falou-lhes também da promessa de Cristo de enviar o
Consolador, por cujo poder grandes sinais e maravilhas seriam feitos, e
contou-lhes quão gloriosamente havia esta promessa sido cumprida no dia
de Pentecoste” (Atos dos Apóstolos, p. 282, 283). (Será que Cristo iria enviar Ele mesmo?)
“Precisamos representar a Cristo procurando alcançar a outros. Devemos trabalhar sob a ordem que Cristo deu a Seus discípulos: ‘Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis
que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos’” (Mt
28:19; 20; Beneficência Social, p. 193).
“Repousa sobre todos os que estão empenhados na obra do Senhor a responsabilidade do cumprimento da ordem: ‘Portanto,
ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos
tenho mandado’ (Mt 28:19, 20; Conselhos Sobre Saúde, p. 316).
“A obra médico-missionária que se requer agora é a esboçada na
comissão dada por Cristo aos Seus discípulos precisamente antes de Sua
ascensão. ‘É-Me dado todo o poder no Céu e na Terra’, disse Ele. ‘Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as
a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou
convosco todos os dias, até à consumação dos séculos’” (Mt 28:18-20; Conselhos Sobre Saúde, p. 509).
“As palavras de Cristo, na encosta da montanha,
foram o anúncio de que Seu sacrifício em favor do homem era pleno,
completo. As condições para a expiação haviam sido cumpridas;
realizara-se a obra para que Ele viera a este mundo. Achava-Se a caminho
para o trono de Deus, a fim de ser honrado pelos anjos, os principados e
as potestades. Entrara em Sua obra mediadora. Revestido de
ilimitada autoridade, dera aos discípulos a comissão: ‘Portanto ide,
ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do
Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu
vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até à
consumação dos séculos’” (Mt 28:19, 20; O Desejado de Todas as Nações, p. 819).
“As últimas palavras de Cristo a Seus discípulos mostram a
importância a ser dada à obra de disseminar a verdade. Pouco antes de
Sua ascensão Ele deu-lhes a ordem: ‘Ide, portanto, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho
ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do
século’” (Mt 28:19, 20; Este Dia com Deus, MM 1980, p. 105).
Note nos textos acima que Ellen White diz que Mateus 28:19 foram as
palavras de Cristo na encosta da montanha. Ela diz que Ele falou
realmente isso.
“Não fora o poder recebido por meio de Cristo, e não teríamos força
alguma. Mas Cristo tem todo o poder. Jesus, aproximando-Se, falou-lhes,
dizendo: ‘Toda a autoridade Me foi dada no Céu e na Terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os
a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou
convosco todos os dias até à consumação do século’” (Mt 28:18-20; Este Dia com Deus, MM 1980, p. 327).
“Deve ser anexado mais território; o estandarte da verdade tem de ser
fincado em novos lugares; devem ser estabelecidas igrejas; deve-se
fazer tudo que pode ser feito para cumprir a incumbência: ‘Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis
que estou convosco todos os dias até à consumação do século’” (Mt 28:19,
20; Exaltai-o, MM 1992, p. 295).
“Quão ampla e extensa é a ordem: ‘Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as
a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou
convosco todos os dias, até à consumação dos séculos’!” (Mt 28:19, 20; Fundamentos da Educação Cristã, p. 121).
“Diz o Salvador: ‘É-Me dado todo o poder no Céu e na Terra. Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis
que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos’ (Mt
28:18-20; Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 166).
“Em lugar de dedicar vossas faculdades a formar teorias, Cristo vos deu uma obra a fazer. Sua
comissão é: ‘Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo’” (Mt 28:19; Olhando para o Alto, MM 1993, p. 142).
O texto a seguir é muito importante, pois revela como os discípulos
entenderam a ordem de Cristo e como eles faziam o batismo. Será que eles
batizavam somente em nome de Jesus? Veja como os discípulos batizavam
as pessoas no livro de Atos:
“Foi feita indagação a Deus com respeito a esses, e então, em
harmonia com a mente da igreja e o Espírito Santo [note que o Espírito
Santo possui mente], foram separados pela imposição das mãos. Havendo
recebido sua comissão da parte de Deus e tendo a aprovação da igreja, saíram batizando no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e administrando as ordenanças da casa do Senhor” (Primeiros Escritos, p. 101).
Ellen White claramente afirma que os discípulos batizaram em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo. Mas os antitrinitarianos insistem que
não. Eles preferem ficar com a nota de rodapé e com o adulador de
Constantino.
“Depois de Sua ressurreição, Cristo encontrava-Se com os discípulos, e
por quarenta dias instruiu-os a respeito de seu futuro trabalho. No dia
de Sua ascensão, reuniu-Se com os discípulos numa montanha da Galiléia,
no lugar que lhes havia designado. E Ele lhes disse: ‘Toda a autoridade
Me foi dada no Céu e na Terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os
a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou
convosco todos os dias até à consumação do século’ (Mt 28:18-20). Todo
médico e todo sofredor tem o privilégio de crer nesta promessa; ela é
vida para todos os que creem” (E Recebereis Poder, MM 1999, p. 200).
“Sobre nós está colocado um sagrado encargo. Foi-nos dada a
comissão: ‘Ide, pois, e fazei discípulos de todas as nações,
batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; instruindo-as
a observar todas as coisas que vos tenho mandado. Eis que Eu estou
convosco todos os dias até o fim do mundo’” (Mt 28:19, 20; Serviço Cristão, p. 24).
Para que não reste alguma dúvida de que as palavras de Mateus 28:19
tenham realmente saído dos lábios do Salvador, eis o seguinte texto:
“Pouco antes de deixá-los, Cristo deu aos discípulos a promessa: ‘Mas
recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e
ser-Me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e
Samaria e até aos confins da Terra’ (Atos 1:8). ‘Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis
que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos’ (Mt
28:19, 20). ENQUANTO ESSAS PALAVRAS LHE ESTAVAM NOS LÁBIOS, ASCENDEU, RECEBENDO-O UMA NUVEM DE ANJOS E O ESCOLTANDO ATÉ À CIDADE DE DEUS” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 65).
Por que, como pastor, eu batizo em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo? Porque Jesus mandou, e eu sigo a orientação profética:
“A palavra que o Senhor me deu para nossos pastores e igrejas é: ‘Ide avante.’ ‘É-Me dado todo o poder no Céu e na Terra. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis
que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos’” (Mt
28:18-20; Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 417).
Eu prefiro seguir o que a nossa profetisa diz. Mas há os que negam isso.
“A comissão dada por Cristo aos discípulos exatamente antes de ascender ao Céu, foi: ‘Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo;
ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis
que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos’” (Mt
28:19, 20; Testemunhos Seletos, v. 1, p. 531).
“Os que foram sepultados com Cristo no batismo devem erguer-se para
novidade de vida, dando uma demonstração viva da vida de Cristo. Sobre
nós está colocado um sagrado encargo. Foi-nos dada a comissão: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
instruindo-os a observar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis
que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” Mat. 28:19
e 20. T.S. vol. 3, 289.
“Os evangelistas de hoje devem ser coobreiros de Cristo. Tão
certamente como os primeiros discípulos, têm eles a garantia: ‘É-Me dado
todo o poder no Céu e na Terra. Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as
a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou
convosco todos os dias, até à consumação dos séculos’” (Mt 28:18-20; Testemunhos Seletos, v. 3, p. 313).
Diante de tantos textos afirmando claramente que Mateus 28:19 foi
realmente dito por Jesus, surge naturalmente uma pergunta: Por que no
livro de Atos só se fala do batismo em nome de Jesus? Deus é tão
maravilhoso que até isso revelou a Ellen White (quem sabe não seria por
que Ele já soubesse que alguns se levantariam insinuações
antibíblicas?). Eis o texto:
“Deviam os discípulos levar avante sua obra no nome de Cristo.
Cada uma de suas palavras e atos devia atrair a atenção sobre Seu nome
como possuindo esse poder vital pelo qual os pecadores podem ser salvos.
Sua fé devia centralizar-se nAquele que é a fonte de misericórdia e
poder. Em Seu nome deviam apresentar suas petições ao Pai, e
receberiam resposta. Deviam batizar no nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo. O nome de Cristo devia ser a senha, a insígnia, o laço
de união, a autoridade para sua norma de prosseguimento e a fonte de seu
sucesso. Nada devia ser reconhecido em Seu reino que não trouxesse Seu nome e inscrição” (Atos dos Apóstolos, p. 28).
É simplesmente por isso que só se fala no nome de Jesus em relação ao
batismo no livro de Atos. Não que na hora do rito batismal não se
fizesse menção dos nome das três pessoas da Divindade. O nome de Jesus
era a “senha, a insígnia, o laço de união”, para provar que de fato
agora eles eram cristãos e não judeus.
Será que um texto tão explícito em favor da Trindade, que tivesse
sido adulterado pela Igreja Católica, teria sido citado tantas vezes por
Ellen White sem que Deus a corrigisse? Será que Deus não estava vendo a
“heresia” que ela estava escrevendo? Será que a IASD adulterou todos
esses textos de Ellen White? Ou será que Mateus 28:19 realmente é
fidedigno e saiu dos lábios do próprio Salvador?
Deve-se ter MUITO cuidado ao abordar um assunto e chegar a
determinadas conclusões sem primeiro ter pesquisado a fundo,
principalmente quando a Divindade é o foco do estudo. Não dá para
concluir um assunto apenas com pesquisas superficiais em livros não
inspirados, páginas da internet, sem ter um claro ASSIM DIZ O SENHOR.
Não dá para negar Mateus 28:19 sem negar a inspiração de Ellen G. White.
Diante da exposição dos textos da Sra. White que abordam a questão da
fórmula batismal em Mateus 28:19, resta apenas uma alternativa ao
leitor que quer ter o pleno conhecimento da verdade: ACEITAR o que está
revelado. Claramente, nota-se que é impossível crer no que o Senhor Deus
revelou à Sua serva e ainda assim afirmar que o texto de Mateus 28:19
foi adulterado pela Igreja Católica.
(Eleazar Domini, além de bacharel em Teologia, é mestre
em Teologia na área de Interpretação e Ensino da Bíblia com ênfase na
língua hebraica. Atualmente é pastor distrital em Aracaju)
- Philip Schaff, ed., The Creeds of Christendom (Grand Rapids, MI: Baker, 1990), 2:29-30
- Benjamin J. Hubbard, The Matthean Redaction of a Primitive Apostolic Commissioning: An Exegesis of Matthew 28:16-20, SBL Dissertation Series 19 (Missoula, MT: Scholars’ Press, 1974), 175.
- Alberto R. Timm, “Resenha crítica do livro ‘Eu e o Pai Somos Um’. Parousia, v. 4, n. 2, p. 69-93, 2005.
- Ellen G. White, O Grande Conflito entre Cristo e Satanás, 41ª ed. (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001), 574.
- Eusébio de Cesaréia, A Vida de Constantino, I, IV. Tradução baseada em NPNF, 2ª série, 1:482.
- Bíblia de Jerusalém (São Paulo: Paulus, 2002), p. 1.758.
Leia também: “Respostas a um antitrinitariano (parte 1 de 4)”
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