quinta-feira, 21 de julho de 2016

A TRINDADE NA BÍBLIA


"Há um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo; uma unidade de três Pessoas coeternas" 
 - Crença Fundamental Adventista n 2



Gerhard Pfandi
(Ph.D., Diretor associado do Instituto de Pesquisa Bíblica da Ass. Geral da IASD)






A doutrina da Trindade (do latim trinitos = "triunidade" ou "três-em-unidade") é uma das mais importantes doutrinas da fé cristã. Mas ultimamente alguns têm questionado sua validade. Por exemplo, em uma monografia, Fred Allaback argumenta que "a Igreja Adventista do Sétimo Dia não cria na doutrina da Trindade até muito tempo depois da morte de Ellen G. White".1 "Os pioneiros adventistas", escreveu ele, "acreditavam que em um ponto longínquo da eternidade so­mente um Ser divino existia. Então esse Ser divino teve um Filho."2 Dessa forma, Cristo teve um começo. Com respeito ao Espírito Santo, Allaback crê que Ele é o Espírito de Deus e de Cristo; não um outro Ser divino.3
A mesma visão é adotada por Bill Stringfellow,4 Rachel Cory-Kuehl5 e Allen Stump.6 Todos esses ensinam que em um ponto no tempo Jesus não existia; e que o Espírito Santo é ape­nas uma força. Stringfellow diz: "Hou­ve um certo e específico dia quando Deus deu à luz Seu Filho.... Houve um tempo (embora seja impossível identi­ficá-lo precisamente no passado) quando Cristo não existia."7

O mistério

Embora a palavra Trindade não seja encontrada na Bíblia (nem a pa­lavra Encarnação), o ensinamento que ela descreve é encontrado ali. A doutrina da Trindade estabelece o conceito de que há três Seres plena­mente divinos: Pai, Filho e Espírito Santo, que formam um Deus.8 Por sua vez, Ellen White usa o termo "Divindade" que é encontrado em Romanos 1:20 e Colossenses 2:9. Através dessa palavra ela transmite a mesma idéia contida no termo Trin­dade, ou seja, há três Seres viventes na Divindade. Segundo uma de suas declarações, "há três Pessoas vivas pertencentes ao Trio celeste; em nome destes três grandes poderes - o Pai, o Filho e o Espírito Santo - os que recebem a Cristo por fé viva são batizados, e esses poderes cooperarão com os súditos obedientes do Céu em seus esforços para viver a nova vida em Cristo".9
O próprio Deus é um mistério,10 quanto mais a Encarnação ou a Trin­dade. Entretanto, isso não deveria nos embaraçar, já que os diferentes aspectos desses mistérios são ensinados nas Escrituras. Embora não possa­mos compreender tudo sobre a Trin­dade, necessitamos tentar entender, tanto quanto possível, o ensino bíbli­co a seu respeito. Todas as tentativas para explicá-la serão insuficientes, "especialmente quando refletimos so­bre a relação das três pessoas com es­sência divina ... todas as analogias são limitadas e nós nos tornamos profun­damente conscientes de que a Trin­dade é um mistério muito além da nossa compreensão. É a incompreen­sível glória da Divindade".11
Portanto, é sábio admitir que o homem "não pode compreendê-la nem torná-la compreensível. É com­preensível em algumas de suas rela­ções e modos de se manifestar, mas ininteligível em sua natureza essen­cial".12 Certos elementos se tornarão claros, e outros permanecerão um mistério, pois "as coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus; porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as pala­vras desta lei" (Deut. 29:29). Onde não temos uma palavra clara das Es­crituras, o silêncio é ouro.13

No Antigo Testamento

Algumas passagens do Antigo Testamento suge­rem, ou implicam, a existência de Deus em mais de uma pessoa. Quando não necessariamente em uma Trindade, pelo menos em duas pessoas.
Gênesis 1:1. No relato da criação em Gênesis l, a pa­lavra traduzida como Deus é 'Elohim, a forma plural de 'Eloha. Geralmente essa forma é interpretada como um plural de majestade ao invés da idéia de pluralida­de. Entretanto, G.A.F. Knight argumenta que essa interpretação corresponde a ler um conceito moderno no texto hebraico antigo, desde que os reis de Israel e Judá são tratados na forma singular, no relato bíblico. Knight aponta que as palavras hebraicas para água e céu também são plurais. Os gramáticos nomeiam esse fenômeno como plural quantitativo. A água pode apa­recer em forma de pequenas gotas ou grandes oceanos. Essa diversidade quantitativa em unidade, segundo Knight, é uma forma adequada de compreender o plu­ral 'Elohim. E também explica por que o substantivo singular 'Adonai é escrito como plural.15
Em Gênesis 1:26, lemos: "Também disse Deus [singu­lar]: Façamos [plural] o ho­mem à nossa [plural] imagem, conforme a nossa [plural] se­melhança..." O que é signifi­cativo aqui é a mudança do singular para o plural. Moisés não está usando o verbo no plural com 'Elohim, mas Deus está usando um verbo e um pronome no plural, em refe­rência a Si mesmo. Alguns intérpretes acreditam que Deus está falando aqui de an­jos. Mas, de acordo com as Es­crituras, os anjos não partici­param da criação. A melhor explicação é que, já no pri­meiro capítulo de Gênesis, há uma indicação de plu­ralidade de pessoas em Deus.
Deuteronômio 6:4. De acordo com Gênesis 2:24, "deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher, tor­nando-se os dois uma só ['echad] carne". É uma união de duas pessoas distintas. Em Deuteronômio 6:4, é usada a mesma palavra em relação a Deus: "Ouve, Is­rael, o Senhor nosso Deus é o único ['echad] Senhor." Segundo Millard J. Erickson, "aparentemente alguma coisa está sendo afirmada aqui sobre a natureza de Deus - Ele é um organismo, isto é, uma unidade de partes distintas".16 Moisés bem poderia ter usado a pa­lavra yachid ("um"; "único"), mas o Espírito Santo es­colheu não fazê-lo.
Outros textos. Após a queda do homem, Deus dis­se: "Eis que o homem se tornou como um de nós" (Gên. 3:22). E algum tempo depois, quando o homem começou a construir a torre de Babel, o Senhor ordenou: "Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem" (Gên. 11:7). Em cada caso, a pluralidade da Divindade é enfatizada.
Em sua visão do trono de Deus, Isaías ouviu o Se­nhor perguntando: "A quem enviarei, e quem há de ir por nós?" (Isa. 6:8). Aqui encontramos Deus usan­do o singular e o plural na mesma sentença. Muitos eruditos modernos tomam isso como uma referência ao Concílio Celestial. Mas, pediria Deus algum con­selho às Suas criaturas? Em Isaías 40:13 e 14, Ele pa­rece refutar essa noção. Deus não necessita aconse­lhar-Se nem mesmo com criaturas celestiais. Portan­to, o uso do plural em Isaías 6:8, embora não especi­fique a Trindade, sugere que há uma pluralidade de seres no Orador.
O anjo do Senhor. A frase "anjo do Senhor" apa­rece 58 vezes no Antigo Testamento. "O anjo de Deus" aparece onze vezes. A palavra hebraica para "anjo" - mal'ak - significa mensageiro. Se o "anjo do Senhor" é Seu mensa­geiro, então deve ser dis­tinto do Senhor. Todavia, em alguns textos, o "Anjo do Senhor" também é chamado "Deus" ou "Senhor" (Gên.16:7-13; Núm. 22:31-38; Juí. 2:1-4; 6:22). Os pais da Igreja identificavam esse Anjo com o Logos pré-encarnado. Eruditos   modernos vêem-nO como um Ser que representa Deus, como o próprio Deus, ou como algum poder exter­no de Deus. Por sua vez, eruditos conservadores geralmente aceitam que "este 'mensageiro'   deve ter sido como uma mani­festação especial do Ser do próprio Deus".17 Se isso é correto, temos aqui outra indicação da pluralida­de de pessoas na Divindade.

No Novo Testamento

A verdade, na Bíblia, é progressiva. Por isso, é no Novo Testamento que encontramos um quadro mais explícito da natureza trinitária de Deus. A declaração de que Ele é amor (I João 4:8) implica que deve haver uma pluralidade dentro da Divindade, considerando-se que o amor só pode revelar-se em um relacionamento pluralístico.
Por ocasião do batismo de Jesus, encontramos os três membros da Divindade em ação ao mesmo tem­po: "Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se Lhe abriram os Céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre Ele. E eis uma voz dos Céus que dizia: Este é o Meu Filho amado, em quem Me com­prazo" (Mat. 3:16).
Eis uma notável manifestação da doutrina da Trinda­de. Ali estava Cristo em forma humana, visível a todos; o Espírito Santo desceu sobre Ele na forma de uma pom­ba; e a voz do Pai foi ouvida dos Céus: "Este é o Meu Fi­lho amado, em quem me comprazo". Em João 10:30, Cris­to fala de Sua igualdade com o Pai, e em Atos 5:3 e 4, o Espírito Santo é identificado como Deus. É impossível explicar a cena do batismo de Jesus por qualquer outra maneira senão assumindo que há três pessoas, iguais em natureza ou essência divina.
No batismo, o Pai referiu-Se a Jesus como "Meu Filho amado". Essa filiação, entretanto, não é ontológica, mas funcional. No plano da salvação, cada membro da Trinda­de aceitou um papel específico, com o propósito de cum­prir um alvo particular. Não se trata de mudança de essên­cia ou status. Millard J. Erickson o explica desta maneira:
"O Filho não Se tomou inferior ao Pai durante a en­carnação, mas subordinou-Se funcionalmente à vontade do Pai. Semelhantemente, o Espírito Santo agora está su­bordinado ao ministério do Filho (ver João 14-16) bem como à vontade do Pai, mas isso não implica inferiorida­de em relação a Eles."18 No pensamento ocidental, os ter­mos "Pai" e "Filho" contêm a idéia de origem, dependên­cia e subordinação. Na mente oriental ou semítica, entre­tanto, eles enfatizam igualdade de natureza. Assim, quan­do as Escrituras falam de "Filho" de Deus, estão afirman­do a divindade de Cristo.
Ao terminar Seu ministério terrestre, Jesus ordenou aos discípulos: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mat. 28:19). Nessa comissão, nota-se claramente a Trindade. Primeiramente, nota­mos que a frase "em nome" [eis to onoma] é singular, não plural (nos nomes). Ser batizado em nome de três pessoas da Trindade significa identificar-se com tudo o que Ela representa; comprometer-se com o Pai, Filho e Espírito Santo.19 Em segundo lugar, a união desses três nomes indica que o Filho e o Espírito Santo são iguais ao Pai. Seria estranho, para não dizer blasfemo, unir o nome do Deus eterno com um "ser criado" e uma "for­ça" ou "energia" na fórmula batismal.
"Quando o Espírito Santo é colocado na mesma ex­pressão e no mesmo nível das outras duas pessoas, é difí­cil evitar a conclusão de que Ele também é visto como sendo igual ao Pai e ao Filho."20
Paulo e outros escritores do Novo Testamento geral­mente usam a palavra "Deus" para se referir ao Pai; "Se­nhor", em referência ao Filho, e "Espírito", em referência ao Espírito Santo. Em I Coríntios 12:4-6, o apóstolo fala dos três no mesmo texto: "Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos servi­ços, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade nas reali­zações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos." Da mesma forma, em II Coríntios 13:13, ele enumera as três pessoas da Trindade, ao mencionar "a graça do Se­nhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espí­rito Santo".
Embora não possamos dizer que esses textos sejam uma enunciação formal da Trindade, eles e outros como, por exemplo, Efésios 4:4-6, são trinitarianos em caráter. E embora a Igreja tenha elaborado os detalhes dessa doutri­na em tempos posteriores, ela o fez sobre o fundamento dos escritores bíblicos.

Divindade de Cristo

Um elemento crucial na doutrina da Trindade é a di­vindade de Cristo. Diante do ensinamento de que há um Deus em três pessoas, e que cada uma dessas pessoas é ple­namente divina, é importante verificarmos o que as Es­crituras ensinam sobre a divindade de Cristo. Existem passagens no Novo Testamento que confirmam a deidade plena de Jesus.
João 1:1-3; 14. "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." A frase introdutó­ria "no princípio" nos leva de volta ao começo do tempo. Se o Verbo estava "no princípio", então Ele não teve princípio, que é outra forma de dizer que era eterno.
"O Verbo estava com Deus" nos diz que o Verbo era uma pessoa ou personalidade separada. O Verbo não estava em (en) Deus, mas com (prós) Deus. Desde que o Pai e o Espírito Santo são Deus, a palavra "Deus" muito provavelmente inclui esses dois outros membros da Trindade.
"E o Verbo era Deus". O Verbo não era uma emanação de Deus, mas Deus mesmo. Embora o verso l não diga quem é o Verbo, o verso 14 claramente O identifica: "E o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como do unigêni­to do Pai." Como disse Arthur W. Pink, "é impossível conceber uma afirmação mais enfática e inequívoca da deidade absoluta do Senhor Jesus Cristo".21
João 20:28. "Respondeu-Lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu." Essa é a única vez, nos evangelhos, em que alguém se dirige a Cristo, chamando-O de "meu Deus" (ho Theos mou). É significativo que nem Cristo nem João desaprovaram a declaração de Tomé; pelo contrário, esse episódio constituiu um ponto alto da narração do evan­gelista, que imediatamente fala a seus leitores: "Na ver­dade fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em Seu nome" (vs. 30 e 31). Este evangelho, diz João, foi escrito para persuadir outros indivíduos a imitarem Tomé no reco­nhecimento de Cristo como "Senhor meu e Deus meu".
Filipenses 2:5-7. Essa passagem foi escrita para ilustrar a humildade. Mas é um dos textos de apoio à di­vindade de Cristo. "Tende em vós o mesmo sentimento que houve tam­bém em Cristo Jesus, pois Ele, subsis­tindo em forma [morphé] de Deus não julgou como usurpação [harpagmós] o ser igual a Deus; antes a Si mesmo Se esvaziou, assumindo a for­ma [morphé] de servo, tornando-Se em semelhança de homens; e, reco­nhecido em figura humana..."
''Morphé'', que significa "forma" ou "aparência visível", é uma palavra des­critiva da natureza genuína, a essência de uma coisa. "Não se refere a qualquer forma mutável, mas uma forma específica da qual dependem a identi­dade e o status."22 Morphé contrasta com schema (2:8), que também signifi­ca "forma" porém no sentido de apa­rência superficial, ao invés de essência. O substantivo harpagmos aparece ape­nas nesse texto, no Novo Testamento, e o verbo correspondente significa "roubar, tirar à força". No grego secu­lar, o substantivo significa "roubo".
O contexto deixa claro que Jesus não cobiçou, não tentou roubar "o ser igual a Deus"; não tentou agarrar-Se à igualdade com Deus a qual Ele possuía intrinsecamente. Em outras palavras, não tentou reter Sua igualdade com Deus pela força. Em vez disso, "tratou-a como uma oportunidade para renun­ciar qualquer vantagem ou privilégio decorrentes; como uma oportunidade para auto-empobrecimento e sacrifício próprio sem reserva". Esse é o signifi­cado da expressão "antes a Si mesmo Se esvaziou". Sua igualdade com Deus era algo que Ele possuía intrinseca­mente; e alguém igual a Deus deve ser Deus. Assim, essa "é uma passagem que demanda a compreensão de que Jesus era divino no mais pleno sentido".24
Colossenses 2:9. "Porquanto nEle habita corporalmente [somatikos] toda a plenitude [pleroma] da Divindade." O termo grego pleroma tem o signifi­cado básico de "plenitude", "plena­mente". No Antigo Testamento ele é aplicado à plenitude da Terra ou do mar (Sal. 24:1; cf. 50:12; 89:11; 96:11; 98:7), que é citada em I Coríntios 10:26. No grego secular, pleroma refe­ria-se à totalidade da tripulação de um navio, ou à quantia necessária para completar uma transação financeira. Em Colossenses 1:19 e 2:9, Paulo usa a palavra para descrever a soma total de cada função da divindade.25
Essa plenitude habita corporalmente em Cristo, mesmo durante Sua encarnação. Ele reteve todos os atri­butos essenciais da divindade, embora não os empregasse em benefício próprio. "... Foi claramente visto que a di­vindade habitava na humanidade, pois através do invólucro terrestre, vez após vez cintilavam lampejos de Sua glória."26
Tito 2:13. Paulo descreve os san­tos como "aguardando a bendita es­perança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus". Notemos que: 1) De acordo com uma regra da gramática grega, o artigo ''o'' antes de "Deus" e "Salvador" une esses dois substantivos como de­signações do mesmo objeto. Assim, Jesus Cristo é "o grande Deus e Sal­vador". 2) Todo o Novo Testamento aguarda a segunda vinda de Cristo. 3) O contexto do verso 14 fala ape­nas de Cristo. 4) Essa interpretação está em harmonia com outras passa­gens, tais como João 20:28; Rom. 9:5; Heb. 1:8; II Ped. 1:1, de modo que esse texto é mais uma afirmação da divindade de Cristo.
Mateus 3:3. "... Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Se­nhor." De acordo com o verso l, esse texto de Isaías refere-se a João Batista que era o precursor do Messias. Em Isaías 40:3, a palavra traduzida como "Senhor" é Yahweh. Assim, o Senhor cujo caminho João prepararia não era outro senão o próprio Jeová.
Romanos 10:13. "Por­que todo aquele que invo­car o nome do Senhor será salvo." O contexto (vs. 6-12) deixa claro que, ao se referir ao "nome do Se­nhor", Paulo está pensan­do em Cristo. O texto é uma citação de Joel 2:32, onde novamente a palavra Senhor é tradução do he­braico Yahweh.
Hebreus 1:8 e 9. "O Teu trono, ó Deus, é para todo o sempre... por isso Deus, o Teu Deus Te ungiu..." Nesse capítulo, são usados sete textos do An­tigo Testamento para apoiar o argu­mento de que Cristo é superior aos an­jos. O quinto texto, citado nos versos 8 e 9, é Sal. 45:6 e 7, onde um rei da casa de Davi é mencionado como "Deus". Seria isto uma hipérbole poética, como algumas vezes é encontrada em cortes orientais, ou está o texto apontando para outra pessoa além do Antigo Tes­tamento, príncipe da casa de Davi?
Para os poetas e profetas hebreus, um príncipe da casa de Davi era o vice-regente do Deus de Israel; per­tencente à dinastia à qual Deus fizera promessas especiais ligadas ao cumpri­mento de Seu propósito no mundo. Ao lado disso, o que era apenas par­cialmente verdadeiro na linhagem e no governo histórico de Davi, ou mes­mo em sua pessoa, deveria ser com­preendido plenamente quando apare­cesse o filho de Davi, no qual todas as promessas e ideais associados com a dinastia deveriam ser incorporados. Agora, finalmente, o Messias aparece­ra. Em sentido pleno, era possível para Davi, ou qualquer dos seus sucessores, que este Messias pudesse ser referido não apenas como Filho de Deus (v. 5), mas como realmente Deus, pois Ele é o Messias da linhagem de Davi, a re­fulgente glória de Deus e a própria imagem de Sua substância.27
Todas essas passagens indicam que Cristo e Yahweh são um.

Autoconsciência de Jesus

Cristo nunca afirmou diretamente Sua divindade, mas dizia ser o Filho de Deus (Mat. 24:36; Luc. 10:22; João 11:4). E, de acordo com a idéia hebraica de filia­ção, tudo o que o pai é o filho também é. Os judeus entenderam que assim Ele estava reivindicando igualdade com o Pai: "Por isso, os judeus ainda mais procuravam matá-Lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era Seu próprio Pai, fazendo-Se igual a Deus" (João 5:18; cf. 10:33).
Repetidas vezes Cristo disse possuir o que só pertence a Deus, "Ele falou dos anjos de Deus (Luc. 12:8 e 9; 15:10) como Seus anjos (Mat. 13:41). Referiu-Se ao reino de Deus (Mat. 12:28; 19:14 e 24; 21:31 e 34) e aos eleitos de Deus (Mar 13:20) como Suas propriedades."28  Em Luc. 5:20, Jesus perdoou os pecados do paralítico, e os judeus, com base em Isa. 43:25, argumentaram: "Quem pode perdoar pecados senão Deus?" Dessa forma a ação perdoadora de Jesus O identificava como Deus.
A divindade de Cristo também é indicada no uso que fez do tempo presente em Sua resposta aos judeus: "Antes que Abraão existisse [genesthai], Eu sou [ego eimi]" (João 8:58). Ao usar o termo "ghenesthai" "nascesse" ou "se tornasse" – e "ego eimi" - "Eu sou" -, Jesus contrasta Sua existência eterna com o início histórico da existência de Abraão. Pelo menos os ju­deus compreenderam dessa maneira, ou seja, que Je­sus reivindicava ser Yahweh, o "Eu sou" da sarça ar­dente (Êxo. 3:14); por isso, apanharam pedras para matá-Lo (João 8:59).
Finalmente, o fato de que Jesus aceitou adoração evidencia que Ele próprio reconhecia Sua divinda­de. Depois que Jesus apareceu aos discípulos andan­do sobre as águas, "eles O adoraram" (Mat. 14:33). O cego que teve a visão restaurada, depois de lavar-se no tanque de Siloé, "O adorou" (João 9:38). Após a ressurreição, os discípulos foram para a Galiléia, onde Cristo lhes apareceu. E eles "O adoraram" (Mat. 28:17).
Ellen White assegura: "Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada. 'Quem tem o Filho, tem a vida.' I João 5:12. A divindade de Cristo é a certeza de vida eterna para o crente."29
"Falando de Sua pré-existência, Cristo conduz a mente através de séculos incontáveis. Afirma-nos que nunca houve tempo em que Ele não estivesse em íntima comunhão com o eterno Deus."30 

 Textos difíceis

Os antitrinitarianos usam alguns textos para apoiar a idéia de que Jesus, em algum tempo na eternidade, foi ge­rado, isto é, que Ele teve um começo e que não é absolutamente igual a Deus.
Apocalipse 3:14. Aqui, Jesus, "a Testemunha fiel e verdadeira", é men­cionado como "o princípio da criação de Deus", o que leva alguns a interpre­tarem que Ele foi criado em algum ponto no passado, sendo assim a pri­meira obra de Deus. Mas a palavra grega traduzida como "princípio" é arché. Além de "princí­pio", ela também significa "causa pri­meira ou principal", "soberano", "regente". O próprio Pai também é cha­mado "princípio", em Apoc. 21:6.
O mesmo título é novamente apli­cado a Cristo em Apoc. 22:13. Embo­ra a palavra arché possa ter um sentido passivo, o que poderia fazer de Jesus o primeiro ser criado, o sentido ativo do termo O torna a "causa principal" o "Criador". Que Jesus não é o primeiro ser criado, mas o próprio Criador, é o testemunho de outras passagens do Novo Testamento (João 1:3; Col. 1:16; Heb. 1:2).
Provérbios 8:22-31. "Eu nasci..." (v. 24). Argumenta-se que esse verso se refere a Jesus, ensinando que Ele foi nascido ou criado. Mas o contexto da passagem fala da sabedoria, não sobre Jesus. A personificação da sabedoria é uma figura literária que ocorre tam­bém em outras partes das Escrituras. Em Salmo 85:10-13, temos "miseri­córdia e verdade" encontrando-se, "justiça e paz" se beijando. Em Salmo 96:12, "os campos" se alegram, e "to­das as árvores dos bosques regozijarão diante do Senhor". (Ver também I Crôn. 16:33; Isa. 52:9; Apoc. 20:13 e 14). Esse tipo de alegoria não deve ser interpretada literalmente. "A personi­ficação é uma figura literária e poética que serve para criar atmosfera e para avivar idéias abstratas e objetos inanimados, ao representá-los como se fos­sem seres humanos."31
A personificação do divino atributo da sabedoria começa no capítulo 1: "Grita na rua a sabedoria, nas praças le­vanta a sua voz" (v. 20). No capítulo 3, é-nos dito que ela "mais preciosa é do que pérolas" e "os seus caminhos são... paz" (vs. 15 e 17). No capítulo 7 ela é chamada "irmã" (7:4); e no capítulo 8, a sabedoria mora junto com a prudência (8:12). Sabedoria personificada tam­bém é o tema de Provérbios 9:1-5. Apli­car tais passagens a Cristo exige um mo­delo alegórico de interpretação que nos leva a métodos incompatíveis com ou­tras passagens. Foi justamente esse tipo de hermenêutica que suscitou a rejeição do método alegórico de interpretação pelos reformadores. É importante notar que nenhum verso dessa passagem é ci­tado no Novo Testamento.
Provérbios 8:22-31 contém imagens poéticas que necessitam ser bem inter­pretadas. A primeira frase no verso 22 pode ser traduzida como "o Senhor me possuiu", "o Senhor me criou", ou "o Senhor me gerou". O significado básico do verbo qanah é "comprar", "adquirir" e "possuir". Mas as outras duas tradu­ções são também possíveis. Além de qa­nah, duas outras palavras referem-se à sabedoria nesse texto: nasak = "estabe­lecer" (v. 23) e chil = "nascer" (vs. 24 e 25). O pensamento básico é sempre o mesmo, isto é, a sabedoria estava com Deus antes do início da criação. Se Deus a criou, se foi gerada ou simples­mente possuída, não é o foco. O que é central não é o modo de sua origem, mas sua antiguidade e precedência den­tro da criação de Deus. Considerando a linguagem poética e metafórica da pas­sagem, ela não deve ser usada para esta­belecimento de qualquer doutrina sobre uma suposta origem de Cristo.
Ellen White, às vezes, aplicou homileticamente Provérbios 8 a Cristo; mas ela usou o texto para apoiar Sua preexistência eterna. Antes de usar Provérbios 8, ela disse que "Cristo era, essencialmente e no mais alto sentido, Deus. Estava Ele com Deus desde toda a eternidade, Deus sobre todos, bendi­to para todo o sempre".32
Colossenses 1:15. Cristo é "o primogê­nito de toda a criação". Considerando que Ele é chamado primogênito (prototokos), argumenta-se que deve ter tido um começo. Mas o termo "primogênito", nesse texto, é um título e não a definição de uma condição biológica. Segundo o verso 16, tudo foi criado por Jesus. Por­tanto, Ele não poderia criar a Si mesmo.
A palavra "primogênito" tem um sig­nificado especial para os hebreus. Em geral, o primogênito era o líder de um grupo de pessoas ou uma tribo, o sacer­dote na família, e o único que recebia a herança duas vezes mais que seus ir­mãos. Ele tinha certos privilégios e responsabilidades. Algumas vezes, entre­tanto, o fato de que alguém fosse o pri­mogênito não importava aos olhos de Deus. Por exemplo, embora Davi fosse o filho mais novo, Deus o chamou de "Meu primogênito" (Sal. 89:20 e 27). A segunda linha do paralelismo no verso 27 nos diz que isso significava que Davi devia se tornar o rei mais exaltado. Ve­jamos também as experiências de Jacó (Gên. 25:25 e 26; Êxo. 4:22) e Eíraim (Gên. 41:50-22; Jer. 31:9). Nesses casos, "primeiro", no sentido de tempo, foi desconsiderado. O importante era ape­nas a distinção e a dignidade de quem era chamado primogênito. No caso de Jesus, esse termo também se refere à Sua posição exaltada e não a um ponto no tempo no qual Ele tenha sido criado.
Em Colossenses 1:18, Cristo é cha­mado "o primogênito de entre os mor­tos", embora não o tenha sido crono­logicamente. Sabemos que Moisés e outros O precederam. O sentido é que Ele é o preeminente.
João 1:1-3. "No princípio era o Ver­bo, e o Verbo estava com Deus e o Ver­bo era Deus." Alguns dizem que aqui há uma distinção entre Deus o Pai, que é o Deus, e Jesus, que é apenas um deus. O termo grego para Deus (theos) é encon­trado com artigo (ho), "o Deus", ou sem artigo, "deus" ou "Deus". Em João 1:1-3, o Pai é chamado ''ho theos'' ao passo que o Filho é chamado theos. Será que isso justifica a argumentação de que o Pai é Deus Todo-poderoso, enquanto o Filho é apenas um deus menor?
O termo theos sem artigo frequente­mente também é usado para o Pai, inclu­sive no mesmo capítulo (João 1:6, 13 e 18; Luc. 2:14; Atos 5:39; I Tess. 2:5; I João 4:12; II João 9).
Jesus também é chamado o Deus (Heb. 1:8 e 9; João 20:28). Em outras palavras, o uso do termo Deus com ou sem artigo não pode ser argumento para se fazer distinção entre Deus o Pai e Deus o Filho. Deus o Pai é ''theos'' e ''ho theos'', assim como o Filho.
Muitas vezes, a ausência do artigo, no idioma grego, denota qualidade es­pecial. Nesse caso, o substantivo não deveria ser traduzido com o artigo in­definido "um".
Se João tivesse usado o artigo de­finido cada vez em que aparece ''theos'', ele estaria indicando a exis­tência de apenas uma pessoa divina. Mas João 1:1 diz: "No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era 'theos'." Caso tivesse usado apenas ''ho theos'', deveríamos ler: "No princípio era o Verbo e o Verbo estava com ho theos, e o Ver­bo era ho theos." Segundo João 1:14, o Verbo é Jesus. Portanto, substi­tuindo "Verbo" por "Jesus" temos a sentença: "No princípio era Jesus e Jesus estava com 'ho theos', e Jesus era 'ho theos'." ''Ho theos'' refere-se clara­mente ao Pai. O texto modificado seria: "No princípio era o Verbo e o Verbo estava com o Pai, e o Verbo era o Pai." Isso é teologicamente er­rado. Falando de duas pessoas da Divindade, João não teve escolha senão usar ''ho theos'' uma vez e, na se­guinte vez, usar ''theos''. A ausência de artigo no segundo caso não pode ser usada como argumento contra a igualdade entre Pai e Filho.
João 1:14 e 18; 3:16 e 18; I João 4:9. Esses versos falam de Jesus como o Filho unigênito (''monogenes'') do Pai. Em razão disso, algumas pessoas suge­rem que a palavra grega ''monogenes'' in­dica que Jesus foi gerado literalmente.
A palavra ''monogenes'' significa "único de uma espécie". Seu uso ocorre 9 vezes no Novo Testamento. Três vezes em Lucas (7:12; 8:42; 9:38) sempre se referindo a um único filho. Nos escritos de João, ela aparece 5 vezes (1:14 e 18; 3:16 e 18; I João 4:9), como uma designação do relacionamento de Cristo com o Pai. Em Hebreus 11:17, ela se refere a Isaque como o filho unigênito de Abraão. Sabemos, entretanto, que Isaque não era o único filho do pa­triarca. Era o único filho da promessa. A ênfase aqui não é sobre o nascimen­to, mas sobre a unicidade do filho.
O termo normalmente traduzido como "gerado" é ''gennao''. Ele aparece em Hebreus l:5 e pode estar se referin­do à ressurreição ou à encarnação de Cristo. Na versão Septuaginta, a pala­vra ''monogenes'' é a tradução da palavra hebraica yachid, cujo significado é "único" ou "amado" (cf. Mar. 1:11, em conexão com o batismo de Jesus).
Não é claro se ''monogenes'' se refere apenas ao Senhor ressuscitado, histó­rico, ou também ao Senhor preexis­tente. Mas é interessante notar que nem João 1:1-14, nem 8:58 e nem o capítulo 17 usam o termo Filho para o Senhor preexistente.
Mateus 14:33. "És Filho de Deus!". Esse é um título messiânico (Sal. 2:7; Atos 13:33; Heb. 1:5), que enfatiza a deidade de Je­sus. Embora seja um dos muitos títulos que possuía, Ele o usa­va muito raramente para re­ferir-Se a Si mesmo (João 11:4).  Na  tentativa  de compreender   quem   era Cristo, todos esses títulos necessitam ser investiga­dos para termos um qua­dro coerente. Que o títu­lo "Filho de Deus" sa­lienta a divindade de Jesus é evidente em João 10:29-36. Isso é  apoiado poste­riormente     pelo fato de que o Fi­lho é a exata imagem de Deus, sendo igual ao Pai (Col. 1:15; Heb. 1:3; Filip. 2:6).
A palavra "Filho" tem um amplo significado na linguagem original. Por­tanto, não é possível reduzi-la aos li­mites de idiomas modernos, dando-lhe um significado literal. A filiação de Je­sus é atestada em conexão com o Seu nascimento (Luc. 1:35), batismo (Luc. 3:22), transfiguração (Luc. 9:35) e res­surreição (Atos 13:32 e 33). A Bíblia silencia quanto a se esse título des­creve o eterno relacionamento entre Pai e Filho. Em qualquer caso, as Escri­turas atribuem existência eterna a Je­sus (Isa. 9:6; Apoc. 1:17 e 18).
Durante a encarnação, Jesus subor­dinou-Se voluntariamente ao Pai, sen­do o Filho de Deus. Isso incluiu a entre­ga de prerrogativas, mas não a natureza da deidade. O Senhor ressuscitado, ao ser entronizado como Rei e Sacerdote, também aceitou voluntariamente a prioridade do Pai, mas Ele e o Pai são, conforme a Escritura, personalidades iguais e coeternas da Divindade.

O Espírito Santo

Que o Espírito Santo é uma pessoa divina, igual em substância, poder e glória com o Pai e o Filho, podemos observar nas Escrituras.
É um Ser pessoal. Alguns crêem que o Espírito Santo é um "poder" ou uma "energia" de Deus. Mas há muitos versos onde Ele é mencionado junto com o Pai e o Filho (Mat. 28:19; I Cor. 12:4-6; II Cor. 13:13). Isso indica que o Pai e o Filho são pessoas; portanto, o Espírito Santo deve também ser uma pessoa. Freqüentemente, o pronome masculino "Ele" é usado em referência ao Espírito Santo (João 14:26; 15:26; 16:13 e 14), embora a palavra grega para Espírito (pneuma) seja neutra e não masculina. A palavra "consolador" ou "confortador" (parakletos) re­fere-se a uma pessoa, não a uma força.
O Espírito Santo fala (Atos 8:29), ensina (João 14:26), dá testemunho (João 15:26), intercede por outros (Rom. 8:26 e 27), distribui dons (I Cor. 12:11) e proíbe ou permite certas coisas (Atos 16:6 e 7). De acordo com Efés. 4:30, o Espírito Santo pode tam­bém ser entristecido. Essas atividades são características de uma pessoa, não de uma força.
É Deus. As Escrituras vêem o Espí­rito Santo como Deus. Desde a eterni­dade de Deus o Espírito Santo partici­pa da Divindade como Seu terceiro componente. Em Mat. 28:19, os discípulos foram ordenados a batizar "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". Este verso coloca o Espírito Santo em igualdade com o Pai e o Filho. Ao repreender Ananias, Pedro lhe disse que mentindo ao Espírito Santo, ele tinha mentido "não a homens, mas a Deus" (Atos 5:3 e 4)
"O Espírito Santo é onipotente. Ele distribui dons espirituais 'como Lhe apraz, a cada um individualmente' (I Cor. 12:11). Ele é onipresente; habitará com Seu povo para sempre (João 14:16). Ninguém pode fugir à Sua influência (Sal. 139:7-10). Ele também é onisciente, porque 'a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus' e 'as coi­sas de Deus ninguém conhece, senão o Espírito de Deus' (I Cor. 2:10 e 11)."33
Ellen White acreditava na personali­dade do Espírito Santo: "Precisamos re­conhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como o próprio Deus, está andando por esses terrenos."34
Vimos então que a Divindade existe em uma pluralidade; que Jesus é Deus, coexistente desde a eternidade com o Pai, e que o Espírito Santo é a terceira pessoa da Divindade. Há muitos outros detalhes sobre o tema, os quais somen­te no Céu entenderemos plenamente.
Textos difíceis da Bíblia são melhor compreendidos em harmonia com o restante da Escritura. Embora o misté­rio da Trindade nunca possa ser completamente entendido pelo homem finito, é uma doutrina bíblica, apoiada por escritos de Ellen White e é uma das 27 crenças fundamentais da Igreja.


Referências:

1 Fred Allaback, No Leaders ... No New Gods (Creal Spring, 111, 1966), pág. 11.
2 Ibidem, pág. 15.
3 Ibidem, pág. 30.
4 Bill Stringfellow, Tue Red Flag h Waving (Spencer, TN: Concerned Publications, s/d).
5 Rachel Cory-Kuehl, The Persons of God (Aggelia Publications, 1966).
6 Allen Stump, The Foundation of Our Faith (Smyma Gospel Ministry, s/d).
7 Bill Stringfellow, Op. C/t., pág. 15.
8 W. Grudem, Systematic Theology (Zondervan, 1994), pág. 226.
9 Ellen G. White, Evangelismo, pág. 615.
10 ________, Testimonies For the Church, v. 8, pág. 295. Is. 45:15
11 Louis Berkhof, Systematic Theology (Eerdmans, 1941), pág. 88.
12 Ibidem, pág. 89.
13 Escreveu Ellen White: "Há muitos mistérios que não busco compreender nem explicar; eles são muito elevados para mim e para vo­cês. Em alguns desses pontos, o silêncio é ouro" (Manusc. 14, pág. 179).
14 G. A. F. Knight, A Biblicol Approoch to the Doe-trine ofthe Trinity (Edimburgo, 1953), pág. 20.
15 Ibidem.
16 Millard J. Erickson, Christian Theology (Ba­ker, 1983), vol. l, pág. 329.
17 G. Ch. Aalders, Gênesis (Zondervan, 1981), pág. 300.
18 Millard J. Erickson, Op. Cit., pág. 338.
19 Alguns comentaristas acreditam que atrás des­ta fórmula está a linguagem utilizada para transferência de dinheiro, na era helenista. Desse modo, a fórmula expressa figuradamen-te que a pessoa batizada é "transferida" para a conta do Senhor e se torna Sua possessão. Ou­tros interpretam "nome" como "autoridade". Nesse caso, a pessoa é batizada pela autorida­de do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
20 W. Grudem, Op. Cit., pág. 320.
21 Arthur W. Pink, Exposition of the Gospel of John (Zondervan, 1945), pág. 22.
22 W. Poehlmann, Exegeticol Dictionary of the New Testament (Eerdmans, 1981), vol. 2, pág. 443.
23 F. F. Bruce, Philippians, Hendrickson, 1989), pág. 69.
24 Leon Morris, The Lordfrom Heaven: A Study of the New Testament Teaching in the Deity and Humanity of Jesus (Eerdmans, 1958), pág. 74.
25 Alguns comentaristas definem pkroma em termos do pensamento gnóstico, segundo o qual essa palavra significa uma nova emana­ção que se tem encarnado no Redentor.
26 John Eadie, Colossians, Classic Commentary Library (Zondervan, 1957), pág. 145.
27 F. F. Bruce, Hebrews (Eerdmans, 1964), págs. 19 e 20.
28 Millard J. Erickson, Op. Cit., pág. 326.
29 Ellen G. White, O Desejado de Todas as Na­ções, pág. 530.
30 _______, Evangelismo, pág. 615.
31 Kenneth T. Aitken, Proverbs (Westminster Press, 1986), p. 85.
32 Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, vol. l, pág. 247.
33 Seventh-day Adventists Believe (Hagerstown, 1988), pág. 60.
34 Ellen G. White, Evangelismo, pág. 616.

Ministério, p. 15-22, mar-abr 2005

Nenhum comentário:

Postar um comentário