terça-feira, 1 de março de 2016

HINOLOGIA ADVENTISTA EM DEFESA DA TRINDADE




HINOLOGIA ADVENTISTA EM DEFESA DA TRINDADE: UMA ANÁLISE DA PESSOA DO ESPÍRITO SANTO


INTRODUÇÃO

A ascendente onda de ceticismo quanto a doutrina bíblica da Trindade tem suscitado muitos estudos e o tema vem sendo bastante explorado entre os teólogos. Isto se evidencia pelo crescente acervo literário encontrado nos últimos anos que aborda esta temática.
Não é raro descobrir entre os que são adversos a doutrina em questão a pretensão de possuir “bastante” conhecimento na área, em detrimento daqueles que, por formação teológica, estão capacitados a opinar sobre o assunto. Por conseguinte, os argumentos que orbitam a ideia central da não existência da Trindade, tem se mostrado simplórios e pueris.
É dentro desse contexto mais amplo que se nota a existência de grupos resumidos[1] que abandonam parte do corpo doutrinário da igreja Adventista do Sétimo Dia (pelo menos no tocante à Trindade)[2] e passam a difundir suas novas ideologias fazendo uso principalmente da internet como meio propagador de tais ideias. Uma das premissas básicas na abordagem que fazem consiste na pressuposição de que os pioneiros da denominação supracitada, em sua inteireza eram contrários à doutrina trinitariana.
Característica comum na abordagem da maior parte desses dissidentes, é a deficiência no conhecimento histórico e literário, além de considerável desonestidade ao exporem o assunto, selecionando sempre o que mais é condizente com suas ideias e, ignorando o restante, principalmente quando em choque com suas propostas. Outra característica comum, quando pressionados pelas claras e inúmeras evidências textuais, é a fuga, que se dá normalmente com a alegação de que tais textos foram adulterados. Isso se nota desde o texto sagrado (a Bíblia), os escritos de Ellen G. White, perpassando pelas mais diversas literaturas eclesiásticas, inclusive os hinários. É sobre eles (hinários) que esse artigo se propõe analisar, revelando que na hinologia adventista o assunto da Trindade (com foco na Terceira Pessoa) estava presente e que os pioneiros, em seus serviços cúlticos e litúrgicos, fizeram uso dos hinos com letras visivelmente trinitarianas.


ENTRANDO NO ASSUNTO

Tendo em vista o que foi apresentado no exórdio acima, o presente estudo mostrará como a compreensão dos pioneiros sobre a Trindade foi gradual e crescente. Isto é corroborado através da análise hinológica que se seguirá. Tal estudo será feito numa ordem temporal crescente, analisando-se desde os primeiros hinários Adventistas até os hodiernos. A primeira análise será no “Hymns, for God`s peculiar people, that keep the commandments of God and the Faith of Jesus” (o primeiro hinário Adventista compilado em 1949, extra oficialmente falando, pois a igreja só se organiza em 1863. Este hinário foi feito em 1849 por Tiago White, um dos pioneiros da IASD). Daí por diante a análise segue perpassando os demais hinários que se seguiram, tais como: “Hymns for second advent believers who observe the sabbath of the Lord”, publicado no ano de 1852, o “Supplement to advent and sabbath hymns”, feito no ano de 1858; também o “Hymns and Tunes for Those Who Keep the Commandments of God and the Faith of Jesus” feito no ano de 1876 (o primeiro hinário com representações musicais). Seguindo-se a este, será feito um estudo no hinário “The song anchor for sabbath school and praise servisse” feito por Thiago White no ano de 1878. Será contemplado também o hinário feito em 1881 intitulado “Better than pearls: sacred songs for gospel meetings”. A análise ainda seguirá contemplando o “Hymns and Tunes”, publicado em 1886 por Edson White e Franklin Belden e depois será considerado o “Christ in Song” produzido na virada do séc. XIX para o séc. XX (mais precisamente no ano de 1900) e, também hinários produzidos a partir do século XX. O exame também contemplará não apenas os hinários produzidos nos EUA, mas também os produzidos aqui no Brasil.
Para melhor elucidar o assunto em questão a “Enciclopédia da Memória Adventista no Brasil: História dos Hinários Adventistas”, por Jetro de Oliveira, cita:

A segunda geração de pioneiros Adventistas, notavelmente, Edson White (filho de Ellen G. White) e seu primo Frank Belden, acrescentaram variedade, se não qualidade à hinologia Adventista. Edson White foi o primeiro a aprender como imprimir caracteres musicais para os hinários. Ele publicou um número de hinários de temperança e Escola Sabatina às vezes colaborando com Belden. Ambos eram compositores, e vários hinos de Belden ainda permanecem na hinologia Adventista. Desde 1886, três volumes dominaram a hinologia adventista. O primeiro foi Hymns and Tunes. Oficialmente intitulado The Seventh-day Adventist Hymn and Tune Book for Use in Divine Worship (O hinário ASD Para Uso no Culto Divino), a coleção foi compilada entre 1884 e 1886 por uma comissão especial da Associação Geral da IASD.
Na virada do século, F. E. Belden publicou Christ in Song. Este hinário substituiu o Hymns and Tunes, e permaneceu como o mais popular entre os Adventistas até 1941, quando foi publicado o atual Church Hymnal.[3]


 
      1.    Hinário “Hymns, for God`s peculiar people, that keep the commandments of God and the Faith of Jesus” (Hinos, para o povo peculiar de Deus, que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus)




         
Este é o primeiro hinário extra oficialmente falando, pois a igreja se organiza como instituição no ano de 1863. Ele foi publicado por Thiago White no ano de 1849. Neste hinário encontra-se o hino 53, o primeiro louvor à Trindade entre os pioneiros de que se tem conhecimento como pode-se ver abaixo:




A tradução deste belo hino que irá aparecer em vários hinários posteriores diz:

"Louve a Deus de quem todas as benção fluem;
Louvem-no todas as criaturas aqui em baixo;
Louvem-no no alto vós hostes celestiais;
Louvem o Pai, o Filho e o Espírito Santo!"

      2.    O hinário “Hymns for second advent believers who observe the sabbath of the Lord” (Hinos para os crentes do segundo advento que observam o sábado do Senhor)
 

Este hinário foi publicado no ano de 1852 e teve como autor o mesmo Thiago White. Note a letra do hino número 79:




Perceba o que diz a terceira estrofe deste hino:

“Vinde, Espírito Santo, e sopre
O próspero sopro da graça;
Paira sobre mim completamente enquanto sigo,
Para o céu meu lugar de destino;
Levante a vela enrolada, e meu porto eu irei encontrar,
Deixando o mundo e pecado para trás.”

O hino 130 deste hinário também tem uma bela mensagens trinitariana. Trata-se de uma linda descrição do batismo de Cristo. Veja o que diz a segunda e terceira estrofes:



Atente para a tradução:

“2  Descendo ao velho rio Jordão
O Batista levou o Cordeiro santo,
E o batizou:
Jeová viu seu querido filho,
E estava bem satisfeito no que ele tinha feito,
E bradou dos céus.”

3  Este é o meu Filho, o Senhor chora;
E sobre Ele repousa o Espírito voando;
Oh, filhos, ouvi-o!
Ouçam! Sua a voz, eis que ele clama.
Arrependam-se, creiam e sejam batizados,
E Cristo vai salva-los do pecado.

         
      3.    O hinário “Supplement to advent and sabbath hymns” (Complemento para os hinos do advent e sabático)

Este é mais um hinário feito por Thiago White. Ele foi publicado no ano de 1858 e, na verdade, trata-se de uma coletânea suplementar ao hinário de 1852 intitulado “Hymns for second advent believers who observe the sabbath of the Lord” que foi apresentado acima. Ele contém apenas 38 hinos que foram somadas aos 139 do hinário de 1852.
Veja o que diz a quinta estrofe do hino de número 4:



Veja a tradução:

“Enquanto Jesus é nosso amigo,
O Espírito é o nosso guia,
Vamos marchar como soldados valentes em frente;
Temos a certeza de ganhar o prêmio.”

Note agora o hino de número 16:



Veja a tradução da quarta estrofe:

“O Espírito chama hoje!
Rendam-se ao seu poder:
Oh, não ofendam agora
A sua misericórdia.”

Em 1869 publicou-se o “Hymns and Tunes for Those Who Keep the Commandments of God and the Faith of Jesus”. Este hinário foi revisado em no ano de 1876 e é este que será analisado a seguir. Oficialmente falando, este é o primeiro hinário da Igreja Adventista do Sétimo Dia, uma vez que a igreja foi organizada em 1863.

         4.    Hinário “Hymns and tunes for those who keep the Commandments of God and the faith of Jesus” (Hinos e melodias para aqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus), feito em 1876 nos EUA.[1]



a)    Índice dos Assuntos




Note que entre os assuntos propostos para serem cantados, há uma sessão específica dedicada à pessoa do Espírito Santo (os hinos que vão do 117 ao 123).


a)    Hinos 163 e 164

 



O primeiro hino analisado (número 163) foi preservado no hinário de 1886. A letra traduzida tem esta profunda mensagem:



"Vem, Santo Espírito, vem,
Nossas mentes da servidão libertar;
Então nós conheceremos e louvaremos
e amaremos, o Pai, o Filho, e a Ti".



       O hino número 164, tão profundo quanto o 163, possui uma verdade que tem sido diabolicamente atacada atualmente: a de que o Espírito Santo é Deus. Sua letra traduzida é:



Vem, Espírito Santo, hóspede celeste,
E faça tua mansão em meu peito
Dissipa as minhas dúvidas, controle meus medos,
E cura a angústia da minha alma.


TU ÉS DEUS de amor e paz divina,
Oh, faça tua luz brilhar dentro de mim!
PERDOE MEUS PECADOS, remova minha culpa,
E envie os sinais de teu amor.

       

Claramente a letra deste belo hino refere-se ao Espírito Santo como Deus. E ainda ratifica com o peticionamento de que Ele perdoe os pecados. Ora, em Lucas 5:21 é dito que a atribuição de perdoar pecados é inerente apenas a Deus, corroborando a teologia do hino que já havia se referido ao Espírito Santo como Deus preliminarmente ao início da estrofe


a)    Hino 167
 



Este hino (167) em louvor ao Espírito Santo, também foi preservado e aparece no hinário Hymns and Tunes (1886), bem como no Christ in Song (1900). A diferença é que no hinário Christ in Song, não consta a terceira estrofe. Por estar pressente nos hinários posteriores, este hino será comentado mais adiante quando for feita a análise do Christ in Song. É válido ao leitor, entretanto, atentar para a quarta estrofe deste belíssimo hino que diz:


Espírito Santo, TODO DIVINO, mora dentro deste meu coração, 
Derruba cada ídolo entronizado, reina supremo, e reina sozinho.


Como se pôde notar até agora, a visão dos pioneiros quanto à Trindade não era tão fechada como os dissidentes tem intentato atualmente. Os hinos (desde o primeiro hinário), já evidenciavam este fato.

      5.    Hinário “The song anchor for sabbath school and praise servisse” (Cânticos âncora para a Escola Sabatina e serviço de louvor)



 
Este hinário foi produzido no ano de 1878 por Thiago Edson White, filho de Ellen White. Vejam sua assinatura na contracapa do hinário:



a)    Hino 117:





Veja a tradução da quarta estrofe desse hino:

    “Jesus por misericórdia nos leve a essa querida terra de descanso, em que estás com Deus o Pai e o Espírito sempre benditos amém.”

a)    Hino 157




Este hino é o mesmo que aparece no primeiro hinário de 1849 volta a aparecer no hinário “Christ in song”.

"Louve a Deus de quem todas as benção fluem;
Louvem-no todas as criaturas aqui em baixo;
Louvem-no no alto vós hostes celestiais;
Louvem o Pai, Filho e o Espírito Santo!"

     6.    Hinário “Better than pearls: sacred songs for gospel meetings” (Melhor que pérolas: canções sagradas para reuniões evangélicas)




Este hinário também foi feito por Thiago Edson White e foi publicado no ano de 1881.

 a)    Hino 80




Ampliado:




Este hino é o mesmo que aparece no hinário de 1876. Como a letra deste hino já foi comentada acima, não se faz necessário novas adições.

a)    Hino 185




Este hino também já foi comentado pois aparece no “Hymns and tunes for those who keep the Commandments of God and the faith of Jesus” publicado no ano de 1876.



       7.    Hinário “Hymns and tunes” (Hinos e melodias), publicado em 1886 nos EUA.[1]




a)    Hino 151





        A letra deste hino demonstra que a visão dos pioneiros não mudou após uma década. Desde o hinário publicado em 1876 para este de 1886, nota-se que na liturgia musical, o assunto da Trindade estava sempre presente, era um tema sempre contemplado. A tradução segue-se abaixo:

     "Vem, Espírito Santo, vem,
Nossas mentes da servidão libertar;
Então nós conheceremos e louvaremos
e amaremos, o Pai, Filho, e Ti".
 

a)    Hino 480




     Este é mais um hino em que claramente se nota o louvor as Três pessoas da Divindade celeste. Observe o início de cada uma das estrofes na tradução abaixo:

     "Cantemos o amor eterno,
Tal como na ação do Pai...
Cantemos o maravilhoso amor do Filho
Como ele deixou os domínios do alto...
Cantemos, também, o amor do Espírito;
Com nossos teimosos corações ele peleja..."


a)    Hino 1134 



Não é de admirar mais uma vez “os Três Dignitários do Céu” sendo louvados e exaltados pelos pioneiros. A letra desse belo hino na terceira estrofe diz:

"Mas, de fato, Jeová se dignará
Aqui habitará, não como um convidado temporário.
Aqui nosso grande Redentor reinará,
E aqui o Espírito Santo repousará."


Além desses hinos mencionados acima, dezenas de outros no hinário de 1886 são orações ao Pai, mas também ao Filho e ao Espírito Santo. Para concluir a análise do Hymns and Tunes, apresentar-se-á o hino 256 (que também aparece no hinário “Hymns, for God’s Peculiar People” de 1849, [número 53], também no “Anchor” de 1878 à página 157 com o título de “Old Hundred” e que foi mantido no hinário “Christ in Song” de 1900) que é cantado desde 1849 ao abrir muitos cultos na igreja adventista.

a)    Hino 256


           
                      Segue-se abaixo a tradução:

      "Louve a Deus de quem todas as benção fluem;
Louvem-no todas as criaturas aqui em baixo;
Louvem-no no alto vós hostes celestiais;
Louvem o Pai, o Filho e o Espírito Santo!"


Em um dos sermões de Ellen G. White realizado no período de ano novo no dia 04/01/1881 ela convidou a igreja para cantar este hino. Veja abaixo:
  






Veja a tradução:

“Apelo à congregação que se reúne regularmente em nosso Tabernáculo: Vocês não vão trazer suas ofertas para pagar a dívida da casa do Senhor? Apelo a aqueles que enviam seus filhos para Battle Creek, onde eles se unem a nós na adoração a Deus: Vocês não vão nos ajudar a pagar esta dívida? Convido a todos para serem especialmente liberais neste momento. Tragam suas ofertas com alegria ao Senhor, vamos consagrar a Ele tudo o que somos e tudo o que temos, e em seguida, possamos todos nos unir para avolumar a música, –
        ‘Louvado seja Deus, de quem todas as bênçãos fluem;
         Louvai-o, todas as criaturas aqui abaixo;
         Louvai-o acima, vós hostes celestiais;
         Louvai o Pai, o filho e Espírito Santo’”.

Como se pôde observar nas análises feitas nos hinos dos hinários datados de 1876 e 1886, a visão dos pioneiros quanto a Trindade não era de repúdio ou completa rejeição. Entretanto, rejeitavam a visão católica[1] acerca da Trindade. Uma visão em muito semelhante ao pensamento do monarquianismo modalístico, como bem apresentou Joseph Bates: “Com respeito à Trindade, concluí que me era impossível crer que o Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, era também o Deus Todo-Poderoso, o Pai, um e o mesmo ser.”[2]
Foi neste período, mais precisamente em 27 de Outubro de 1896, que a revista Review and Herald[3] publicou, numa sessão destinada a perguntas e respostas, um questionamento feito por alguém que tinha dúvidas em relação aos hinos serem cantados em louvor ao Espírito Santo. Provavelmente, tal questionamento tenha surgido por causa do último hino apresentado, número 256, pois era usado na liturgia dos cultos. É interessante notar que a resposta dada demonstra que o conceito trinitariano já estava bem evidenciado entre os pioneiros, como se segue na tradução:

“Adorando o Espírito Santo.
“Será que as Escrituras garantem o louvor ou adoração ao Espírito Santo? Se não, a última linha da doxologia contém um sentimento antibíblico?
D. H.
“Resposta – Não conhecemos nenhum lugar na Bíblia em que somos ordenados a adorar o Espírito Santo, como foi ordenado no caso de Cristo. (Heb. 1, 6), ou onde encontramos um exemplo de adoração ao Espírito Santo, como no caso de Cristo. Lucas 21: 52. No entanto, na fórmula para o batismo, o nome "Espírito Santo", está associado com o do Pai e do Filho. E se o nome pode ser assim usado, por que ele não seria apropriadamente posto como parte da mesma trindade no hino de louvor: ‘Louvai ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo’?” (grifo nosso)
Atente abaixo no texto original, que aparece a palavra “Trinity”, sancionando o conceito que os pioneiros já possuíam:



No ano de 1900, como já referido, Franklin Belden, revisou o hinário e produziu o que ficou conhecido como Christ in Song. Seguem-se abaixo os hinos trinitários usados pela IASD desde 1900 até 1941. Ellen White ainda usufruiu dos belos hinos deste hinário por quinze anos de sua vida.



            8.    Hinário Christ in song feito em 1900 nos EUA.[1]




a)    Divisões Gerais




Observe que dentro das divisões gerais do hinário existem seções de hinos em louvor ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Mais interessante ainda é que dentro destas mesmas divisões gerais encontra-se a expressão: “Praise to the Trinity”, “Louvor a Trindade”, como se segue na imagem abaixo:



Ora, se o próprio filho de Ellen White juntamente com seu primo Franklin Belden, fizeram o primeiro hinário, e em seguida o mesmo Franklin Belden publicou o Christ in Song (que foi apenas melhorado com revisões em alguns hinos e inseridos outros, possuindo também as representações musicais), por que não houve confusão na igreja da época por causa disso? Por que não houve um reboliço com o que os dissidentes dizem ser tão grande heresia? Ellen White ainda era viva e cantou dez anos com o primeiro hinário analisado neste artigo feito em 1876, cantou 14 anos com o segundo hinário e 15 anos com este último (ao todo trinta e nove anos louvando a Trindade Celeste). Sendo pessoas tão próximas a si (filho e sobrinho) seria natural que ela os repreendesse como o fez com outras diversas pessoas que erraram. Mas isto não aconteceu. Ao contrário, ela cantava os hinos e apoiava a liturgia da igreja na época.
A seguir podem-se ver os hinos que eram cantados pelos pioneiros com o hinário Christ in Song.



b)    Hino 120: He Speaks Within (Ele fala interiormente)




c)    Hino 163: Light Divine (Luz Divina)




          Tradução:

Espírito Santo, luz divina, brilha sobre este meu coração,
Lança fora as sombras da noite.

Espírito Santo, poder divino, purifica este meu coração culpado;
Tão pecaminoso, sem controle, realiza domínio sobre minha alma.

Espírito Santo, TODO DIVINO, mora dentro deste meu coração 
Derruba cada ídolo entronizado, reina supremo, e reina sozinho.

           
Que hino profundo! Que belíssimo louvor a Deus! Com uma letra tão inspiradora e profunda, surge uma pergunta um tanto retória: O que é DIVINO? Um ser divino não pode ser confundido com um ser celeste. Os anjos são criaturas de Deus e são celestiais, pois habitam os céus. Entretanto, não são divinos. De acordo com o dicionário eletrônico Houaiss[1], divino é:
     1.    Relativo a ou proveniente de Deus ou de um ou mais deuses.
     2.    Concernente às coisas divinas; sagrado.
     3.    Semelhante a Deus ou aos deuses, ou assim considerado.
     4.    Superior ao padrão mais encontradiço; perfeito, maravilhoso, sublime.

Analisando a letra do hino que diz: “Espírito Santo, TODO DIVINO,” e comparando com a definição do que é divino pelo dicionário, como não entender que o Espírito Santo é Deus em sua essência?

d)    Hino 308: Fill me Now (Enche-me agora)




       Mais uma letra de hino com mensagem bastante relevante para o presente estudo: “Bendito, DIVINO, ETERNO Espírito, enche-me com amor, e enche-me agora.”
         Note que além de “Divino”, o hino refere-se ao Espírito Santo como “Eterno”. E o que é eterno? É preciso fazer uma diferenciação entre os substantivos eterno e infinito, pois apesar de serem próximos em sua significação, possuem nunces diferentes. Infinito é algo que não tem fim, mas teve um princípio. No entanto, o dicionário Houaiss[1] define eterno como:
     1.    Fora do tempo, sem início ou fim. (grifo nosso)

Nota-se que o Espírito Santo além de divino, era louvado pelos pioneiros da Igreja Adventista como um ser Eterno, característica inerente apenas a Deidade.

e)    Hino 377: Praise Ye the Father (Louvai ao Pai)



A terceira estrofe desse hino diz:

“Louvai ao Espírito, Consolador de Israel,
Enviado do Pai e do Filho para nos abençoar; louvai ao Pai, Filho e ao Espírito Santo, LOUVAI AOS TRÊS ETERNOS.” (grifo nosso)


É notório a clara compreensão que os pioneiros tinham acerca da Trindade. É de igual modo patente a concepção que possuíam acerca do Espírito Santo. Mais evidente ainda é a dissonância existente entre o pensamento dos pioneiros e o pensamento dos que hoje dizem seguir os pioneiros e negam a doutrina da Trindade.

a)     Hino 470
 


Como este hino já foi comentado, não se faz necessário falar muito acerca do mesmo. Sua importância consiste em que ele esteve presente em todos os hinários da Igreja Adventista desde o que foi publicado em 1876. Apenas relembrando, sua tradução segue abaixo:

"Louve a Deus de quem todas as benção fluem;
Louvem-no todas as criaturas aqui em baixo;
Louvem-no no alto vós hostes celestiais;
Louvem o Pai, Filho e o Espírito Santo!"


            A abordagem feita até o presente momento, já clarifica de tal maneira o assunto que poderia dar-se por encerrado. Entretanto, os combatentes da doutrina trinitariana, também voltaram suas críticas aos cânticos do atual hinário Adventista publicado no Brasil. O método sobre o qual se fundamentam as críticas é o mesmo: fuga. Alegam que os hinários mais antigos publicados aqui no Brasil não possuíam o assunto da Trindade, que este tema foi introduzido apenas no atual “Hinário Adventista”. Para demonstrar a parcialidade e desonestidade com que tratam o assunto, este artigo prossegue na análise dos hinários com o foco nas publicações brasileiras. O primeiro hinário a ser analisado é o “Cantae ao Senhor: Psalmos e hymnos para cultos e solemnidades religiosas”. Ele teve quatro edições, sendo a última delas no ano de 1928. No ano de 1933, foi lançado o Hinário Adventista, que será contemplado depois do “Cantae ao Senhor”.

9.    Hinário “Cantae ao Senhor: Psalmos e hymnos para cultos e solemnidades religiosas”





              a)    Hino 8



       b)    Hino 11



Em 1918 foi lançado um suplemento ao hinário “Cantae ao Senhor” contendo 111 hinos. Este suplemento também só contém letras para serem cantadas com músicas de outros hinários, principalmente do “Zions Lieder”, “Christ in Song”, “Sabbath School Songs”, mas também incluindo “Psalmos e Hymnos”, e “Kings Business”.  Este suplemento do “Cantae ao Senhor” não possui qualquer tipo de índice, mas adiciona iniciais ao final da maioria dos poemas, indicando o autor da versão ou adaptação para o português, ou sua origem.
No ano seguinte, 1919, foi então lançada a primeira edição completa, se poderia dizer assim, do antigo “Cantae ao Senhor: Psalmos e Hymnos para Cultos e Solenidades Religiosas”. Esta edição contém 321 poemas para serem cantados com músicas de outros hinários, como já indicado.
            No ano de 1933 é lançado o primeiro hinário adventista com representações musicais. Este hinário também contém hinos claramente trinitarianos. Como já mencionado, a primeira edição deste hinário foi no ano de 1933. Entretanto, além de mostrar as imagens desta primeira edição, este artigo contemplará de igual modo a edição de 1943, demonstrando assim, que não houve mudanças de uma edição para outra. Apenas que a edição a ser apresentada de 1943 não possui representações musicais o que irá facilitar a visualização do leitor.


           10.    Hinário Adventista de 1933 publicado no Brasil[1]
  



Note que esta versão realmente é do ano de 1933:



a)    Adoração (Hino 193)




b)    Onipotente Rei (Hino 202)





Analise agora o mesmo hinário, mas na edição de 1943:





a)    Adoração (Hino 193)




            Este hino de louvor, ainda cantado na IASD (número 581 do atual hinário), aparece com a mesma letra, apenas a palavra “Benfeitor” foi substituída pela palavra “Criador”, não possuindo nenhuma outra modificação. Como se vê no hino acima, a visão Adventista acerca da Trindade não foi imposta na década de 1940 e 1980, como querem alguns, mas já estava presente desde os primórdios, como se observa nas letras dos hinos cantados e nas demais literaturas eclesiásticas.[1]


b)    Onipotente Rei (Hino 202)





Este hino é também mais uma amostra de que a Igreja Adventista já possuía conhecimento sobre a Trindade e que não foi algo imposto de vinte ou trinta anos para cá.

A seguir será feita a análise do hinário “Melodias de vitória” feito no ano de 1955. É um hinário que, assim como os anteriores já apresentados, contém hinos trinitarianos:
 




Veja a contracapa que mostra o ano em que foi publicado:



Agora analise os hinos a seguir, que contém letras trinitarianas:
 
a)    Onipotente Rei (Hino 2)
 
Veja que este é o mesmo hino 202 do hinário de 1933.




b)    Adoração (hino 3)

A imagem abaixo é a continuação da imagem anterior o resto do hino número 3.




c)    Santo! Santo! Santo! 

Veja que no fim da primeira estrofe diz: “Deus Jeová Triúno”.
 



A seguir, uma análise no hinário Cantai ao Senhor feito em 1963. Este hinário, naturalmente, como os demais anteriores, contem hinos que falam sobre a Trindade e Divindade do Espírito Santo. Como já foram apresentados diversos hinos em vários hinários anteriormente, este artigo findará analisando apenas um hino do Cantai ao Senhor,[1] o hino 163. 




Veja o Índice dos Assuntos contidos neste hinário:




a)    Consolador





      Note o final da segunda estrofe desse hino em louvor ao Espírito Santo. Ali diz: “Consolador, Deus de paz e de amor.”

b)    Adoração (Hino 20)
 



c)    Ó grande Trino Deus (Hino 503)




Não se faz necessário apresentar mais hinos. A clareza com que o assunto foi exposto até aqui desqualifica qualquer tentativa desonesta de fazer parecer que a doutrina da Trindade sempre foi rejeitada pelos pioneiros. Tais tentativas não passam pelo crivo de uma análise séria dentro da hinologia adventista como nas demais literaturas da igreja.















CONCLUSÃO


            O presente artigo objetivou, através de uma análise séria e responsável, mostrar que a doutrina da Trindade estava presente desde os primórdios do adventismo, como pôde ser visto claramente na hinologia. Tal análise se deu de forma cronológica e crescente contemplando desde os primeiros hinários até os mais recentes. O consenso geral, por parte dos dissidentes, de que os pioneiros em sua inteireza eram antitrinitarianos, não corresponde à realidade dos fatos. Pessoas de eminência dentro do corpo de pioneiros da igreja como Edson White (filho da senhora White) e seu primo Franklim Belden, prepararam hinários como o que foi publicado em 1886 (Hymns Tunes) e o de 1900 (Christ in Song). Estes hinários continham vívidas letras trinitarianas e até menção a própria nomenclatura “Trindade” (como foi bem apresentado nas divisões gerais do Hinário Christ in Song, feito por Belden). É importante salientar que nenhum desses hinários foi de particular posicionamento, mas todos obtiveram o aval do comitê da Associação Geral, dando assim, uma seriedade ao assunto que ora foi discutido. Veja nas ilustrações abaixo: 

a)    Hinário de 1876
 
 



b)    Hinário de 1886



 Ampliado:




Percebe-se que não houve falhas, não houve pessoas mal intencionadas, afinal de contas, o hinário foi avaliado pela própria Associação Geral. Além do mais, a própria senhora White fez uso destes hinários e cantou com eles por cerca de 39 anos. Foram 39 anos louvando a Trindade, tal como foi visto nas letras apresentadas neste artigo. Sendo que nos últimos 15 anos de sua vida ela usou o Christ in Song que permaneceu até 1941. Um hinário que até fala o nome Trindade (praise to the Trinity) em suas divisões gerais, e não houve nenhum conflito por isso na época. Não houve repreensão alguma por parte da senhora White a seu sobrinho, por ter incluído nas divisões gerais “louvor a Trindade”. Portanto, conclui-se que o assunto da Trindade não era de todo rejeitado pelo corpo de pioneiros da Igreja Adventista do Sétimo Dia, mas no avançar do conhecimento sobre o assunto, percebe-se que este veio a gozar de ampla aceitação, e isto é evidenciado pela Hinologia e suas claras referências a este tema.











REFERÊNCIAS



[1] CANTAI ao Senhor: Hinário da igreja Adventista do Sétimo Dia. 6. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1990. 320.
[1] CARDOSO, Matheus. Os pioneiros adventistas e a trindade. Revista Adventista, Tatuí, v. 
      106, n. 1239, ago. 2011. p. 8-11.

[1] HINÁRIO Adventista: Hinario da igreja Adventista do Sétimo Dia. Santo André: Casa Publicadora Brasileira, 1933. 362.

[1] Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa, versão 2.0a – Abril de 2007.

[1] BELDEN, F. E. Christ in Song. Battle Creek, MI: Review and Herald. 1900. 413.

[1] Para melhor elucidação deste assunto, leia o livro A Trindade: WHIDDEN, Woodrow et al. A trindade: como entender os mistérios da pessoa de Deus na bíblia e na história do cristianismo. 2. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2003. 330.

[2] BATES, Joseph. The Autobiography of Elder Joseph Bates. Battle Creek, MI: Seventh-day Adventist Publishing Association, 1868. 318. 

[3] Review and Herald, 27 de Outubro de 1896, vol. 73, n. 43, p. 9.

[1] Adventists, G. C. o. S.-D. The Seventh-day Adventist hymn and tune took for use in divine worship. Battle Creek: Echo Publishing Company, 1886. 640.

[1] Adventists, G. C. o. S.-D. Hymns and Tunes: for those who keep the commandments of God and the faith of Jesus. Battle Creek: Steam Press of the Seventh-day Adventist Pub. Association, 1876. 416.

[1] Doravante, dissidentes.

[2] O amigo leitor poderá encontrar todo o corpo doutrinário da Igreja Adventista do Sétimo na obra Nisto Cremos: GRELLMANN, H. L. Nisto cremos: as 28 crenças fundamentais da igreja Adventista do Sétimo Dia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2008.

[3] Disponível em: <http://www.musicaeadoracao.com.br/hinos/memoria_iasd.htm>. Acesso em: 15 mai. 2012.

8 comentários:

  1. Srs,
    Concernente a Mt 12:31-32, vejo que a maioria dos trinitarianos centram suas atenções no “blasfemar” e “falar mal” do Espirito Santo, mas se esquecem da “blasfêmia” e do “falar mal” do Filho do homem (pecados, estes, que, segundo a Bíblia, tem possibilidade de perdão).
    Como trinitarianos, gostaria que os senhores me explicassem, por favor, o motivo dessa diferença entre as pessoas da trindade, uma vez que a doutrina da trindade diz que, em tudo, as pessoa são iguais?!
    Deus vos abençoe!!!

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    1. São iguais em poder, majestade, divindade. Não são iguais nas funções que exercem. Para entender o texto de Mateus 12, você precisa primeiro saber qual o trabalho do Espírito Santo. Sabendo o trabalho dele, você entenderá melhor o porque de Mateus dizer que o pecado cometido contra o Espírito Santo não tem perdão.

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    2. Não parece haver qualquer diferença entre eles, conforme nos assegura, por exemplo o Salmo 33:6, que diz: "Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo Espírito da sua boca".
      Ou seja, a Palavra de Deus é o Espírito que saiu da boca de Deus e que criou todas as coisas, de forma que "Palavra" e "Espírito" são um só.
      Além disso, está dito na Bíblia que "Deus é Espírito", ou seja, a Bíblia não nos ensina que Ele "tem um Espírito", mas que Ele "É ESPÍRITO".
      Assim sendo, eu te pergunto: que Espírito seria Deus, senão o Espírito Santo?
      Com isso, concluímos que Deus é o Espírito Santo, e o Espírito Santo é a Palavra, de forma que os três são UM.
      O nobre amigo, ao distingui-Los, disse que há funções distintas, mas a Bíblia diz, por exemplo, que Jesus intercede por nós e diz, também, que o Espírito intercede por nós. Onde está a distinção?
      Em outra passagem, a Bíblia chama o Espírito Santo de Espírito de Jesus Cristo (Fp 1:19); de o Espírito do Filho (Gl 4:6); e, em 2Co 3:17, fala-se do Espírito do Senhor.
      De sorte que não vejo diferença entre eles, como três pessoas distintas, mas, sim, como manifestações distintas do mesmo e único Deus.
      Deus te abençoe!!!

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    3. Amigo, o nome desta Heresia que vc defende é: monarquianismo modalísitico. A ideia de que trata-se de uma só pessoa que apresenta-se de três maneiras diferentes. Não cremos em uma pessoa apenas compondo a divindade, mas Três seres divinos formando a Divindade. A deidade é composta pelo Pai, por Jesus e pelo Espírito Santo.
      Quanto a distinção entra Jesus e o Espírito Santo e quanto a intercessão feita por Jesus e pelo Espírito Santo a senhora White nos assegura:

      "O Espírito Santo é o Consolador, em nome de Cristo. Ele personifica Cristo, contudo é uma PERSONALIDADE DISTINTA." O Manuscrito 93, 1893

      "A obra está colocada diante de cada alma que reconhece sua fé em Jesus Cristo pelo batismo, e se tornou um recipiente da promessa das três pessoas – o Pai, o Filho e o Espírito Santo." Manuscrito 57, 1900

      “O Espírito Santo tem personalidade, do contrário não poderia testificar ao nosso espírito e com nosso espírito que somos filhos de Deus. Deve ser também uma pessoa divina, do contrário não poderia perscrutar os segredos que jazem ocultos na mente de Deus. "Por que qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus." I Cor. 2:11.” Manuscrito 20, 1906.


      SOBRE A INTERCESSÃO:

      "Cristo, nosso Mediador, e o Espírito Santo estão constantemente intercedendo em favor do homem; mas o Espírito não roga por nós como faz Cristo, quem apresenta seu sangue derramado desde a fundação do mundo; o Espírito atua sobre nossos corações extraindo orações e arrependimento, louvor e agradecimento. A gratidão que flui de nossos lábios é o resultado do que o Espírito faz ressoar nas cordas da alma com santas recordações que despertam a música do coração." Manuscrito 85, 1901.

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  2. Parabéns amigo pelo rico material! Aqui na minha região está surgindo um grupo dissidente pregando a heresia ariana, com apelo à negação da personalidade do Espírito Santo. Continue postando materiais comprovando a veracidade dos fatos!

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    1. Obrigado amigo Jonas. Continuamos firmes aqui. Terminei de escrever um livro recentemente sobre o assunto. É um livro resposta entende? Ele vai respondendo aos questionamentos levantados pelos antitrinitarianos. O livro ainda não foi publicado, mas creio que estará em breve.
      Estamos também à disposição para fazermos semana de oração. Ano retrasado fizemos em Brasília. Qualquer coisa, estamos por aqui.

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  3. Bom dia eu comprei a sexta edição do hinario adventista do sétimo dia mas percebo que os hinos não são os mesmos da quarta edição de 1943. Somente uns dois hino continuam no atual hinario. Pessoalmente prefiro o hinario de 1943, possuo este hinario em PDF mas a qualidade de resolução das partituras não são muito de boa qualidade, chega até a confundir um pouco a leitura e interpretação no solfejo. Tenho interesse em possuir um exemplar original de 1943 mas estou tendo dificuldades de encontrar este hinario da quarta edição 1943. Caso você saiba de alguém que tenha este exemplar e queira me vender e tenho interesse em comprar pois não gosto da atual edição. A quarta edição no meu entendimento e superior em conteúdo doutrinário nos hinos

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