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quarta-feira, 25 de março de 2015

Quem é Jeová?



Alguns dias atrás, quando eu estava saindo de casa, fui abordado por um jovem (aparentava uns 15 anos de idade), que me entregou um folheto com o chamativo título: "Quem é Jeová?".



O jovem, e seu companheiro (de uns 10 anos de idade) - assim como o folheto - são membros de uma denominação religiosa conhecida como "Testemunhas de Jeová". 



Uma das coisas que admiro nos "TJs" é esta disposição em fazerem um trabalho missionário persistente, de casa-em-casa e em duplas (nunca sozinhos). Já li alguns comentários de ex-integrantes desta denominação alegando que este "espírito missionário" dos TJs é fruto de uma intensa "lavagem cerebral" feita por parte dos dirigentes, para que os membros distribuam (vendam) as literaturas preparadas pela "Torre de Vigia" (editora da denominação).



Mas... isso não tira a minha admiração por vê-los tão ativos no esforço de fazerem a sua mensagem peculiar (e sectária, segundo alguns críticos) difundida na sociedade. Tenho amigos TJs, e sei que a grande maioria é de pessoas sinceras em sua fé, e que fazem o trabalho missionário com amor e dedicação.



O folheto que recebi despertou o meu desejo de colocar novamente aqui no blog uma postagem que tratasse do tema da Pessoa de Jesus, que, na visão dos Testemunhas de Jeová, não é Divino da mesma forma como o "Pai".



Quem é Jeová?



O "nome" de Deus aparece pela primeira vez em Gên. 2:4, que diz:



"Esta é a gênese dos céus e da terra quando foram criados, quando o SENHOR Deus os criou".



A palavra que, em nossa língua, foi traduzida por "SENHOR", aparece no texto original hebraico da seguinte maneira:








Em português, seria YHWH (escrito da equerda para a direita). Um fato curioso a se observar é que o hebraico antigo (conforme foi escrito o livro de Gênesis) não possuía vogais, as quais foram colocadas séculos depois por um grupo de escribas chamados de "massoretas".



Mas, como se pronuncia uma palavra sem vogais? Tente pronunciar o "tetragrama" acima e você verá como é difícil. Devido a esta dificuldade, e com o temor de pronunciarem o nome do Senhor em vão e de forma errada, os hebreus não o pronunciavam. Quando eles liam o texto bíblico e se deparavam com o tetragrama (YHWH), eles pronunciavam outro nome de Deus: Adonai (cf. Prov. 30:10). Com o tempo, a pronúncia correta do nome de Deus (YHWH) se perdeu.



Posteriormente, quando os massoretas foram colocar as vogais no texto bíblico, eles colocaram no tetragrama as vogais de ADONAI, fazendo com que a pronúncia ficasse parecida com o que hoje conhecemos em português por JEOVÁ. Mas, a bem da verdade, não podemos "bater o martelo" e dizer que este é o verdadeiro nome de Deus, porque, como mencionei acima, não se sabe como este era pronunciado originalmente.



Portanto, uma denominação que se apega a este nome "aportuguesado" (Jeová) para condenar as demais que não usam este título em sua identificação, não tem uma base muito sólida para sustentar suas declarações dogmáticas.



Jesus é "Jeová"?



Um outro ponto característico da doutrina dos TJs é o fato de que eles não crêem que Jesus é Deus, ou seja, na teologia Jeovista, Jesus é um "deus" menor em relação ao Pai. Para ver isto, basta dar uma lida nos primeiros versos do Evangelho de João, na versão Novo Mundo, editada pela Torre de Vigia.



"No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com o Deus, e a Palavra era [um] deus. Este estava no princípio com o Deus. Todas as coisas vieram à existência por intermédio dele, e à parte dele nem mesmo uma só coisa veio à existência" (João 1:1-3).



É uma interpretação estranha para um grupo que é radicalmente contra a Trindade (aliás, muitos dos argumentos dos antitrinitarianos "adventistas" são extraídos das publicações dos TJs), por alegar que esta é uma crença politeísta (mais um equívoco da parte deles). Dizer que Jesus é "um deus" menor que o Pai, isso sim, é politeísmo explícito... e herético!

A Bíblia é muito clara em dizer que Jesus é tanto Deus quanto o Pai e o Espírito. E o mais "curioso" é que a Bíblia coloca sobre Jesus o cumprimento das profecias e declarações veterotestamentárias sobre o próprio YHWH ("Jeová"). Vejamos...

O fato de Jesus ser mais do que humano é indicado ainda pelos títulos que Lhe foram atribuídos: "Senhor" (Atos 2:36); "Deus" (Jo. 20:28); “Eu Sou” (Jo. 8:58, conf. Êx. 3:14). Agrega-se a isso o fato de haver, na Bíblia, inúmeras referências à Sua preexistência (Jo. 8:58; Col. 1:16; Heb. 1:2; etc.), pressuposta pela própria realidade da encarnação. E, se Jesus não tivesse poder divino, jamais poderia ter dito “Eu sou a ressurreição e a vida” (Jo. 11:25); “Eu tenho autoridade para dar a minha vida, e a autoridade para tornar a tomá-la” (10:18); ou, então, “Quem me vê, vê o Pai” (14:9).

A divindade de Jesus pode ainda ser atestada nos seguintes aspectos:
• Sua autoridade - Mat. 7:28-29; Jo. 5:16-18;
• A adoração que recebeu - Mat. 26:16-20; Jo. 9:35-38;
• Seus requerimentos - Jo. 10:27; 11:25; 14:1;
• Sua unidade com o Pai - Jo. 10:30;
• Seu poder de ler o coração dos homens - Mar. 2:6; Jo. 2:23-25.

Outras Declarações Impressionantes:

Isa. 9:6 (O Messias seria o Deus Forte) - Jesus foi o Messias.
Jo 5:18 (Jesus assumia ser igual a Deus)
Jo 20:28 (Tomé reconhece Jesus como Senhor e Deus)
At 2:36 (Deus fez de Jesus, Senhor Cristo)
At 3:15 (Jesus é o Autor da vida) - E sabemos que Deus é este Autor.
Rm 9:1, 5 (Jesus é o Deus bendito)
Fp 2:5-7 (Jesus tinha a forma de Deus) - o termo usado é MORPHE - uma cópia "exata.
Col. 2:9 (toda a plenitude da Divindade estava com Ele)
Tt 2:13 (grande Deus e Salvador)
2Pe 1:1-2 (Pedro reconhece Jesus como Deus e Salvador)
1Jo 5:20 (Jesus é o verdadeiro Deus)

"Curiosidades"

A Bíblia diz que a "voz que clamava no deserto" viria preparar o caminho de "Jeová" (Is 40:3).
E o caminho de Quem João Batista preparou? (Mt 3:3)
Portanto, JEOVÁ = JESUS

As Escrituras dizem claramente que "Deus" seria vendido por 30 moedas (Zc 11:13).
E na vida de Quem isso se cumpriu? (Mt 26:15; 27:9)
Portanto, DEUS = JESUS

Conclusão

O título do folheto que recebi indagava: "Quem é Jeová?".
Pois bem, a resposta é uma só:
JESUS É JEOVÁ!



"Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida" (1João 5:12).



Retirado do site: http://prgilsonmedeiros.blogspot.com.br/2009/01/quem-jeov.html

Jesus é 100% Deus?





Há algumas denominações religiosas que não aceitam o ensino bíblico de que Jesus é tão divino quanto o Pai. Eles crêem que o Pai criou, em algum momento da eternidade, o Filho, que é uma espécie de deus menor (ou demiurgo, na concepção grega), inferior ao Pai.


Até mesmo uma nova versão da Bíblia foi escrita, na qual as referências a Jesus aparecem com um “d” minúsculo, quando Ele é chamado de “Deus” pelos discípulos.



Mas a Igreja Adventista não crê dessa forma. Os Adventistas crêem do mesmo modo que Paulo cria, ou seja, que em Jesus habita corporalmente toda a plenitude da divindade (cf. Col. 1:19; 2:9). Ou seja, para Paulo, todos os atributos divinos (eternidade, poder, caráter, etc.) habitam na Pessoa de Jesus, igualando-O ao Pai e ao Espírito.



Ademais, diversas passagens bíblicas também confirmam que Jesus possuía as prerrogativas divinas, reservadas nas Escrituras somente para Deus: 
a) Jo 1:18 – Ele é chamado de “Deus Unigênito”.
b) At 2:36 – Jesus é o Senhor e Cristo.
c) Tt 2:13 – Jesus é o nosso grande Deus e Salvador.
d) Mt 1:1 cf. Is 9:6 – O Messias era o Deus Forte.
e) Rm 9:1, 5 – Jesus é o Deus Bendito.
f) Fp 2:5-7 – Jesus tinha a forma (do grego MORPHÊ, “cópia exata”) de Deus.
g) 2Co 5:19-20 – Deus estava em Cristo
h) Jo 5:18 – Os judeus entenderam quando Jesus afirmou que era igual a Deus.
i) Jo 10:30 – Jesus é um com o Pai.
j) Hb 1:1-8 – Jesus ocupa o mesmo lugar que o Pai na Majestade celeste.
l) At 3:15 – Jesus é o Autor da Vida. 
m) Jo 20:28 – Tomé chamou Jesus de “Senhor” e “Deus”, e Ele não repreendeu o apóstolo, por um possível “exagero” ou "blasfêmia".
n) Ap 1:8 – Jesus chama para Si atributos pertencentes unicamente à Divindade.
o) 2Pe 1:1-2 – Jesus era reconhecido pelos apóstolos como nosso Deus e Salvador.
p) Mt 3:3 cf Is 40:3 – João Batista viria preparar o caminho de Jeová. E a Bíblia afirma expressamente que este caminho levou até Jesus.
q) Zc 11:13 cf. Mt 27:9 – a profecia diz que Deus seria vendido por 30 moedas de prata, o que aconteceu em Jesus. 
r) 1Jo 5:20 – Jesus é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
s) Jd 25 – Jesus é Senhor e Deus do cristão.



Seguindo todas estas inquestionáveis verdades bíblicas, os Adventistas não poderiam deixar de crer que Jesus é tanto Deus quanto o é o Pai e o Espírito Santo.



Pena que a onda (já decrescente, graças a Deus) de questionamentos sobre a Trindade, na tentativa de deturpar a imagem pessoal e divina do Espírito Santo, acaba por atingir também a divindade de Jesus.



Não é à toa que o "pai" (Ário) dos argumentos que os antitrinitarianos utilizam hoje, iniciou suas heresias questionando a divindade de Jesus Cristo. Mas isso os antitrinitarianos fazem de conta que não sabem...


Retirado do site: http://prgilsonmedeiros.blogspot.com.br/2008/11/faq-jesus-100-deus.html

A Divindade - Parte I


Muito tem sido escrito nestes últimos anos sobre o tema da TRINDADE no meio Adventista do 7º Dia. Parte deste movimento literário se deve ao fato de esta doutrina bíblica estar sendo amplamente questionada por movimentos anti-trinitarianos (que não crêem na Trindade, como os Testemunhas de Jeová, por exemplo).

Todo este questionamento acabou trazendo algum proveito para a Igreja, uma vez que levou às pessoas a buscarem estudar melhor o assunto, solidificando o que já se cria - que a Divindade é formada por 3 Pessoas distintas. Na década de 80, houve também um movimento mundial de dúvidas sobre o tema do Santuário, o que levou a Igreja a também aprofundar os conhecimentos nesta doutrina, promovendo a grande base teológica que possuímos hoje sobre o assunto do Santuário e sua simbologia.

Como creio que a doutrina da TRINDADE já foi amplamente estudada e defendida pelas publicações oficiais da Igreja Adventista (como o livro "A Trindade", da Casa Publicadora Brasileira, por exemplo; além de inúmeros artigos que estão sendo regularmente publicados na Revista Adventista e em outras publicações de acesso geral à membresia), eu não vou aqui "chover no molhado". Até mesmo porque estudaremos na lição da ES sobre este tema durante os próximos dias...

Apenas para atender a sugestões de alguns queridos leitores deste BLOG, vou colocar um resumo de uma parte do excelente artigo do Pr. Demóstenes Neves (professor do Seminário de Teologia do IAENE), que é, ao meu ver, um dos maiores conhecedores deste assunto no Brasil. Os interessados poderão pegar aqui a íntegra do artigo do Pr. Demóstenes, o qual foi publicado na Revista Teológica do SALT-IAENE de Julho de 2001.

Três Pessoas Distintas


Note-se os quinze exemplos que se seguem, da individualidade e ação conjunta da Divindade em três Pessoas:

1. (Jo 14:16) “E eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro (do grego "allos" = outro igual) Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco.”

2. (Jo 14:26) “a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito”.

3. (At 1:1-4) exercendo funções diferentes: as ações de Jesus (v. 1); a intermediação do Espírito Santo (v. 2) e a promessa do Pai (v. 4).

4. (At 2:32, 33) Jesus ressuscitado (v. 32) a promessa do Pai e o Espírito Santo derramado (v.33).

5. (At 2:38-39) O batismo em nome de Jesus (v. 38); o Dom do Espírito Santo (v. 38) e o chamado de Deus.

6. (Atos 4:8-10) Pedro cheio do Espírito Santo (v. 8); Jesus crucificado e Deus que O ressuscitou (v. 10).

7. (Atos 4:24-26) Deus, o soberano (v. 24); o Espírito Santo que falou pela boca de Davi (v. 25) e o Ungido do Senhor (v. 26).

8. (Atos 5:31-32) Deus que exaltou (v. 31); o Salvador (Jesus) e o Espírito Santo que é testemunha juntamente com os apóstolos (v. 32).

9. (Atos 7:55-56) o Espírito Santo enchendo Estevão que vê Deus no Céu e Jesus à Sua direita.

10. (Atos 10:46-48) Deus é engrandecido por pessoas que receberam o Espírito Santo e foram batizados em nome de Jesus.

11. (Atos 20:21-23) o arrependimento para com Deus e a fé em Jesus (v. 21) e o Espírito Santo que adverte das provações (v. 23).

12. (Ef 1:13-17) selados com o Espírito da promessa, o qual é penhor até ao resgate de Sua propriedade (v. 13); a fé no Senhor Jesus (v. 15) e Deus, o Pai da Glória (v. 17).

13. (Tt 3:4-6) a benignidade de Deus (v. 4); o lavar renovador do Espírito Santo (v. 5) e a mediação de Jesus Cristo (verso 6).

14. (Hb 10:12-15) Jesus que Se ofereceu e está à destra de Deus (v. 12) e o Espírito Santo que também disso dá testemunho (v. 15).

15. (1Co 2:10-12, 16) as coisas de Deus somente podem ser reveladas pelo Espírito. Esse Espírito vem de Deus e só ele conhece as coisas de Deus e nós temos a mente de Cristo (v. 16).

Muitas outras passagens poderiam ser citadas para indicar a presença de três Pessoas na ação de Deus como Trindade (por exemplo: Rom. 15:30 e 1Cor. 12:4-6).

Mas para quem está disposto a aceitar a revelação bíblica, um versículo apenas já seria suficiente...

Esta é a Igreja!


Retirado do site: http://prgilsonmedeiros.blogspot.com.br/2007/10/divindade.html

A Divindade - parte II



O "antitrinitariano" Uriah Smith


Há alguns meses, estive relendo o excelente livro do Dr. George Knight sobre o debate Adventista ocorrido em 1888 acerca da justificação pela fé ("A mensagem de 1888", Casa Publicadora Brasileira, 2004). Sugiro a leitura desta obra a todos os que desejam conhecer melhor a história da nossa Igreja, e como as doutrinas que hoje temos como "ponto pacífico" foram resultado de profundos e acalorados estudos dos nossos primeiros líderes.



Ao ler o livro, me veio à mente a maneira quase idolátrica com que alguns dissidentes modernos tratam alguns dos personagens históricos do Adventismo. Tais pessoas, ou por ignorância (talvez por isso "toda ignorância seja atrevida", como dizia o Pr. Luiz Nunes nos meus tempos de Seminário), ou por má fé, ou pela junção destes dois motivos... insistem em afirmar que TUDO o que os pioneiros ensinaram deve ser considerado como a suprema e infalível revelação do Senhor para o Movimento Adventista.



Como já mencionei aqui, um dos preferidos é o Pr. Uriah Smith. Como ele se declarava antitrinitariano (ou seja, contrário ao ensino da Trindade), seus argumentos são utilizados como prova máxima para os dissidentes "internéticos", de que a compreensão atual da IASD sobre a doutrina bíblica da Trindade é uma fraude, e que os pioneiros não criam neste ensino, sempre citando Uriah Smith como o mais destacado apologeta da época.



Não há dúvidas de que Uriah Smith deu uma imensa contribuição à Igreja, em especial com relação aos temas proféticos de Daniel e Apocalise. Mas um estudo sincero e sem preconceitos da História do Adventismo mostrará que o Pr. Smith está longe de ter sido INFALÍVEL em seus posicionamentos doutrinários. Tenho certeza que isso você nunca leu em algum material distribuído pelos sites dos adeptos do antitrinitarianismo.



Apenas para defesa da verdade, quero destacar alguns parágrafos do livro acima citado:



"[Uriah] Smith não se indispôs apenas com Waggoner (outro protagonista da crise soterológica de 1888), mas também com Ellen White no período pós-1888, pelo fato de ela haver apoiado os dois jovens pastores em Minneápolis. Durante os anos seguintes, Smith seria líder do grupo envolvido em lançar dúvidas sobre o trabalho de Ellen White" (pág. 150).



Vejo que o Pr. Smith, apesar de todo conhecimento profético que dispunha, não era muito humilde para aceitar que estava errado, e, assim como muitos fazem hoje, quando lhes faltava bons argumentos, apelava para o ataque ao Espírito de Profecia, colocando dúvidas sobre a direção divina do ministério de Ellen White... mudam os soldados, mas as armas continuam as mesmas!



"Em março de 1890, [Ellen White] endereçou uma carta para Smith, dizendo que desde Minneápolis ele estava 'enganando a si mesmo e aos outros'. Disse ainda que ele havia 'enfraquecido a mente e a fé' de muitos nos Testemunhos" (idem).



Ai está o resultado de lançar as sementes da dúvida, da rebeldia e da crítica: a apostasia
Não é isso o que tem acontecido com estes dissidentes modernos que trabalham unicamente para minar a fé do povo da profecia? Não é essa a mesma situação que temos hoje verificado na vida de muitos que deixam as fileiras do Adventismo, para se aventurarem em movimentos puramente cismáticos? Onde estão os talvez milhares de leitores dos sites dissidentes? Estão todos firmes na fé? 



"Durante três anos, porém, as palavras [de advertência e exortação a Uriah Smith para que se voltasse para a Verdade] caíram em ouvidos moucos. Smith havia cavado um buraco e se enterrado nele. Em 25 de novembro de 1890, ela escreveu: 'você é bem parecido com o pastor Butler [o presidente da denomianção na época, e que também rejeitou, a princípio, o ensino sobre a salvação unicamente pela fé] - não confessa um passo errado e dá muitos outros para justificar o primeiro. Se você vencesse essa obstinação que está arraigada em sua vida e caráter, o poder de Deus faria de você um homem de eficiência até a própria consumação dos séculos" (idem).



Como seria bom que os "ouvidos moucos" do antitrinitarianismo de hoje em dia também se abrissem para a beleza da revelação bíblica, que só existe na unidade, e NUNCA na divisão! Fecho os olhos, e imagino Ellen White escrevendo as mesmas palavras para alguns líderes antitrinitarianos de nossos dias... "Crede nos Seus profetas e prosperareis"... Aleluia! 



"Em janeiro de 1891, ao acompanhar a leitura de uma Semana de Oração redigida por Ellen White enfatizando o arrependimento em relação com a justiça pela fé, [Smith] convocou uma reunião com ela e diversos ministros da direção da obra. Nessa reunião confessou muitos dos erros que cometera em Minneápolis. Conforme disse a Sra. White: 'Ele havia caído sobre a Rocha e se quebrado'" (pág. 151).



Que coisa linda!
Um grande líder, eminente teólogo, que equivocou-se feio em sua interpretação sobre o tema da salvação (já imaginou quantos foram influenciados para a perdição com o erro doutrinário de Uriah Smith????!!!!!), mas que soube arrepender-se e pedir perdão publicamente pela sua falsa interpretação da Bíblia. É uma pena, porém, que tenha demorado tanto tempo!


Oro a Deus para que os "fãs de Uriah Smith" de hoje também se encham do mesmo espírito de humildade que ele teve, e o quanto antes reconheçam o grande mal que estão fazendo ao se rebelarem contra a Divindade.


Afinal, quantos mais ainda serão desviados da fé para as trevas da crítica e da apostasia?!


"A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós" - 2Cor. 13:13.


Retirado do site: http://prgilsonmedeiros.blogspot.com.br/2008/10/o-antitrinitariano-uriah-smith.html

Divindade - Parte III



Dando continuidade à postagem anterior sobre a Divindade de Cristo, vou agora falar um pouco sobre o tema da Trindade, tão "bombardeado" atualmente no meio Adventista, especialmente no Brasil. Apresentarei aqui apenas uma parte de um artigo que publiquei, e que pode ser encontrado no arquivo do ADVIR (clique aqui).



Há algum tempo recebi uma correspondência enviada para várias igrejas, dirigidas genericamente para líderes locais. O remetente destas cartas é um movimento chamado de "Ministério 4 Anjos", que procura solapar na mente do Adventista a doutrina bíblica e racional da 3ª Pessoa da Trindade - o Espírito Santo. 


O pessoal do “Ministério 4 Anjos” tenta levar o pensamento dos leitores à certeza de que Ellen White ensinou que tudo que os pioneiros diziam, seja o que for, era uma verdade absoluta, incapaz de conter erros ou concepções humanas.


Para tanto, eles começam a “pescar” algumas citações de artigos escritos por ALGUNS destes pioneiros, como se tais artigos representassem a fé geral dos Adventistas naquele tempo. Interessante notar que eles só escolheram citações de pessoas que condenavam a Trindade, pois certamente haviam outros PIONEIROS que aceitavam esse ensinamento bíblico (mas é mais fácil ocultar parte da verdade... e essa é uma tática do inimigo de Deus).



Todas as citações escolhidas eram de datas bem remotas (1856, 1861, 1863, 1869). Veja que são utilizados artigos publicados apenas alguns anos após o surgimento da Igreja, que oficialmente só ocorreu em 1863. Neste período o corpo de doutrinas ainda estava sendo formado, e não se pode dizer que porque ALGUNS pioneiros tinham pensamento contrário ao ensinamento bíblico sobre a Trindade, isto significa que esta era a voz de Deus para Sua Igreja naquela época.



Ao longo dos primeiros anos, foram muitos os pontos doutrinários que foram sendo alterados, pois os pioneiros vinham de diferentes denominações religiosas (dentre elas a Conexão Cristã, que era anti-trinitariana), e por isso ainda traziam uma “bagagem” doutrinária que precisava ser deixada de lado. As orientações foram progressivas, e no decorrer dos anos, diversos pontos errados foram abandonados, e outros tomaram forma.



Eis alguns exemplos:



SÁBADO – A grande maioria dos pioneiros não acreditavam na guarda do sábado, pois vinham de denominações que desprezavam a lei de Deus e santificavam o domingo. Quando Joseph Bates surgiu com esta mensagem da santidade do sábado, muitos se opuseram, a princípio. Mas Deus orientou Sua Igreja durante os anos de estudo da doutrina, e a mensagem do sábado foi aceita e clarificada progressivamente, até tornar-se a torrente de luz que conhecemos hoje.



PREGAÇÃO DO EVANGELHO – Os que participaram da pregação de Guilherme Miller sobre a volta de Jesus, e passaram pelo desapontamento de 1844, ainda demoraram certo tempo para poderem compreender seu papel na pregação da verdade presente. Alguns achavam que não necessitavam pregar para ninguém, pois a porta da graça já estava fechada (entre estes estava a própria Ellen Harmon – que depois do casamento se tornaria Ellen White – também cria dessa forma: Tiago White, Joseph Bates, etc.); outros acreditavam que só deveriam pregar entre os americanos, e por isso as atividades missionárias só ocorreram alguns anos mais tarde, quando só então os missionários começaram a cruzar os mares para levar a mensagem do Advento a outros povos. Deus, ao longo do tempo, também precisou orientar Sua igreja sobre este assunto. Esta teoria (chamada de “teoria da porta fechada” só foi abandonada plenamente após 1849, quando Ellen White recebeu iluminação especial sobre o tema. Os pioneiros estavam equivocados também neste ponto, e se fôssemos aceitar TUDO que eles ensinaram e escreveram, também deveríamos deixar de pregar para o mundo, ou melhor, nem mesmo nós teríamos ouvido a mensagem, pois ela nunca deveria sair dos Estados Unidos, conforme criam alguns NO COMEÇO.



TEMPERANÇA E REGIME ALIMENTAR – É interessante observar que, NO COMEÇO, muitos dos pioneiros defendiam o consumo abundante de carne de porco, uso do fumo, e hábitos alimentares e físicos que muito comprometeram a saúde de alguns pioneiros daquela época. Muitos morreram na flor da idade, por não se preocuparem com a reforma de saúde ou hábitos temperantes do dia-a-dia. Somente em Junho de 1863 foi que Ellen White recebeu uma visão mais detalhada sobre a reforma de saúde, que seria a primeira de muitas outras que o Senhor daria para orientar Sua Igreja. Também neste assunto foi necessário que o Senhor conduzisse PROGRESSIVAMENTE Sua Igreja, para que ao longo do tempo a reforça de saúde e temperança passasse a fazer parte do estilo de vida dos Adventistas do 7º Dia. Se fôssemos dar ouvidos absolutamente a TUDO que os pioneiros ensinaram, também deveríamos voltar a comer carne de porco (e olha que uma banda de porco era o salário pago a alguns dos pastores da época), usar o fumo, e outros absurdos que foram cometidos, ENQUANTO O SENHOR NÃO OS ILUMINOU TOTALMENTE SOBRE O ASSUNTO.



JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ – Todos sabem que a grande controvérsia na Igreja Adventista sobre o tema da justificação pela fé, ou seja, do modo como o homem é salvo por Deus, ocorreu na década de 1880, culminando na Conferência Geral de 1888. Haviam acirrados debates entre os dois principais grupos dos nossos pioneiros: de um lado os que criam numa salvação puramente pela fé, independente das obras (Ellen White, Jones e Waggoner, por exemplo); e do outro lado estavam os que eram conhecidos por “legalistas”, pois achavam que a salvação só vinham como conseqüência de obedecer detalhadamente a lei de Deus. Para este segundo grupo, a salvação não se dava somente pela fé, mas o homem também precisava fazer sua parte (as obras) para que fosse considerado “apto” a alcançar a salvação. O próprio Uriah Smith (tão citado pelo “Ministério 4 Anjos” e demais anti-trinitarianos como o sumo representante do pensamento dos nossos pioneiros) era assumidamente legalista, e utilizava as publicações da Igreja (pois ele era o editor da Review and Herald na época) para defender seus pontos de vista, em oposição a outros que defendiam a justificação pela fé, como Ellen White, Jones e Waggoner. Eu pergunto: estava Uriah Smith certo em defender a salvação pelas obras? Ele chegou mesmo a se opor aos próprios conselhos de Ellen White. Felizmente, Uriah Smith, George Butler (o próprio Presidente da Conferência Geral na época), e outros, reconheceram QUE ESTAVAM ERRADOS, e a crise foi resolvida. A Igreja Adventista passou a intensificar esta doutrina, que sempre existiu, mas que estava adormecida devido ao pensamento EQUIVOCADO de ALGUNS de nossos pioneiros. Foi a partir de então que Ellen White escreveu os grandes livros sobre a justificação pela fé – Caminho a Cristo, Desejado de Todas as Nações, Maior Discurso de Cristo, etc.
Esta é mais uma prova de que a consolidação do corpo doutrinário da Igreja Adventista se deus com o tempo, e não podemos pegar citações de livros isolados do início do Movimento e dizer que tais pensamentos eram os “marcos” doutrinários que jamais poderiam ser removidos.



DOUTRINA DA CARNE SANTA – Este era um ponto interessante defendido por alguns pioneiros, que logo deixou de ser pregado, tamanho o absurdo teológico que representava. Os defensores de tal teoria diziam que estavam com a “carne santa” e por isso não poderiam mais pecar. Estavam selados pelo Espírito Santo de tal maneira que nada os poderia influenciar novamente para a vida de pecado. Em poucos anos esse ensino foi abandonado, também devido à PROGRESSIVA orientação dada por Deus à Sua Igreja que estava ainda dando seus primeiros passos. Deveríamos, também, voltar a crer neste ENSINO DOS PIONEIROS? Seria este também um dos tais “marcos doutrinários”? É óbvio que não!



Mais informações sobre o desenvolvimento teológico de nossas doutrinas pode ser encontrado em livros da história denominacional de nossa Igreja, como, por exemplo, no excelente livro do Pr. Enoch de Oliveira, chamado A Mão de Deus ao Leme.



Como exposto acima, foram muitos os pontos doutrinários equivocados nos quais criam ALGUNS pioneiros do movimento adventista, ainda em seus primeiros anos. 



Não podemos dizer que TUDO que eles ensinaram, mesmo através de nossas revistas e periódicos, era a máxima expressão da verdade presente. Muitos se utilizavam de sua influência como redatores e diretores das revistas para escreverem em defesa de seus pontos de vista PARTICULARES (como Uriah Smith, por exemplo), apesar de que haviam outros que discordavam de suas opiniões. 



Ao longo do tempo, o Senhor concedeu orientações à Sua amada Igreja, através do ministério de Ellen White, para que esses equívocos fossem retirados, e a doutrina pura de Cristo se aprofundasse no movimento Adventista.



O mesmo ocorreu com a Trindade, que foi fortalecida nos escritos de Ellen White, e estabelecida como doutrina bíblica fundamental das Escrituras, ainda na época do ministério da profetiza do Senhor.



Retirado do site: http://prgilsonmedeiros.blogspot.com.br/2007/10/divindade-parte-ii.html

A Divindade - parte IV



Tenho recebido e-mails de alguns anti-trinitarianos que questionam a série de postagens que venho colocando sobre o tema da Trindade. 



A confusão que fazem dos textos da Bíblia é gritante. Um princípio básico da interpretação da Bíblia é que não podemos isolar um texto de seu contexto, ou seja, você não pode utilizar um versículo bíblico isoladamente, e desprezar todo o restante que as Escrituras ensinam sobre o assunto.



O Espírito Santo não é uma energia impessoal*



Há uma grande confusão feita entre o Espírito Santo e uma energia, poder, força, etc. No entanto a Bíblia deixa bem clara a diferença entre Pneuma Hagios (O Espírito Santo) e dinamis (poder, milagre, sinais, força, etc.).



Em Zac. 4:6, por exemplo, na tradução grega da LXX (Septuaginta, a tradução do AT para o grego, usada nos tempos de Jesus), afirma-se que a obra de Deus não será feita por força (do grego dinamei megalou = grande força) nem por violência, mas pelo meu Espírito (grego pneuma). Isto é, o Espírito do Senhor dos Exércitos, conforme a Bíblia hebraica e a versão grega judaica, é diferente de poder, força, energia. Sua presença significa poder, mas Ele é um ser pessoal.



Em Atos 1:6-8 (especialmente o v. 8) é esclarecido que o poder (dinamis) vem com o Espírito, pois Ele é o portador do poder: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo” (v. 8). Note que nesse trecho, mais uma vez, aparecem três pessoas: o Senhor Jesus sendo inquirido pelos discípulos (v. 6); o Pai (v. 7) e o Espírito Santo que ao vir lhes daria poder. Uma passagem trinitária a mais que demonstra que o Espírito Santo não é apenas um nome para uma energia impessoal, mas Ele é REALMENTE um Ser pessoal e Divino.


Em Atos 10:38 há outra passagem que dá ênfase na diferença entre a pessoa do Espírito Santo e força, poder, energia. Mais uma nova passagem trinitária que diz o seguinte:


"Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele".



Nessa passagem percebe-se CLARAMENTE as três Pessoas. Aqui Jesus é ungido com o Espírito Santo, uma alusão ao óleo da unção no AT, “e” (grego kai = e, conjunção aditiva) com poder. Isto é, além da presença do Espírito Santo, Jesus recebeu poder. Se o Espírito Santo fosse sinônimo de poder, como sendo a mesma coisa, não teria sentido dizer que Deus o ungiu com “poder e poder”. As palavras, o contexto e a gramática parecem deixar claro que não é correto dizer que o Espírito Santo é apenas outro "nome" para energia, poder.



Várias outras passagens esclarecem mais o ponto em questão, como 2Cor. 6:6, 7; que faz uma relação das características do ministério do apóstolo Paulo (v. 4). No verso 6 ele afirma que uma das características que recomendam o seu ministério é a presença do Espírito Santo e no verso 7 ele apresenta outra característica apostólica: o poder de Deus (do grego dinamei theou), portanto, dois elementos diferentes.



A passagem de 1Ts 1: 3-5, especialmente o v. 5, também menciona as três Pessoas da Trindade e ajuda a distinguir o Espírito Santo de poder, energia. Nessas passagens aparecem Deus Pai e Jesus (v. 3) e o Espírito Santo (v. 5). Neste último versículo se declara a distinção entre poder e o Espírito Santo com a expressão “em poder, no Espírito Santo”. Poder e Espírito Santo são dois, não o mesmo, separados pela expressão “e em”.



Também mencionamos Heb. 2:3-4, destacando que a palavra "milagre" é a mesma palavra grega para "poder" (dinamis). Assim, Deus manifestou Seu poder e (kai = e, aditiva) concedeu Seu Espírito Santo. Hebreus 6:4-6 também dá ênfase semelhante. O cristão se torna, pela conversão, participante (companheiro) no Espírito Santo, conforme o verso 4. Já no verso 5 é dito que provamos a “boa palavra" e os poderes do mundo vindouro”. Há uma forma diferente, segundo esta passagem, de se relacionar com o poder “provando-o” (grego geusoménos = como alimento, percepção, experiência) e com o Espírito sendo “parceiro” (grego metókous geneténtas = tornar-se participante) como sócio, amigo.



Finalmente, veja-se 1Pedro 1:2, onde as três Pessoas também aparecem com ações pessoais e distintas. A presciência de Deus; a santificação do Espírito e a aspersão do sangue de Jesus. O texto lido até o verso 5 mostra neste último versículo que o poder é uma ação de Deus, como outros dons, para guardar o crente na fé, e é distinto do Espírito Santo. A expressão “poder de Deus” não significa que Deus seja impessoal, como também a frase “poder do Espírito” relacionada ao Espírito Santo não quer negar Sua personalidade.



Portanto, não há razão bíblica para confundir o Espírito Santo, o Consolador, com uma energia impessoal. 



Os panteístas (que crêem que Deus está em tudo) fazem o mesmo com Deus, o Pai, usando muitos argumentos semelhantes aos que são usados pelos que tentam tornar o Espírito Santo uma mera força energética. Embora buscando expressões bíblicas, para provar o contrário, o texto bíblico deixa evidente que tanto o Pai como o Espírito Santo são Pessoas.



* Adaptado de artigo do Pr. Demóstenes Neves, SALT-IAENE.




Em breve estudaremos outros pontos da doutrina bíblica da Trindade.


"A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós" (2Cor. 13:13).


Retirado do site: http://prgilsonmedeiros.blogspot.com.br/2007/10/divindade-parte-iv.html

Divindade - Parte V



É mesmo impressionante como as pessoas se apegam em argumentos frágeis para tentarem fundamentar um questionamento teológico.



Este tipo de situação é visto com freqüência entre os que dizem não crer na doutrina bíblica da Trindade.



Uma pergunta, certa vez apresentada, foi a seguinte (baseada em João 10:30): 
"Por que Jesus não disse: Eu, o Pai e o Espírito Santo somos um"?



Este verso de João 10:30 foi até usado como título de um conhecido livro anti-trinitariano divulgado no meio Adventista brasileiro.



A resposta para esta pergunta é muito simples...*



Primeiro, porque o capítulo 10 do evangelho de João está tratando de um debate entre Jesus e os Judeus sobre se Ele era o Messias. Não se tratava de um questionamento sobre as Pessoas da Divindade, mas se Jesus era ou não enviado pelo Pai. O contexto da passagem deixa isso muito claro.



Segundo, se desejarmos saber a natureza e missão do Espírito Santo, os capítulos a pesquisar terão que ser outros: 14, 15 e 16. Neles se declara que o Espírito Santo é "outro" Consolador (a palavra aqui traduzida por "outro" vem do grego ALLÓS , que significa "outro igual", "da mesma natureza". Diferente de HETERÓS, que significa outro "diferente", por exemplo: "heterossexual" - aquele que é atraído por "outro" ser do sexo oposto). 



Nestes capítulos o Espírito Santo ainda é chamado de "Ele", "Aquele" (do grego EKEINÓS, que é um pronome PESSOAL, MASCULINO, SINGULAR, conforme a gramática grega).


Também é dito que a obra do Espírito Santo seria mais ampla (todo mundo), mais profunda (dentro de vós) e mais duradoura (para sempre) do que a de Jesus. O próprio Jesus também disse que o Espírito Santo seria mais "conveniente" do que Ele próprio ("convém-vos que eu vá..." - "convém" é a tradução do grego SUNFEREI, que significa "vantajoso", "lucrativo"). Veja como fica ridícula a afirmação de que o Espírito Santo é o próprio Jesus! É como se Ele disse que Ele tinha que ir porque seria melhor que Ele voltasse para os discípulos! Como é possível acreditar em algo tão absurdo?!


É também um absurdo (ou, no mínimo, ingênuo) perguntar por que Deus não disse isso ou aquilo em determinada parte da Bíblia. O que devemos fazer é aceitar o que Ele diz, não importando em que parte da Bíblia esteja. 



Uns dizem assim: 
- Onde aparece a palavra "Trindade" na Bíblia?



Alguém, usando este mesmo tipo de argumento, poderia dizer: 
- Por que o nome de Deus não é mencionado no livro de Ester? Será que o autor não cria em Deus?
Isso é mera especulação. 



Mas um descrente teimoso desafiaria:
- Mostre-me o nome "Jesus" no AT e "Jeová" no livro de Ester que eu crerei no Cristianismo.



Outro poderia dizer:
- Mostre-me onde a Bíblia apresenta a palavra "cigarro", condenando-o, e eu deixarei de fumar.



Ainda outro:
- Diga-me onde aparece a repetição do mandamento proibindo as imagens no NT, e eu deixarei de adorar (venerar?) meu santinho.



Outros ainda dizem:
- Mostre-me o nome de Ellen White na Bíblia e eu acreditarei que ela é uma profetisa.



Essas pessoas NÃO QUEREM crer, e procuram a "verdade" que precisam nos lugares onde sabem que ela não está. Além do mais, desprezam TODAS as outras claras evidências onde ela está, de forma nítida. 



“Buscai, e achareis...”, é o conselho de Cristo.



Para compreender a unidade do Espírito Santo com o Pai e o Filho, basta ler as passagens onde os três aparecem juntos, e ainda sendo colocados com os mesmos atributos (qualidades) e prerrogativas (direitos). Algumas postagens anteriores eu coloquei uma extensa lista dessas passagens para o pesquisador sincero verificar.



* Adaptado de material do Pr. Demóstentes Neves, SALT-IAENE.



"A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós" (2Cor. 13:13).


Retirado do site: http://prgilsonmedeiros.blogspot.com.br/2007/10/divindade-parte-v.html

A Divindade - parte VI




Um argumento bastante (mal) usado pelos anti-trinitarianos é o verso de Deuteronômio 6:4, que diz:

"Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o ÚNICO Senhor".


Eles enfatizam que a palavra ÚNICO é uma prova inequívoca de que o Judaísmo primitivo não aceitava a idéia de uma Trindade.


Há algum tempo, assisti uma palestra do Pr. Ivanaudo Oliveira, Ministerial da União Nordeste Brasileira da IASD, que expôs este tema de forma clara porém profunda. Aproveito para transcrever parte desta palestra aqui (em azul), para que você veja como a verdade "liberta" (cf. João 8:32).

Vamos fazer uma análise da palavra “ÚNICO”


Na língua Hebraica, há duas palavras para determinar uma UNIDADE.
1. Se for uma unidade absoluta, usa-se a palavra YACHID (pronuncia-se IARRID).
2. Mas, se for uma unidade composta, usa-se a palavra ECHAD (pronuncia-se ERRAD).



Vejamos alguns exemplos de cada uma das palavras.


Gênesis 2:24: "Portanto deixará o varão o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos UMA CARNE".
Um homem e uma mulher formam uma unidade composta (mais de 1).



Ao decifrar os sonhos de Faraó, José falou: "O sonho de Faraó é UM SÓ" (Gen. 41:25).
Embora fossem dois sonhos, José disse que eles formavam uma unidade composta (mais de 1).



Quando os espias voltaram trazendo os frutos da terra, Moisés escreveu: "Depois vieram até o vale de Escol, e dali cortaram um ramo de vide com UM cacho de uvas" (Núm.13:23).
Um cacho de uvas é uma unidade composta de muitas uvas (várias uvas).



Em todos os exemplos mencionados, a palavra usada foi ECHAD.
E como já vimos, esta palavra indica uma UNIDADE COMPOSTA (ou seja, envolve mais de 1 elemento).



Agora vamos ler Gênesis 22:2: "E disse: Toma agora o teu filho, o teu ÚNICO filho a quem amas, e vai-te a terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto..."


Verso 12: "Não estendas a tua mão sobre o moço... agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu ÚNICO".
Aqui é uma unidade absoluta. Isaque era único em sua espécie. Neste caso, a palavra usada foi YACHID.



Voltemos agora para Deuteronômio 6:4.
Qual palavra será que Moisés usou aqui: ECHAD ou YACHID?



Ele usou a palavra ECHAD
Logo, quando a Bíblia diz que o Senhor Deus é o “único” Senhor, está falando de uma UNIDADE COMPOSTA (mais de 1)

Mais uma vez, a Bíblia explica-se a si mesma. Como vemos, certamente era própria da linguagem hebraica já nos tempos de Moisés a concepção de uma Divindade Plural, ou seja, Um Deus formado por mais de 1 Pessoa Divina. E como a Bíblia como um todo demonstra (ver postagens anteriores sobre o tema), esta Divindade é formada por 3 Pessoas (o Pai, o Filho e o Espírito Santo).
A TRINDADE NOS ESCRITOS DE ELLEN WHITE

Ellen White veio com sua família da igreja Metodista para o Movimento Adventista. Como os Metodistas são trinitarianos, é lógico pensarmos que ela era trinitariana.
No começo de seu ministério, embora chamada e eleita por Deus como profetisa, não se pode afirmar que ela tivesse compreensão clara e cabal de todos os assuntos doutrinários.

1. Em outubro de 1844, ela cria como os demais na doutrina da porta fechada;
2. Após sua primeira visão em dezembro de 1844, ela ainda continuou a observar o domingo.
3. E mesmo após aceitar o sábado, continuou a guardá-lo erroneamente das seis horas da tarde de sexta-feira até às seis horas da tarde do sábado, até que Deus lhe mostrou em visão que estava errada neste ponto.
Assim sendo, podemos afirmar que embora ela fosse trinitariana a princípio, seu conhecimento maior, mais abarcante e mais completo desta doutrina foi aprofundado dos anos de 1890 para frente.


Em 1898, com a publicação de O Desejado de Todas as Nações, parece que esta fase madura do assunto tornou-se muito clara e definida em seus escritos.


Veja algumas citações dela a partir destas datas:
"O príncipe da potestade do mal só pode ser mantido em sujeição pelo poder de Deus na terceira pessoa da (Divindade) Trindade, o Espírito Santo".
Special Testimonies, Série A, nº 10, pág. 37 (1897).



"Cristo enviou Seu representante, a terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo. Nada podia superar esse Dom".
Manuscrito 44 (1898). Citado em Meditações Matinais de 2002, pág. 301.


"Ao pecado só se poderia resistir e vencer por meio da poderosa atuação da terceira pessoa da Divindade (Trindade), a qual viria, não com energia modificada, mas na plenitude do divino poder".
O Desejado de Todas as Nações, pág. 671.


"Os eternos dignitários celestes - Deus, Cristo e o Espírito Santo - munindo-os [aos discípulos] de energia sobre-humana, ... avançariam com eles para a obra e convenceriam o mundo do pecado".
Manuscrito 145 (1901).


"Há três pessoas vivas pertencentes à Trindade celeste; em nome destes três grandes poderes - o Pai, o Filho e o Espírito Santo - os que recebem a Cristo por fé viva são batizados, ... e esses poderes cooperarão com os súditos obedientes do Céu em seus esforços para viver a nova vida em Cristo”.
Special Testimonies, Série B, Nº 7, págs. 62 e 63 ( 1905). Citado em Evangelismo, pág. 616.


Conclusão
Enquanto o Pai nos espera de braços abertos, e o Filho intercede por nós no santuário celestial, ouçamos a voz do Espírito Santo que, juntamente com a esposa, diz “vem”.
(Apoc. 22:17)


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Veja que não é muito complicado entender o assunto. Basta querer!

É uma pena que tanta gente prefira continuar questionando a doutrina da Trindade, e abandonando o corpo de Cristo.

Mas sabe por que há hoje tanta controvérsia sobre este tema?
Atente novamente para as palavras do Espírito de Profecia:
"Ao pecado só se poderia resistir e vencer por meio da poderosa atuação da terceira pessoa da Divindade..." (ODTN, 671).

É muito claro! A 3ª Pessoa da Trindade tem, hoje, a função de conceder-nos o PODER necessário para vencer o pecado (cf. João 16:8).

É exatamente por isso que o DIABO tenta jogar por terra a nossa crença na Pessoa do Espírito Santo. Conseguindo isso, ele terá total domínio sobre nossa vida.

Em vez de ouvir as palavras dos pseudo-iluminados de hoje, prefira permanecer com a declaração pastoral do santo apóstolo da graça:

"A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós" (2Cor. 13:13).


Retirado do site: http://prgilsonmedeiros.blogspot.com.br/2007/10/divindade-parte-iii.html